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Vida

Como se explica o sexo e a morte às crianças?

11.02.2019 07:00 por Vanda Marques 378
A psicóloga Bárbara Ramos Dias dá estratégias para comunicar, respostas simples para dizer sem hesitações. Pais: não há que ter medo de responder a verdade e sempre tendo em conta aquilo que os mais novos nos perguntam
  • 2365
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as crianças não devem carregar um peso superior a 10% do seu peso total.

Episódio da vida real: mãe e dois filhos entram em casa, ali mesmo no hall de entrada do prédio, e o mais velho de 5 anos pergunta, sem avisos (é sempre assim, não é?): depois de morrer vens ter comigo, não é? Estamos no final do dia, temos o correio numa mão, o saco das compras na outra e só pensamos em meter os dois miúdos no banho, quando temos de responder a uma questão destas. O que fazer? Pois, os pais têm de estar preparados para responder com calma, sem invenções, e sempre tendo em conta aquilo que os filhos querem saber.

Para ajudar pais com todos os temas - da escola, morte ou sexualidade - a psicóloga Bárbara Ramos Dias escreveu um livro que funciona como uma manual. Respostas Simples às Perguntas Difíceis dos Nossos Filhos, da editora Manuscrito, foi lançado em fevereiro, porque as perguntas das crianças não podem ficar sem respostas. E como também nós gostamos de fazer perguntas, falámos com a especialista em adolescência e parentalidade sobre como resolver todas as dúvidas dos miúdos: do sexo ao Pai Natal, sem esquecer a obrigatoriedade das tarefas domésticas. Um guia para pais, educadores e curiosos.

Porque decidiu escrever este livro?
Ao longo dos quase vinte anos de prática clínica como psicóloga, além de mãe e tia, tenho percebido que a causa principal das discussões e dificuldade no relacionamento entre pais e filhos, traduz-se na carência de comunicação, bem como na ausência de respostas concretas às perguntas e dúvidas dos filhos: "Fiquei sem chão. Não soube o que responder. O que acha que deva responder?" As queixas são uma constante, tanto dos pais, como dos adolescentes. Os pais querem saber novidades do dia, enquanto os filhos revelam não se sentir compreendidos. Confuso? Então se os pais querem saber, e os filhos não se sentem ouvidos, o que pode estar aqui a falhar? Toda e qualquer relação se baseia no pressuposto de se ser ouvido e saber ouvir. Assim, surgiu a ideia deste livro com exemplos concretos e exercícios práticos, com linguagem simples, para os pais praticarem a vida com os filhos.

Como escolheu as perguntas?  
Primeiro selecionei os temas mais importantes, depois juntei as perguntas que me fui lembrando dos meus filhos, sobrinhos, dos meninos que tenho seguido ao longo dos anos, e até dos pedidos de ajuda por parte dos pais para responder a algumas perguntas difíceis.  Por fim, fiz uma seleção, e eis o resultado.

Qual é a pergunta mais difícil de responder?
A meu ver não existe a mais difícil, uma vez que somos todos diferentes, temos histórias de vida e memórias diferentes, o que nos faz ter medos, tabus, preconceitos, vergonhas também distintas nas diferentes áreas. No entanto, a maioria dos pais que acompanho, parece ter maior dificuldade nas respostas relacionadas com a sexualidade, talvez pela nossa cultura.

Evidentemente que não há respostas certas ou erradas. Todas são corretas, desde que sejam respondidas de forma simples, clara, honesta e dadas com o coração.

A partir de que idade se deve falar da morte? 
As perguntas sobre a morte surgem por volta dos cinco anos. Uma forma de explicar a morte à criança, de forma natural e que ela absorva a informação, é comparar este processo ao de uma planta. Ou pode também conversar sobre o animal de estimação que ficou doente e morreu. Esclareça que o processo de envelhecimento é normal. Todos nós nascemos e vamos envelhecendo, faz parte da vida. Entender isto é fundamental em qualquer idade, sendo que, quanto mais natural for esta conversa, menos traumatizante será qualquer acontecimento relacionado.

Outra forma de expor de forma concreta esse acontecimento é por meio de livros. Uma vez que contêm palavras simples e explicam este processo de uma forma diferente, permitindo uma melhor assimilação por parte das crianças.

É importante falar, mas lembre-se que ainda mais importante, sempre, é ouvir a criança. O melhor é deixar a criança perguntar o que quiser, encorajando-a a expressar o que sente e como sente esta vivência. Responda a todas as perguntas com palavras simples e frases curtas, para que a criança possa entender perfeitamente o processo natural da morte.

