Sendo importante a questão europeia, com Le Pen defensora da saída da União e Macron ultra-europeísta, o core business da Le Pen é a emigração, o racismo e a xenofobia muito mais do que a Europa, e o core business de Macron não é o anti-Lepenismo, mas o business propriamente dito
Com a habitual inconsciência europeia, está tudo muito feliz e descansado porque Marine Le Pen não conseguiu sequer aproximar-se da Presidência da República em França. Eu também estou por não ter conseguido, mas não estou nada feliz e descansado com o resto. E o resto é que, se não fossem as características do sistema eleitoral francês de duas voltas, que facilita e muito o voto de recusa, Le Pen estaria taco a taco com Macron, como aliás esteve na primeira volta. Acresce que o número de votos brancos e nulos, não se podendo somar aos de Le Pen, mostram acima de tudo insatisfação com Macron, ao ponto de esses votantes aceitarem correr o risco de ajudar a eleger uma pessoa como Marine Le Pen, pela desconfiança e rejeição de Macron. O mesmo se pode dizer de uma parte das abstenções. Muitos franceses rejeitaram Le Pen, mas também muitos franceses só votaram em Macron porque não havia alternativa, e isso é um péssimo sinal de como as coisas estão em França onde uma candidatura genuinamente de extrema-direita, pode receber os votos de milhões de franceses.
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Ventura pode ter tido a sua imagem em cartazes pelo país fora que não engana os eleitores. Os portugueses demonstraram distinguir bem os atos eleitorais.
Esquecemo-nos muitas vezes de que, para usarmos ferramentas de inteligência artificial, precisamos, na generalidade das situações e plataformas, de ser capazes de produzir um conjunto de instruções detalhadamente objetivas para conduzir o processo.