Ninguém associa uma dor abdomnial, nas costas ou lombar ao cancro. Até as náuseas podem ser confundidas com outro sintoma. Mesmo a alteração de hábitos intestinais. Mas se juntamos isso à perda de peso inexplicável, pele e olhos amarelados e aparecimento de diabetes estamos perante um cenário preocupante. Podemos estar a falar de cancro do pâncreas. Este cancro tem uma taxa de sobrevivência de apenas 2 a 9% aos 5 anos. Por dia, mais de 1.257 pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com cancro do pâncreas. Relacionado
O presidente da Europacolon Portugal, associação de apoio a doentes com cancro digestivo, que assinala o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, dia 21 de novembro, Vítor Neves revela que só com um diagnóstico precoce é possível aumentar hipóteses de sobrevivência e ainda que apenas 20% dos doentes são diagnosticados a tempo. Um dos motivos, revela, é que "o tempo prolongado de espera para realizar um exame complementar". Sublinha ainda que este atraso "poderá retirar meses de vida aos doente com cancro do pâncreas e é urgente que Portugal possa ter diagnósticos mais atempados.
A campanha #ExigirMais pretende sensibilizar a população para os sintomas da doença e desta forma facilitar o diagnóstico. Existem ainda a Linha de Apoio telefónica permanente Europacolon 808 200 199.
Porque é que este cancro tem uma taxa de mortalidade tão elevada?
A mortalidade desta doença é das mais altas em doenças oncológicas e quase se sobrepõe à incidência, por alguns fatores: Os sintomas são muitas vezes silenciosos e, quando existem, confundíveis com outras doenças; falta de investimento na área cientifica em busca de fatores que identifiquem uma forma de rastreio.
Existem tratamentos novos?
Pelas razões acima referidas não têm sido grandes as novidades relativamente a medicamentos novos que sejam eficazes.
O que é mais importante na cura?
O diagnóstico precoce! Só 20% dos doentes com cancro pancreático são diagnosticados a tempo de poderem ser intervencionados cirurgicamente. Esta é a forma mais eficaz de se atacar a doença porque retira o tumor.
Como se pode fazer um diagnóstico precoce?
Estando atento aos sintomas que são vários e, quando existirem, cruzados com alguns fatores de risco, evidenciar junto do médico assistente a vantagem de ser feito um diagnóstico complementar para despiste desta doença. O que acontece normalmente, pelos motivos acima referidos, é que os sintomas são confundíveis com outras patologias, são desvalorizados e quando é detetado, o tumor já está em estado avançado.
Sintomas mais frequentes são cor amarelada dos olhos e pele, emagrecimento sem razão aparente, aparecimento de diabetes de inicio recente sem aumento de peso, náuseas, dores abdominais e dorsais e alteração dos hábitos intestinais.
Atinge mais que faixa etária?
Esta doença é mais frequente a partir dos 50 anos de idade.
Quais são os fatores de risco a que as pessoas devem estar atentas?
Alám da idade, são fatores de risco importantes: Obesidade, tabagismo, consumo exagerado de bebidas alcoólicas, antecedentes familiares, outras doenças oncológicas, doenças inflamatórias intestinais, diabetes recentes sem aumento de peso e pancreatites cronicas.
O que pretendem com esta campanha?
Sensibilizar a opinião pública para que os utentes conheçam os sintomas e os transmitam ao seu médico assistente, para que os médicos valorizem os sintomas que lhes são relatados e se cruzados com áreas de risco providenciem exames rápidos de despiste desta doença. Além disso, que a tutela para que crie condições para que a investigação em Cancro Pancreático evolua para os níveis que a mortalidade desta doença exige.
Que conselhos dariam às pessoas para estarem mais alertas?
Para que estejam atentas aos sintomas, e em caso de dúvida contactem o seu médico ou a Europacolon Portugal através da Linha de Apoio 808200199.
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