O processo de luto não é igual para todas as pessoas. Cada um o vive da sua forma, e as crianças não são exceção. Deve-se dar espaço para que a mesma desenvolva esse processo, aceitando-o e aprendendo a lidar com ele de forma efetiva e sem culpa, medo ou traumas.

A esta vivência, junta-se a altura do último adeus, ou seja, o velório e funeral. Existem muitos pais que são da opinião de que a criança deve ficar de fora desta experiência, outros que não. A última escolha é sempre sua, já sabe. No entanto, se achar conveniente, pergunte à própria criança se quer estar ou não presente, explicando-lhe como esse é um momento triste e o que vai acontecer, para a preparar. Quando a criança não assiste a esse momento, é normal que nos dias seguintes pergunte: "para onde foi o …?" O seu apoio é fundamental em qualquer que seja a decisão da criança. Não se isole e, acima de tudo, não a exclua. Afinal todos perderam alguém importante.

Este nunca é um assunto fácil, mas é imperativo que se fale dele. Desde cedo que as crianças brincam às mães e aos pais, bem como aos médicos. É normal assistirmos a brincadeiras em que alguns deles fingem que morreram, verdade? Isto mostra que as crianças têm desde cedo a ideia de que este processo acontece. Esta pode ser uma boa oportunidade para abordar este assunto de forma natural.

Livro Bárbara Ramos Dias
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Devemos criar uma história pela positiva, mais do estilo da estrelinha no céu, ou ser mais diretos?
Falar sobre a morte abertamente, ao contrário do que possa pensar, não o vai deixar triste. Pelo contrário, irá fazer com que a compreenda melhor, perca o medo, experimente mais segurança e, acima de tudo, se sinta mais preparado. Quando se proíbe falar da morte, as crianças ficam mais ansiosas em relação ao assunto. Provavelmente pensará "quais as palavras certas?" ou "como é que vou explicar isto?" Falar com o coração resulta sempre, não tenha medo de ser sincero, ele compreenderá.

Lembre-se que quando a criança faz uma pergunta é porque está preparada para ouvir a resposta. Podemos aproveitar momentos-chave para explorar o tema da morte.

Por exemplo, imagine que encontra um pássaro morto no chão, pode aproveitar para questionar: "Achas que ele tem frio, que tem fome?" Isto fará com que entenda o que a criança pensa sobre o assunto, permitindo esclarecer possíveis dúvidas.

Na minha opinião, não se deve esconder a verdade. Quando dizemos a uma criança que o avô foi fazer uma longa viagem, ela pode fantasiar que, mais dia menos dia, ele irá voltar. Então o que dizer? Talvez algo como: "O coração e corpo do avô pararam, não podes conversar com ele. Mas fica sempre na nossa memória, nunca iremos esquecer os momentos que passámos com ele."

Explique-lhe que não é por ter perdido agora alguém, que num futuro próximo isso vá voltar a acontecer. É normal que nesta fase tenham mais medo que volte a acontecer, por isso é que ouvir a criança é tão importante.

Quando o meu marido foi operado à coluna, os miúdos ficaram muito ansiosos e preocupados. O Vicente chegou a perguntar se o pai iria morrer na operação. Eles têm medo de perder os que mais gostam, e isso é sempre motivo de grande ansiedade. Quando a avó está fora algum tempo, o pequenino pergunta se a avó morreu. Quando os pais têm medo da morte, ao tentar poupar o filho, a criança reagirá da mesma forma. Mas se os pais mostrarem com alguma naturalidade o ciclo da vida, a criança lidará com a morte mais facilmente.

Quando sentir ser o momento apropriado, sem pressionar, pode trazer o assunto para discussão. Fale por exemplo de bisavós ou pessoas que já morreram e que ele não conheceu. Se se sentir confortável mostre fotos e conte histórias divertidas de que se recorde. Isso vai ajudá-lo a entender que não precisa, nem tem de evitar falar sobre o assunto. Elas existem na nossa memória, nas fotografias e no nosso coração. É o ciclo de vida, faz parte.

