
A SÁBADO é todos os dias: Escolas. "Falta de professores ainda é o maior problema"
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Associações de diretores continuam a acreditar que falta valorizar carreiras, e veem a reestruturação do Ministério da Educação com um misto de otimismo e apreensão.
O cenário preocupa o executivo e, por isso, Fernando Alexandre anunciou um conjunto de medidas para aumentar a formação de novos docentes nas próximas décadas.
O símbolo de uma gerontocracia? No mês em que 2,3 milhões de reformados recebem outro bónus haverá milhares de alunos sem professores no regresso às aulas.
O ministro da Educação apresentou às 12 organizações sindicais que representam os professores a proposta de alteração ao apoio atribuído a professores deslocados.
Fernando Alexandre vai apresentar ainda outras medidas temporárias a aplicar no ano letivo 2025/2026 para responder ao problema da falta de professores.
Associações desvalorizam o relatório da KPMG sobre a incapacidade de saber quantos alunos não têm aulas e pedem ao Governo medidas com efeitos a longo prazo.
A procura de explicações de preparação para as provas aumentou 8% em relação ao ano passado. A capacidade de resposta diminuiu devido à falta generalizada de professores. Apoios a Matemática, Física e Química, Biologia e Português são os mais pedidos.
Há turmas que não tiveram docentes da disciplina de que os estudantes vão ter exame nacional no final do 2º ciclo e no 12º ano. São os pais que estudam com os filhos e outros têm de recorrer a centros de explicação para os alunos não serem prejudicados por não terem quem lhes dê aulas.
O bloqueio mais relevante, contudo, reside na própria estrutura do funcionamento parlamentar: como cada partido tem muito poucas oportunidades de agendamento em plenário, os temas menos mediáticos ficam, como é natural, para trás.
O novo secretário-geral da FENPROF explica porque convocaram uma greve às provas ModA, sublinha que o número de alunos sem professores não é conhecido por motivos políticos, e que é urgente tornar a profissão cativante.
Rui Rocha criticou o ministro da Educação, Fernando Alexandre, por assumir que "não sabe quantos professores faltam no sistema e não sabe quando vai saber".
O aumento exponencial de alunos migrantes nas escolas portuguesas levou o Governo a autorizar que alguns diretores pudessem contratar mediadores culturais e linguísticos.
Fernando Alexandre pediu uma leitura mais cuidada dos rankings para que se evitem comparações entre escolas com alunos de "um certo contexto socioeconómico muito favorecido" com outras que não conseguem, por exemplo, "fixar professores".
"O país é hoje, como sabemos, um país com estabilidade económica, com estabilidade financeira", assegurou o primeiro-ministro.
Este ano, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) vai abrir 11.056 vagas, das quais 5.623 serão disponibilizadas para os quadros de zona pedagógica.