Equipas de militares substituíram três baixas para abastecer o aeroporto de Lisboa. Os serviços mínimos estão a ser cumpridos a 123%.
O ministro do Ambiente assegurou este domingo, durante a conferência de imprensa diária sobre a greve dos motoristas, que há equipas das Forças Armadas prontas para cobrir as ausências dos motoristas de matérias perigosas que forem ao plenário.
"As duas refinarias de Sines e de Leça e até a Companhia Logística de Combustíveis estão em prontidão para satisfazer qualquer abastecimento necessário aos postos", afirmou Matos Fernandes. "Só foi feito um pedido à CLC, que foi satisfeito."
O governante indicou que existe um número muito baixo de postos sem combustível. "Desde as sete da manhã há equipas das Forças Armadas a abastecer o aeroporto de Lisboa, substituindo três baixas declaradas", afirmou. "Há mais seis equipas das FA em prontidão, porque há o plenário."
Os serviços mínimos estão a ser cumpridos a 123%, o que demonstra que "há um número expressivo de trabalhadores que já não estão em greve".
Quanto à disponibilidade de combustíveis, houve uma pequena variação. Os postos da rede geral com gasóleo passaram de 40% para 48%. "Todas as unidades autónomas de gás estão abastecidas", continuou Matos Fernandes.
Finalmente, lançou um apelo às partes "para o entendimento e para que a greve chegue ao fim": "O comuncado da ANTRAM é um bom sinal porque deixa claríssima a disponibilidade para negociar e a forte expetativa que o Governo tem é que o único sindicato ainda em greve, que haja no plenário, condições para desconvocar a greve, para iniciar a mediação oferecida pelo Governo".
A greve dos motoristas de matérias perigosas entrou hoje no sétimo dia, com as atenções voltadas para um plenário de trabalhadores, que decorrerá esta tarde e que deverá decidir sobre a continuidade da paralisação.
O plenário decorre hoje, pelas 16:00, em Aveiras de Cima (Lisboa), depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de 10 horas e que terminou na madrugada de sábado.
No sábado, a associação das empresas de transportes de mercadorias (Antram) disponibilizou-se para integrar um processo de mediação junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, afirmando ser convicção da "associação que um processo de mediação, realizado em clima de paz, poderá conduzir à solução do problema".
De seguida, o porta-voz do sindicato de motoristas de matérias perigosas, Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) divulgou mesmo um comunicado no qual apelou à Antram para aceitar a proposta de compromisso que o Governo articulou com aquela força sindical, abrindo "caminho para a paz duradoura".
No comunicado, o SNMMP refere que o Governo deverá utilizar "as ferramentas que ainda tem ao seu dispor para chamar à razão a Antram", fazendo "chegar uma proposta que cumpra mínimos de dignidade, por forma a ser apresentada aos motoristas de matérias perigosas" no plenário desta tarde.
A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
A paralisação foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas (SIMM), mas este último desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.
No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.
No sábado ao final do dia, o Ministério do Ambiente e Transição Energética disse que a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos "superados", com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação".
Ministro apela ao "entendimento" em dia de plenário dos motoristas
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