Outro aspeto de extrema importância é não impor aquilo em que nós acreditamos, mas sim, saber a sua opinião antes. Até aos 6 anos, deve falar de forma simples: "o avô deixou de estar aqui connosco, mas estará sempre aqui de outra forma, estará sempre no nosso coração e na nossa memória". Depois dos 6 anos, existe outro nível de compreensão. Então, a partir dessa idade, podemos transmitir a nossa opinião e falar sobre aquilo em que acreditamos. Podemos apresentar as nossas crenças, hábitos, costumes, entre outros. Se quiser, clarifique as diferentes formas que pode assumir um funeral. Mostre que, no Ocidente, as pessoas vestem-se de escuro e choram. Já na cultura muçulmana, fazem uma festa, com música. Nestas questões, mais uma vez, não existe certo nem errado. Cada um de nós tem a liberdade de escolher e agir conforme nos faça mais sentido. Ofereça também essa escolha, orientando-o o máximo que souber.

Diz no livro que se deve substituir a crítica pela tarefa, como? Podia dar um exemplo?  
Em vez de criticar quando criança fizer um disparate, partir alguma coisa, riscar o sofá com canetas,  ou algo parecido, peça que ajude na limpeza ou arrumação. Ou seja, em vez de afirmar: "quando o teu pai chegar, vais levar!", "és sempre o mesmo desastrado" "nunca fazes nada de jeito" experimente "gostava muito que me ajudasses", ou, "já vi que estás triste/arrependido, queres ajudar- me a limpar?" Estará assim a substituir a crítica pela tarefa.

Quais são as melhores técnicas de negociação e mediação de conflitos?  
Disco riscado – repetir a ordem até a criança fazer a tarefa. Exemplo - Mãe: "Vai por a mesa"; Filho: "Já vou… sou sempre eu!"; Mãe: "Vai por a mesa";  Filho: "Já vou… blá blá!";  Mãe: "Vai por a mesa!"; 

Nevoeiro – por dentro de uma bolha imaginaria com calma: "tu até podes achar que sou sempre chata, mas faz a cama!"

Interrogação negativa, ou seja, devolver a pergunta – "Porque não queres vestir isso?"

Extinção - ignorar. Assim a criança compreende que pode fazer as birras que quiser, porque não vai obter ganhos.

Como responder à pergunta: Porque é que tenho de ter tarefas?
Com a verdade e clareza: "Todos temos tarefas. A mãe também trabalha e cozinha; o pai trabalha, lava a loiça, leva o lixo; o senhor polícia apanha os maus; o médico trata as pessoas. Tu, como ainda és pequeno, tens de estudar e podes ajudar a mãe e o pai a pôr a mesa, a escolher a roupa para lavar, arrumar os teus brinquedos, etc. Com a tua ajuda, nós ficamos mais descansados e com mais tempo para brincar. Se todos partilharmos tarefas, é mais fácil. E é muito mais divertido, não achas?"

E à pergunta: Porque é que nunca posso fazer nada do que eu quero?
"Querido, tens todo o tempo do mundo para fazeres as coisas que queres. Garanto-te que quando chegares a essa fase, já vais querer fazer outras coisas, melhores e mais divertidas. É natural pensares que tudo é mais interessante do que o convívio com o pai e a mãe, mas quero que saibas que se precisares de alguma coisa, seja o que for, nós vamos estar aqui para ti, sempre. E o mais giro, eu adorava ser criança, aí sim fazemos que queremos, quando cresceres vais perceber isso"

Como se deve explicar o medo?
O medo deve ser abordado de forma empática, o mais importante é perceber o que causa esse medo, como o sente, ou como atormenta. Depois ajudar a transformar esse medo. Questionar "como apareceu o medo?" "desde quando". Podemos explicar que o que nos faz ter medo é a memória distorcida ou aumentada  da realidade, que ao ser processada torna-se em algo que acreditamos realmente e sentimos como verdadeiro.

Muitas vezes o medo vem também do desconhecido, da mudança, de escola por exemplo. Mas ensine que o medo é o ladrão dos sonhos e da alegria. Mas acima de tudo, ajude-o a enfrentar o medo para que este não tome proporções gigantes. O pior medo é imaginar o medo. Se por exemplo a criança tem medo de "monstros que estão no quarto", então entre na realidade imaginaria da criança e "mate" os monstros com uma vassoura: "vamos lá matá-los, percebo o que sentes, quando era pequena também tinha." Não diga coisas como: "não é nada", "não existe" ou "não sejas parvo". Porque isso só vai piorar a situação.

se explica o casamento homossexual?
Ser gay é ser homossexual. É quando homens gostam de homens e mulheres gostam de mulheres. O mais importante é respeitar as tuas escolhas e as das pessoas que te rodeiam, lembrando que o amor aquilo que une as pessoas, independentemente do sexo.

