
Javier Milei: um ano depois, o que mudou na Argentina?
O presidente anarcocapitalista da Argentina tomou posse a 10 de dezembro de 2023. Passado um ano, a inflação diminuiu e a pobreza aumentou.
O presidente anarcocapitalista da Argentina tomou posse a 10 de dezembro de 2023. Passado um ano, a inflação diminuiu e a pobreza aumentou.
Na quarta-feira, o novo ministro das Finanças já tinha anunciado uma série de medidas para tentar prolongar os prazos de pagamento das dívidas a credores privados e ao Fundo Monetário Internacional.
Argentina atravessa uma crise monetária que já levou a uma depreciação do peso de cerca de 50% face ao dólar desde o início do ano.
Peso argentino já recuou mais de 50% este ano face ao euro Eur/Usd testa níveis abaixo dos $1.1600; Sanções dos EUA ao Irão suportam preços do crude; Investidores preferiram iene e franco suíço ao ouro como ativos de refúgio.
Depois de ter chegado a acordo com o FMI para um programa de assistência financeira de 50 mil milhões de dólares, a Argentina vem agora pedir à entidade que liberte antecipadamente parte dos fundos. O objectivo é mostrar ao mercado que tem dinheiro suficiente para se financiar no próximo ano.
Há uma semana a taxa de juro praticada pelo banco central da Argentina era de 27,25%
Há uma semana a taxa de juro praticada pelo banco central da Argentina era de 27,25%. Uma semana depois está nos 40%, após três subidas do preço do dinheiro que apanharam os investidores de surpresa.
No espaço de uma semana o banco central da Argentina anunciou dois aumentos de juros surpresa. A taxa directora supera os 33%. O objectivo é estabilizar o peso e travar a inflação para os 15%.
Os juros da dívida pública portugueses estão, esta quarta-feira, a cair pela terceira sessão consecutiva, sendo que, no prazo a dez anos a taxa de juro está ligeiramente acima dos 5%. A dívida de Espanha e de Itália regista também um alívio.
Investidores fugiram dos activos de risco e geraram forte quedas nos mercados bolsistas. O índice que reúne os principais mercados mundiais registou a maior queda desde Junho e em Wall Street viveu-se a pior semana desde Maio de 2012.
As acções europeias estão a prolongar a queda que registaram na quinta-feira, depois de a Argentina ter decidido controlar o valor do peso face ao dólar, levando a divisa a depreciar 10%. Volatilidade contagiou outras moedas de economias emergentes.