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OE2020: PS e Governo estão a dialogar com BE, PCP, PAN e PEV para compromisso de médio prazo

Carlos César saudou, como presidente do PS, "a iniciativa também do senhor ministro das Finanças de dialogar com muita intensidade com esses partidos".

Os socialistas e o Governo estão a dialogar no quadro parlamentar com os seus "parceiros mais privilegiados" BE, PCP, PAN e PEV para obter um compromisso orçamental de médio prazo, revelou hoje o presidente do PS.

Carlos César, que falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, saudou, como presidente do PS, "a iniciativa também do senhor ministro das Finanças [João Leão] de dialogar com muita intensidade com esses partidos, de forma a que se obtenha esse compromisso de médio prazo".

"Nós temos uma referenciação do ponto de vista daqueles que são os nossos parceiros mais privilegiados no diálogo político, e é isso que estamos a fazer neste Orçamento Suplementar, designadamente com o PCP, com o PEV, com o PAN, com o Bloco de Esquerda (BE). É isso que continuaremos a fazer também, já numa perspetiva de médio prazo", afirmou.

Carlos César defendeu que "é muito importante dar sinais aos portugueses, e trabalhar efetivamente para isso, no sentido de garantir a estabilidade política, de garantir não só esta aprovação do Orçamento Suplementar", que no seu entender "parece razoavelmente garantida", mas uma "política orçamental para a legislatura".

"E é nesse empenhamento que nós estamos todos apostados", acrescentou.

O presidente do PS tinha sido questionado sobre o veto presidencial ao diploma aprovado pela oposição no parlamento, contra a vontade do partido, para alargar o apoio social extraordinário aos gerentes de micro e pequenas empresas e empresários em nome individual, que levou entretanto vários partidos a anunciar propostas para incluir esta matéria no Orçamento Suplementar, que está a ser debatido em sede de especialidade.

"Como sabem, o PS não dispõe de maioria na Assembleia da República, e aquilo que procuramos num contexto desses - como devíamos procurar mesmo que tivéssemos maioria absoluta - é o maior consenso possível, sobre essa como sobre qualquer outra matéria", começou por responder Carlos César.

O ex-líder parlamentar do PS adiantou que "essa matéria poderá ser ou objeto de aprovação ao nível do Conselho de Ministros ou presente nas negociações e no diálogo que se deve desenvolver no quadro parlamentar", referindo que "o Governo tem vindo a trabalhar nestas últimas semanas, na decorrência do que está consignado no Programa de Estabilização Económica e Social, medidas específicas para os trabalhadores independentes, para os trabalhadores informais, intermitentes, incluindo também a temática dos sócios-gerentes".

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