Somos todos iguais e, ao mesmo tempo, todos diferentes. Cada pessoa tem os seus próprios gostos e interesses e isso não quer dizer que uma seja mais acertada do que outra, mas sim, diferente. Tudo é amor. Temos direito a opção de escolha, mas não precisas de te exibir na busca do reconhecimento do outro. Todos temos o nosso momento de privacidade e não o fazemos na presença de terceiros, independentemente da orientação sexual.

O facto de não te sentires atraído por nenhuma menina, não quer dizer que sejas homossexual. Podes ter interesse daqui a uns anos. Mas quero que saibas que,  independentemente das tuas escolhas, se gostas de meninos ou meninas, eu vou respeitar e estar sempre a teu lado, porque gosto muito de ti. Tens direito a amar quem quiseres. E lembra-te, o AMOR que nós sentimos uns pelos outros é o mais importante, independentemente do sexo.

Quando se deve falar de sexo? E de que forma?
O sexo é dos temas que mais intriga os  pequeninos e constrange os pais. É sempre preferível ser a mãe ou o pai a fornecer à criança a informação que ela procura, pois, ao procurar outras fontes de informação, esta pode vir distorcida, ou até mesmo retratada de forma fantasiosa.

Até aos 5 anos, pode começar por partilhar que o sexo é uma espécie de carinhos que os pais trocam para mostrar que se amam. Pode dizer também que é uma coisa que os adultos fazem na sua intimidade, por ser um momento especial e privado.

Depois dos 6 anos, quando as crianças forem maiores, explique que os órgãos genitais da mulher e do homem ficam diferentes, e que esse carinho provoca uma sensação muito agradável. É esse ato que faz com que os bebés existam. Sempre que falar de sexo, reforce a ideia de que é uma coisa que só os adultos fazem, quando se sentem preparados, sem tabus nem receios, mostrando sempre uma atitude empática e disponível ao diálogo.

A partir do 3º ano de escolaridade, o aparelho reprodutor é falado e ensinado a Estudo do Meio, aproveite essa altura para ajudar o seu filho a estudar ou a tirar algumas dúvidas sobre o tema. Lembre as palavras que utiliza. A própria matéria do sistema reprodutor é explicada em termos científicos, e muitas das vezes, as crianças não entendem o que estão a ler.

"Os espermatozoides são libertados no sémen…" Por esta idade, pode explicar que o sémen é um líquido que sai do pénis/pilinha. Que esse líquido é muito importante, pois é aí que vivem as sementes que vão fazer nascer os bebés. Palavras como sémen, testículos, espermatozoides, útero, vulva, são chinês para a maioria das crianças. Os livros didáticos disponíveis em muitas das livrarias podem ser excelentes aliados para os pais. As suas ilustrações são, na maioria, indicadas e adequadas para estas idades.

Aos adolescentes: Nesta idade será importante começar por explicar a diferença entre sexo e fazer amor. É comum, alguns pais, ao verem os seus filhos a chegar à adolescência, sentirem a necessidade de abordar o assunto. No entanto, na sua grande maioria, quando surge aquela conversa, surgem também sentimentos de vergonha e algum afastamento.

É importante dar espaço ao adolescente, não o pressionar, para que, no tempo certo, ele se sinta à vontade e confiante para falar consigo e questionar sobre o que quiser. Uma das estratégias que normalmente funciona é perguntar-lhes se gostariam de tirar alguma dúvida sobre o tema. Se existe algo que não percebam. Muitos deles têm dúvidas e não entendem o significado de algumas palavras associadas ao tema do sexo. Não se assuste se essas palavras forem palavrões que os seus filhos costumam ouvir ou dizer na escola. É muito comum o vocabulário dos adolescentes estar confuso. O mais difícil é colocar a primeira questão, a partir daí deixe a conversa seguir de forma natural.

Se sentir vergonha ou vontade de rir, diga ou mostre, não faz mal, ele compreenderá que também é de pele e osso. Responda de forma simples e clara, sem florear ou despir cruamente as questões, mas sempre de uma forma humana e carinhosa. É um tema que merece toda a nossa atenção e todo o tempo que os nossos filhos precisarem.

Respeito é a palavra de ordem. É crucial reforçar a importância do corpo. Neste assunto, quanto mais esclarecidos estiverem, mais confiantes se vão sentir. A culpa pode ser muito perturbadora e enganadora. O tema sexo ainda não é algo natural para a maioria. Se muitos adultos não se sentem à vontade, é muito normal os seus filhos terem a mesma reação.

