O mar é essencial para obter oxigénio, alimento, e para eliminar dióxido de carbono da atmosfera.
A superfície dos oceanos atingiu a temperatura mais elevada alguma vez registada. A temperatura média global diária da superfície do mar atingiu 20,96ºC na semana passada, batendo assim o recorde de 20,95ºC atingido em 2016.
Emanuel Gonçalves/Fundação Oceano Azul
A degradação do clima provocada pela queima de combustíveis fósseis é uma das causas do aquecimento do oceano. Os cientistas afirmam que é provável que o recorde continue a ser batido, uma vez que os oceanos, por norma, atingem valores elevados a nível global em março e não agosto.
"O facto de termos batido o recorde deixa-me nervosa quanto ao aquecimento que o oceano poderá vir a registar até março próximo" refere Samantha Burgess do Copernicus, centro de observação da Terra do Programa Espacial da União Europeia, à BBC. "Quanto mais combustíveis fósseis forem queimados, mais calor em excesso será retirado pelos oceanos, o que significa que será necessário mais tempo para os estabilizar e voltar ao que eram", acrescenta.
As ondas de calor e os oceanos mais quentes perturbam várias espécies marinhas, como peixes e baleias que se deslocam em busca de águas mais frias, o que perturba a cadeia alimentar. Os animais predadores, incluindo tubarões, ficam confusos com temperaturas mais elevadas o que os leva a tornarem-se agressivos.
Os cientistas afirmam que as alterações climáticas estão a tornar os mares mais quentes uma vez que absorvem a maior parte do aquecimento provocado pelas emissões de gases de efeito de estufa.
Os oceanos ajudam a regular o clima, absorvendo o calor, determinam os padrões meteorológicos, absorvem dióxido de carbono e produzem uma grande parte do oxigénio da Terra. No entanto, à medida que o oceano aquece, a capacidade de absorção de dióxido de carbono diminui, o que significa que haverá mais deste gás com efeito de estufa na atmosfera. O aquecimento dos oceanos também contribui para a fusão de gelo, o que provoca a subida do nível do mar.
Este ano, ocorreram várias ondas de calor marítimas em todo o mundo, incluindo Portugal no mês de julho e vários países europeus em julho. As águas ao largo do estado da Flórida registaram temperaturas de 38ºC. As zonas onde o aquecimento é mais rápido são partes do Oceano Ártico, Mar Báltico, Mar Negro e parte do Pacífico extra-tropical.
As temperaturas da superfície do mar são medidas a partir de navios há mais de 150 anos e constituem alguns dos mais longos registos disponíveis para compreender o clima. Atualmente, existem também medições efetuadas por satélites e boias.
Com estes dados, cientistas concluíram que, ao longo de todo o período de registos, a temperatura média global da superfície do mar aumentou cerca de 0,9ºC, nas últimas quatro décadas aumentou cerca de 0,6ºC. A média dos últimos dois anos é de 0,2ºC, o que é superior à media registada entre 1991 e 2020.
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