A emergente classe profissional dos indignados mais depressa se indigna com a gramática da pobre alma Feliciano Barreiras Duarte do que com 48 mortos nos incêndios de Outubro. Isto é a indignação da esquerda progressista: a gramática acima de tudo.
Aeronaves só entraram em ação no último dia dos piores incêndios.
O actual deputado socialista sustenta que a comissão não fez o contraditório e não ouviu o Governo.
Jorge Gomes acusa ex-segundo comandante da Proteção Civil de dar informações erradas e critica não ter sido ouvido.
O Ministério da Administração Interna remeteu uma primeira reacção para depois de o ministro ir ao parlamento.
Documento aponta falhas na antecipação e no combate perante fenómeno inédito.
Comissão Técnica Independente revela que dos sete pedidos de reforços de meios feitos pela Autoridade Nacional da Protecção Civil apenas dois foram aceites - e um deles não o foi na totalidade.
Relatório sobre fogos que mataram 48 pessoas revela que várias das situações verificadas podiam ter sido evitadas se os avisos tivessem sido ouvidos. Queimadas correspondem a 33% das ignições.
A Protecção Civil foi avisada pelo IPMA, mas acabou por não decretou calamidade pública preventiva. Pelo menos 44 pessoas morreram
No fim da fase Charlie estavam operacionais 48 meios aéreos. Desde 5 de Outubro são apenas 18.
Os contratos de 29 meios terminaram no início de Outubro ficando apenas 18 disponíveis, avança o jornal Público.
Ministério da Administração Interna reforçou ainda o dispositivo dos bombeiros, que integra a Fase Delta.
"O país está a passar por uma situação gravíssima de destruição florestal", defendeu Marta Soares
Continuação de temperaturas elevadas e os "níveis de risco significativo" aconselham a que a diminuição de meios de combate não exceda os 40 por cento.
Fogo de Pedrógão grande foi a grande tragédia desta época de incêndios.
Este ano já arderam 244 mil hectares de floresta, o pior registo da década.