"Sexo é um ato físico onde os dois corpos se juntam. É feito por pessoas que se amam, ou simplesmente quando existe uma atração física. Fazer amor é fazer sexo, mas de uma forma diferente, onde a troca de afeto é o principal. Mais importante que tudo é respeitares o teu corpo, a tua vontade e o teu tempo. Sabes, o ato sexual quando realizado, sem que estejas devidamente preparado emocionalmente e consciente, é muito bonito e bom, mas também se não estiveres preparada pode ser um acontecimento que não dá prazer e, pior, que pode influenciar muito negativamente a tua vida sexual futura."

Porque diz que as crianças; "só se portam mal quando estão tristes, desanimadas ou têm baixa autoestima"?  
Quanto mais mal nos portamos, mais precisamos de atenção. Lembre-se quem refila no trânsito? As pessoas que estão felizes ou tristes e irritadas? Pois é, existe uma relação direta entre aquilo que as crianças sentem e a forma como se comportam. As crianças mordem, batem, partem coisas porque se sentem assustadas, magoadas ou com medo. Têm a perceção de que ninguém quer saber de si. Não ignore nem julgue, perceba que aquela criança pode estar com uma dor emocional, e esta é a única forma que conhece para chamar à atenção dos pais. Se ralhar ou puser de castigo a raiva vai aumentar e vai fazer pior.

As crianças não nasceram para ficar quietas, necessitam explorar. Têm de se mexer, perguntar, chorar, fazer diabruras, descobrir o corpo e o mundo. Recordo quando o meu pai arregalava os olhos, isso deixava-nos imediatamente em sentido. Aposto que, se pensar bem, irá identificar algumas coisas que, embora não concordasse na altura, hoje até aplica. Sempre que dou por mim a abrir os olhos, sorrio para dentro. Aquilo que criticamos na nossa infância é o mesmo que fazemos hoje em dia, e fazemo-lo por ser um processo inconsciente, como espelho do que vivenciámos.

Quando as coisas parecerem mais desafiantes pergunte-se: "como é que eu gostava que reagissem comigo?" Recorde situações como quando queria sair e não deixavam, por exemplo. Era irritante? Não é fácil, mas é possível, com algum treino. Quando estávamos irritados gostávamos que alguém nos corrigisse? E hoje? Gostamos? Ninguém gosta, pelo contrário, ainda nos irrita mais, até assumimos aquilo como um ataque pessoal. Claro que não podemos permitir comportamentos desadequados, mas se a criança estiver a fazer uma birra ou a gritar, não é por gritarmos que ela vai perceber onde está o erro. Isso apenas fará com que ela grite mais alto.

Se aquele momento já por si só é um momento de stress e de frustração, cabe-nos a nós, adultos, ser assertivos. Como? Sem discutir, apenas abraçar e dar conforto até que pare.

Como reagir quando nos dão respostas tortas?
Tem várias opções. Para mim as que trazem melhores resultados, e que também utilizo com os meus filhos é ignorar, fingir que não ouviu, e mais tarde quando ele lhe fizer uma pergunta, responder com o mesmo tom e agressividade. Assim, vai espelhar e perceber a forma desapropriada de como lhe falou. Ou simplesmente olhar nos olhos dele baixar-se à altura dele, se for o caso, e afirmar num tom baixo, mas assertivo "Não estas a falar comigo, pois não? Ouvi mal certamente!"

É uma boa opção, para evitar conflitos, dar opções? Iogurte ou leite, por exemplo. Porquê?
Sim claro, todos temos de te opções de escolha, claro dentro de limites.
Como se explica que o Pai Natal não existe? E a fada dos dentes? 

O Pai Natal é uma figura imaginária do Natal. Apareceu com a Coca-Cola. Ele não existe, mas se pensarmos bem, é mais engraçado achar que sim e viver todas estas coisas. Vamos preparar jogos?

OU

O Pai Natal não existe, é apenas um símbolo do natal, como a árvore, as bolas, as luzes. Mas não contes já ao mano, é importante para ele continuar a acreditar. Sabes, o mais importante é estarmos todos reunidos em família a divertir-nos e partilhar velhas histórias, não é? Lembras-te do ano passado?

OU

O Pai Natal torna esta época mais divertida e simbólica. Além disso, é através da carta que lhe escreves que nós podemos saber aquilo que gostavas de ter, e conseguir escolher aquilo que te podemos ou não oferecer. Com a fada dos dentes é igual. Aguente a magia até conseguir e saboreei essa fase.

Como se deve abordar as drogas?

