Sábado – Pense por si

Marco Alves

Qual é o problema com os almoços de trabalho? Talvez peculato

Se um autarca, além do salário, recebe também um valor para despesas de representação (no caso de Oeiras são €1.124/mês) não pode apresentar faturas de refeições "de trabalho" ou de "representação", como explicam vários juristas. Em causa pode estar o crime de peculato.

Os almoços de Isaltino

Isaltino Morais justificou-se com a normalidade dos almoços de trabalho – algo que a SÁBADO não contestou. Mas o autarca omitiu que muitas das refeições reveladas foram entre membros do executivo. Como aquela que ele próprio teve a 24 de setembro de 2019, com a vereadora Joana Baptista e a adjunta Irina Lopes, cuja conta chegou aos 344,50 euros.

Marco Alves

Joana Baptista, a vereadora dos 450 "almoços de trabalho"

A proto-sucessora de Isaltino Morais é a que mais trabalha à mesa. Faturas pagas pela câmara incluem várias refeições no JNcQuoi e milhares de euros em marisco, "ostras exóticas" e álcool, incluindo Pêra Manca. Mas também "lanches de trabalho" de caracóis e gelados de açaí num novo spot de Paço de Arcos, o Oakberry.

Marco Alves

Oeiras já pagou 139 mil euros em 1.441 "almoços de trabalho"

Faturas de Isaltino Morais e da sua equipa mostram consumo maciço de lavagante, sapateira, lagosta, sushi, ostras, leitão, camarão-tigre e presunto pata negra. E tabaco, vinho, saké afrodisíaco, aguardente e Moët & Chandon. Há quem apresente faturas do JNcQuoi e declare vários "almoços de trabalho" à mesma hora em restaurantes diferentes

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