A maior disputa da higiene na casa de banho: secador de mãos ou papel?
É um negócio milionário escondido nas casas de banho públicas de todo o mundo. Esta é a história da rivalidade entre os dispensadores de papel e os secadores de mãos.
Ambiente versus saúde
Há muitos estudos internacionais publicados ao longo do tempo, alguns patrocinados por intervenientes no setor, mas as conclusões são mais ou menos transversais: o papel seca mais rápido e limpa melhor as mãos (no sentido clínico do termo), mas tem muito mais custos – é necessário repor papel regularmente, como Mr. Bean bem descobriu, e esse papel vem das florestas e tem de ser comprado pelos proprietários das casas de banho (escolas, restaurantes, hospitais, centros comerciais, etc.).
Quanto aos secadores, são campeões da poupança. O ar é de todos e é de graça – só se compra o aparelho (os preços em Portugal vão de modestos €60 até €1.200) e paga-se a eletricidade. Mas os secadores demoram mais tempo (é por isso que os modelos mais vanguardistas prometem uma secagem na ordem dos 10 segundos) e parecem não limpar tão bem.
Este é o grande problema. O ar que sai destes secadores é o ar que já está nas casas de banho. Primeiro é sugado e depois soprado nas nossas mãos. Um estudo de fevereiro de 2018 de investigadores de duas universidades americanas (Connecticut e Quinnipiac) mostra a dimensão do problema.
Os investigadores deixaram recipientes em várias casas de banho públicas durante dois minutos. E deixaram-nos depois nos mesmos locais, mas agora expostos a secadores de mãos durante 30 segundos. Os primeiros desenvolveram no máximo uma colónia de bactérias. Os segundos, chegaram a 254 colónias – diga -se a propósito que é mais provável acontecer uma contaminação quando a pele está molhada, mas que quase todos estes vírus e bactérias são inofensivos para o sistema imunitário. A indústria de secadores combate o problema investindo em filtros internos que purifiquem o ar.
Toalhas, papel e ar
O papel começou a concorrer com as toalhas em 1907 – estas ainda sobrevivem em locais de luxo, como hotéis de cinco estrelas, onde têm dimensões reduzidas e são de utilização única – e os secadores chegaram em 1922, quando o primeiro foi patenteado em Nova Iorque.
Chamava-se Airdry, era comercializado pela Airdry Corporation e assemelhava-se a um secador de cabelo colado à parede e acionado por um pedal. Os secadores só começaram a popularizar-se em 1949, quando George Clemens, um inventor de Chicago, lançou um modelo elétrico. Se hoje um dos problemas é o tempo que demora a secar as mãos, na altura passava os 60 segundos.
Estes secadores de ar quente (que um estudo do MIT, em 2011, concluiu ter tantos impactos ambientais como o uso de papel) só começaram a perder terreno em 1993, quando a Mitsubishi lançou um modelo que, em vez de evaporar a água, a soprava. É o método que predomina hoje, havendo modelos – como um da Dyson, um dos principais players mundiais – que prometem expulsar a água das mãos com "lâminas de ar a 692 km/h".
Segundo a Technavio, empresa de estudos de mercado, citada pelo The Guardian, em 2020 vão gastar-se mundialmente 4 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) em papel para secar as mãos. Em secadores, 850 milhões (759 milhões) apenas, mas é um mercado que sobe dois dígitos desde 2014.
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