Do meu ponto de vista, as drogas devem ser explicadas desde pequeninos, claro adaptando o discurso a cada idade. As drogas fazem parte das escolas, eles têm contacto desde cedo. Penso que aqui o nosso papel é alertar para perigos, explicar os danos e confiar que estamos a dar uma abertura e educação para que falem connosco se precisarem. Não vale a pena proibir. Acredito que alertar e até exagerar nos efeitos terá mais impacto: "podes morrer"; "vais ficar maluco" ou "ficas sem saber o que fazes". "Podes experimentar, mas quando fores mais velho e conseguires controlar e decidir que queres ou não isso para ti."

Como se responde às perguntas sobre divórcio?
Quando a notícia do divórcio é colocada sobre a mesa, são muitas as perguntas que não podem ficar sem resposta. É normal que a criança fique confusa e não compreenda o que divórcio quer exatamente dizer.

Afinal, ela não conhece outra realidade que não a de ver os pais juntos. Ao longo do seu processo de crescimento, foram-se criando hábitos, regras, rotinas, que agora são postas em causa e terão de sofrer alterações. Um dos valores que quer e vai passando ao seu filho é o de honestidade. Nesta altura também terá de o ser. As explicações são sempre um desafio, até porque, o próprio casal tem de aprender a lidar com essa decisão, iniciando um processo novo de adaptação e reestruturação.

Quando a decisão está tomada, apesar das divergências que possam existir, é importante que o casal converse e defina as estratégias mais adequadas para a criança. Não tenha pressa em comunicar como tudo vai ser. Acima de tudo, tente nunca discutir à frente da criança.

Tranquilamente, sentem-se os dois com a criança (é importante que os dois estejam  presentes, façam um esforço) e expliquem-lhe, da forma mais genuína possível, que os dois decidiram separar-se, por não quererem estar mais um com o outro, mas que continuam a amá-la da mesma forma, ou até mais. Exponha que, apesar de agora deixarem de morar todos juntos, sentem o mesmo amor e carinho por ela, e que a relação vai ser a mesma. Que a criança pode contar com os dois para o que precisar, falar sempre que quiser, e que não deixará de ver nenhum dos dois.

Se ainda não souber com quem a criança vai viver ou como será o processo, não faz mal, diga-lhe isso mesmo, que não sabe como será daqui para a frente, mas que ela não terá de se preocupar com isso, porque os dois gostam muito dela. Mas o mais importante é falar com o seu filho só quando tiverem certo que se vão separar, e quando definirem as vossas novas regras.

Possível Resposta: "Nós gostamos muito de ti, e vamos gostar sempre, estando a viver todos juntos ou não. Apenas deixamos de ser namorados, mas continuamos a ser amigos, e a ser uma família, só não vamos morar todos na mesma casa. Isto não tem nada a ver contigo, mas sim connosco. Podes sempre falar e perguntar o que quiseres. E acredita, não vais deixar de ver nenhum de nós, vamos ver-nos sempre, porque acima de tudo és muito especial e querido para nós. Tens alguma dúvida? Queres fazer alguma pergunta? Estamos aqui para tirar todas as tuas dúvidas."

Quando não temos tempo para grandes explicações. Como devemos reagir?
Com honestidade, clareza mais uma veja. Explicar isso mesmo: "Hoje não tenho tempo, estou com pressa porque mas amanhã de manhã com calma explico tudo, ok?"

 

 


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Como se explica o sexo e a morte às crianças?

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Como se explica o sexo e a morte às crianças?

Episódio da vida real: mãe e dois filhos entram em casa, ali mesmo no hall de entrada do prédio, e o mais velho de 5 anos pergunta, sem avisos (é sempre assim, não é?): depois de morrer vens ter comigo, não é? Estamos no final do dia, temos o correio numa mão, o saco das compras na outra e só pensamos em meter os dois miúdos no banho, quando temos de responder a uma questão destas. O que fazer? Pois, os pais têm de estar preparados para responder com calma, sem invenções, e sempre tendo em conta aquilo que os filhos querem saber.

Para ajudar pais com todos os temas - da escola, morte ou sexualidade - a psicóloga Bárbara Ramos Dias escreveu um livro que funciona como uma manual. Respostas Simples às Perguntas Difíceis dos Nossos Filhos, da editora Manuscrito, foi lançado em fevereiro, porque as perguntas das crianças não podem ficar sem respostas. E como também nós gostamos de fazer perguntas, falámos com a especialista em adolescência e parentalidade sobre como resolver todas as dúvidas dos miúdos: do sexo ao Pai Natal, sem esquecer a obrigatoriedade das tarefas domésticas. Um guia para pais, educadores e curiosos.

