Sábado – Pense por si

João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
01 de maio de 2020 às 10:35

Será tifo?

Usar calamidades como ferramentas políticas é um velho truque da profissão. Olho vivo: a emergência que não pode ser levantada é a da democracia e do escrutínio.

Tenho tanto entusiasmo para discutir direito constitucional como António Costa, mas às vezes tem mesmo de ser. Estou de acordo com o primeiro-ministro quando aponta "a capacidade enorme que os juristas têm de inventar problemas". Acrescento até que vários juristas legisladores inventam problemas para que os juristas colegas de escritórios de advogados possam ganhar dinheiro a resolvê-los. Se o jurista primeiro-ministro quiser finalmente resolver isso tem o meu aplauso. A questão é que a passagem do estado de emergência para o estado de calamidade coloca mesmo problemas, não os criados pelos juristas constitucionalistas mas pelo jurista primeiro-ministro e pelo jurista Presidente da República.

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