Eurico Brilhante Dias chamou os jornalistas para comentar fuga de informação na Comissão Parlamentar de Inquérito da TAP. "É muito grave, é um crime e ele deve ser investigado".
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TAP, Jorge Seguro Sanches, já tinha anunciado um inquérito à fuga de informação de documentos, mas o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, entendeu que era importante frisar que se está perante "um crime" e a demonstração de que "o Governo tinha razão" ao temer entregar dados a esta comissão.
"É muito grave, é um crime e ele deve ser investigado", disse Eurico Brilhante Dias, lembrando que está em causa um crime de divulgação de documentos classificados, o que pode levar à participação ao Ministério Público.
Brilhante Dias recordou que "o Governo entregou toda a documentação pedida", incluindo documentação confidencial classificada. Antes de o fazer, vincou, o Executivo "demonstrou forte preocupação de que a defesa do Estado ficasse comprometida".
Depois de serem tornadas públicas mensagens trocadas acerca de uma reunião entre deputados do PS e a CEO da TAP e documentos que mostram que Fernando Medina e João Galamba só pediram respaldo jurídico para a demissão da CEO depois de a terem anunciado ao país, o líder da bancada socialista conclui: "O Governo tinha razão".
Para o socialista, está em causa uma "fuga seletiva de informação contra o interesse público e o interesse do Estado".
Apesar de as comunicações terem circulado entre várias partes, o timing da sua divulgação (no dia em que chegaram ao Parlamento) faz recair as suspeitas sobre "deputados e equipas de assessorias de deputados".
Eurico Brilhante Dias sublinhou que o que aconteceu foi uma "divulgação parcial" de documentos e acusou "alguns grupos parlamentares à direita" de estarem "a fazer o trabalho dos advogados" da defesa dos dirigentes demitidos da TAP.
Eurico insistiu na tese de que a participação da CEO na reunião com deputados do PS antes de ser ouvida na Comissão de Economia "foi a pedido da própria" e recusou que haja quaisquer limites às reuniões que os deputados têm.
"Os deputados fazem reuniões com quem querem, quando querem", vincou, recordando que "a CEO esteve na CPI foi-lhe perguntado duas vezes se tinha combinado respostas e se tinha sido condicionado, por duas vezes respondeu que não".
"Parece-me muito pouco liberal, para não dizer censório, querer condicionar as reuniões que os deputados têm", declarou.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.