Porque decidiu escrever este livro?
Ao longo dos quase vinte anos de prática clínica como psicóloga, além de mãe e tia, tenho percebido que a causa principal das discussões e dificuldade no relacionamento entre pais e filhos, traduz-se na carência de comunicação, bem como na ausência de respostas concretas às perguntas e dúvidas dos filhos: "Fiquei sem chão. Não soube o que responder. O que acha que deva responder?" As queixas são uma constante, tanto dos pais, como dos adolescentes. Os pais querem saber novidades do dia, enquanto os filhos revelam não se sentir compreendidos. Confuso? Então se os pais querem saber, e os filhos não se sentem ouvidos, o que pode estar aqui a falhar? Toda e qualquer relação se baseia no pressuposto de se ser ouvido e saber ouvir. Assim, surgiu a ideia deste livro com exemplos concretos e exercícios práticos, com linguagem simples, para os pais praticarem a vida com os filhos.

Como escolheu as perguntas?  
Primeiro selecionei os temas mais importantes, depois juntei as perguntas que me fui lembrando dos meus filhos, sobrinhos, dos meninos que tenho seguido ao longo dos anos, e até dos pedidos de ajuda por parte dos pais para responder a algumas perguntas difíceis.  Por fim, fiz uma seleção, e eis o resultado.

Qual é a pergunta mais difícil de responder?
A meu ver não existe a mais difícil, uma vez que somos todos diferentes, temos histórias de vida e memórias diferentes, o que nos faz ter medos, tabus, preconceitos, vergonhas também distintas nas diferentes áreas. No entanto, a maioria dos pais que acompanho, parece ter maior dificuldade nas respostas relacionadas com a sexualidade, talvez pela nossa cultura.

Evidentemente que não há respostas certas ou erradas. Todas são corretas, desde que sejam respondidas de forma simples, clara, honesta e dadas com o coração.

A partir de que idade se deve falar da morte? 
As perguntas sobre a morte surgem por volta dos cinco anos. Uma forma de explicar a morte à criança, de forma natural e que ela absorva a informação, é comparar este processo ao de uma planta. Ou pode também conversar sobre o animal de estimação que ficou doente e morreu. Esclareça que o processo de envelhecimento é normal. Todos nós nascemos e vamos envelhecendo, faz parte da vida. Entender isto é fundamental em qualquer idade, sendo que, quanto mais natural for esta conversa, menos traumatizante será qualquer acontecimento relacionado.

Outra forma de expor de forma concreta esse acontecimento é por meio de livros. Uma vez que contêm palavras simples e explicam este processo de uma forma diferente, permitindo uma melhor assimilação por parte das crianças.

É importante falar, mas lembre-se que ainda mais importante, sempre, é ouvir a criança. O melhor é deixar a criança perguntar o que quiser, encorajando-a a expressar o que sente e como sente esta vivência. Responda a todas as perguntas com palavras simples e frases curtas, para que a criança possa entender perfeitamente o processo natural da morte.

O processo de luto não é igual para todas as pessoas. Cada um o vive da sua forma, e as crianças não são exceção. Deve-se dar espaço para que a mesma desenvolva esse processo, aceitando-o e aprendendo a lidar com ele de forma efetiva e sem culpa, medo ou traumas.

A esta vivência, junta-se a altura do último adeus, ou seja, o velório e funeral. Existem muitos pais que são da opinião de que a criança deve ficar de fora desta experiência, outros que não. A última escolha é sempre sua, já sabe. No entanto, se achar conveniente, pergunte à própria criança se quer estar ou não presente, explicando-lhe como esse é um momento triste e o que vai acontecer, para a preparar. Quando a criança não assiste a esse momento, é normal que nos dias seguintes pergunte: "para onde foi o …?" O seu apoio é fundamental em qualquer que seja a decisão da criança. Não se isole e, acima de tudo, não a exclua. Afinal todos perderam alguém importante.

Este nunca é um assunto fácil, mas é imperativo que se fale dele. Desde cedo que as crianças brincam às mães e aos pais, bem como aos médicos. É normal assistirmos a brincadeiras em que alguns deles fingem que morreram, verdade? Isto mostra que as crianças têm desde cedo a ideia de que este processo acontece. Esta pode ser uma boa oportunidade para abordar este assunto de forma natural.



