Piscinas só para mulheres na Suécia provocam debate

A Suécia é conhecida pela sua defesa de ideais igualitários, por isso, a decisão de criar horários especiais, só para mulheres, em algumas piscinas municipais, está a ser contestada. A ideia é ir de encontro aos costumes de uma comunidade muçulmana crescente, mas há quem veja nisso uma discriminação sexual.

As piscinas municipais suecas, tal como em muitos locais do mundo, funcionam há décadas sem distinção de sexo, ou seja, são frequentadas em simultâneo por homens e mulheres. Porém, com o aumento de população imigrante muçulmana, várias cidades começaram a alterar essa política, restringindo o acesso de homens às instalações durante alguns períodos de tempo, para que as mulheres possam frequentá-las.



O debate é entre os que apoiam a adopção dos costumes de quem chega ao país, como forma de integração, e aqueles que defendem que essas medidas são, em si mesmas, uma forma de segregação e vão contra a tradição sueca de igualdade de género.

O assunto já foi comentado pela ministra da Democracia, Alice Bah Kuhnke, que disse que a divisão por géneros nas piscinas públicas é problemática e que o sistema misto foi "uma vitória após muitos anos e gerações de luta pela igualdade de géneros".

Uma porta-voz do partido feminista Feministskt Iniciativ, apresenta argumentos opostos. Para ela "não são apenas as mulheres muçulmanas que querem horas só para mulheres nas piscinas, são mulheres de muitas origens" e dá como exemplo as mulheres que sofreram mastectomias, embora refira também que sem essa medida, muitas mulheres muçulmanas nunca podem frequentar esses espaços.

A discussão está durar, mas entretanto mais de 100 piscinas municipais suecas mantêm os horários separados para mulheres.

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