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Alex Perry: “A máfia não é uma lenda romântica. É poderosa”

Sara Capelo
Sara Capelo 04 de setembro de 2018 às 13:13

Alex Perry nunca ouvira falar na 'Ndrangheta. E nem o governo italiano até há 10 anos, conta o autor de As Boas Mães (agora publicado por cá), apesar de ser uma organização criminosa que faz algo próximo dos 3,5% do PIB daquele país.

Incomodada com a droga que circulava no grande bloco de apartamentos dominado pela ‘Ndrangheta, em Milão – e mais ainda com a violência do marido Carlo contra ela –, Lea entrou com a sua bebé, Denise, numa esquadra. Também filha e irmã de mafiosos, descreveu aos carabinieri os estratagemas e homicídios a que assistira. Foi em 1996. Nas décadas seguintes, o seu testemunho e o de outras duas mulheres, Concetta e Giuseppina, permitiram à procuradora Alessandra Cerreti deter mafiosos ligados a uma até então obscusra organização, a 'Ndrangheta e arrestar-lhes milhões, lê-se no livroAs Boas Mães, editado dia 3 de Agosto pela Vogais.

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