Foram ainda denunciados 135 casos de agressões contra jornalistas no país.
O Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS) denunciou hoje 135 casos de agressões contra jornalistas no país, incluindo as detenções de 23 profissionais da comunicação social, entre janeiro e 25 de junho de 2020.
"O trabalho de informar no país (Venezuela) passa por tempos difíceis. Segundo a equipa de Monitorização da Liberdade de Informação do IPYS entre janeiro e 25 de junho de 2020, foram registados 135 casos, dos quais 131 foram violações que afetaram diretamente os jornalistas, 71 deles mulheres e 60 homens", afirma aquele organismo num relatório.
O documento, divulgado em Caracas, no Dia Nacional do Jornalista, explica que "o conflito político e a chegada da pandemia do coronavírus fez acentuar as detenções contra jornalistas, desde o passado mês de março".
"Entre 13 de março (declaração de estado de alarma por pandemia) e 25 de junho de 2020, registaram-se 83 casos de ataques que afetaram 82 jornalistas, principalmente agressões físicas e uso abusivo do poder do Estado. As forças de segurança do Estado foram os principais responsáveis, seguindo-se apoiantes de governo Nicolás Maduro", explica.
Segundo o IPYS-Venezuela, a dificultar o trabalho dos jornalistas estão também os apagões elétricos, de entre quatro e seis horas diárias, em algumas zonas do país, e a queda e instabilidade do sinal da Internet e das comunicações telefónicas. Também a escassez de combustível afeta a possibilidade de informar.
Perante esta realidade, o IPYS "exige" ao Estado venezuelano a libertação plena dos jornalistas que têm sido vítimas de procedimentos judiciais irregulares.
O instituto pede também que cessem as detenções arbitrárias contra os profissionais da comunicação social, quando informam sobre temas de interesse público como a pandemia da covid-19 e a distribuição de combustível, entre outros.
O IPYS insta as autoridades a proteger os jornalistas, "um requisito indispensável para que cumpram o seu trabalho, de grande relevância nas sociedades democráticas".
Assim, o instituto insiste que a liberdade de expressão e o acesso à informação são direitos fundamentais de toda a cidadania, e que os jornalistas não devem ser, sob nenhum pretexto, o alvo das agressões do Estado nem das suas forças de segurança, nem dos seus simpatizantes.
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