Sábado – Pense por si

Joanesburgo, as armas e a empregada que escondeu um frango na roupa interior

Marco Alves
Marco Alves 05 de julho de 2018 às 07:00

O Mundial da África do Sul em 2010 foi a oportunidade de conhecer uma cidade onde os cidadãos são reclusos das suas próprias vidas. Uma asfixia que os portugueses emigrantes já normalizaram nas suas cabeças.

Era manhã cedo quando Jorge Cruz subiu ao segundo andar do Adega Monge, um dos quatro restaurantes de que é dono em Joanesburgo. Fez o corredor até ao fim e entrou na última porta à direita, onde ficava a escritório. Entre caixas, papéis e toalhas de mesa, ajoelhou-se junto a um armário metálico e ligou um computador, que estava quase ao nível do chão.

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