Devemos criar uma história pela positiva, mais do estilo da estrelinha no céu, ou ser mais diretos?
Falar sobre a morte abertamente, ao contrário do que possa pensar, não o vai deixar triste. Pelo contrário, irá fazer com que a compreenda melhor, perca o medo, experimente mais segurança e, acima de tudo, se sinta mais preparado. Quando se proíbe falar da morte, as crianças ficam mais ansiosas em relação ao assunto. Provavelmente pensará "quais as palavras certas?" ou "como é que vou explicar isto?" Falar com o coração resulta sempre, não tenha medo de ser sincero, ele compreenderá.

Lembre-se que quando a criança faz uma pergunta é porque está preparada para ouvir a resposta. Podemos aproveitar momentos-chave para explorar o tema da morte.

Por exemplo, imagine que encontra um pássaro morto no chão, pode aproveitar para questionar: "Achas que ele tem frio, que tem fome?" Isto fará com que entenda o que a criança pensa sobre o assunto, permitindo esclarecer possíveis dúvidas.

Na minha opinião, não se deve esconder a verdade. Quando dizemos a uma criança que o avô foi fazer uma longa viagem, ela pode fantasiar que, mais dia menos dia, ele irá voltar. Então o que dizer? Talvez algo como: "O coração e corpo do avô pararam, não podes conversar com ele. Mas fica sempre na nossa memória, nunca iremos esquecer os momentos que passámos com ele."

Explique-lhe que não é por ter perdido agora alguém, que num futuro próximo isso vá voltar a acontecer. É normal que nesta fase tenham mais medo que volte a acontecer, por isso é que ouvir a criança é tão importante.

Quando o meu marido foi operado à coluna, os miúdos ficaram muito ansiosos e preocupados. O Vicente chegou a perguntar se o pai iria morrer na operação. Eles têm medo de perder os que mais gostam, e isso é sempre motivo de grande ansiedade. Quando a avó está fora algum tempo, o pequenino pergunta se a avó morreu. Quando os pais têm medo da morte, ao tentar poupar o filho, a criança reagirá da mesma forma. Mas se os pais mostrarem com alguma naturalidade o ciclo da vida, a criança lidará com a morte mais facilmente.

Quando sentir ser o momento apropriado, sem pressionar, pode trazer o assunto para discussão. Fale por exemplo de bisavós ou pessoas que já morreram e que ele não conheceu. Se se sentir confortável mostre fotos e conte histórias divertidas de que se recorde. Isso vai ajudá-lo a entender que não precisa, nem tem de evitar falar sobre o assunto. Elas existem na nossa memória, nas fotografias e no nosso coração. É o ciclo de vida, faz parte.

Outro aspeto de extrema importância é não impor aquilo em que nós acreditamos, mas sim, saber a sua opinião antes. Até aos 6 anos, deve falar de forma simples: "o avô deixou de estar aqui connosco, mas estará sempre aqui de outra forma, estará sempre no nosso coração e na nossa memória". Depois dos 6 anos, existe outro nível de compreensão. Então, a partir dessa idade, podemos transmitir a nossa opinião e falar sobre aquilo em que acreditamos. Podemos apresentar as nossas crenças, hábitos, costumes, entre outros. Se quiser, clarifique as diferentes formas que pode assumir um funeral. Mostre que, no Ocidente, as pessoas vestem-se de escuro e choram. Já na cultura muçulmana, fazem uma festa, com música. Nestas questões, mais uma vez, não existe certo nem errado. Cada um de nós tem a liberdade de escolher e agir conforme nos faça mais sentido. Ofereça também essa escolha, orientando-o o máximo que souber.

Diz no livro que se deve substituir a crítica pela tarefa, como? Podia dar um exemplo?  
Em vez de criticar quando criança fizer um disparate, partir alguma coisa, riscar o sofá com canetas,  ou algo parecido, peça que ajude na limpeza ou arrumação. Ou seja, em vez de afirmar: "quando o teu pai chegar, vais levar!", "és sempre o mesmo desastrado" "nunca fazes nada de jeito" experimente "gostava muito que me ajudasses", ou, "já vi que estás triste/arrependido, queres ajudar- me a limpar?" Estará assim a substituir a crítica pela tarefa.

Quais são as melhores técnicas de negociação e mediação de conflitos?  
Disco riscado – repetir a ordem até a criança fazer a tarefa. Exemplo - Mãe: "Vai por a mesa"; Filho: "Já vou… sou sempre eu!"; Mãe: "Vai por a mesa";  Filho: "Já vou… blá blá!";  Mãe: "Vai por a mesa!"; 

Nevoeiro – por dentro de uma bolha imaginaria com calma: "tu até podes achar que sou sempre chata, mas faz a cama!"

Interrogação negativa, ou seja, devolver a pergunta – "Porque não queres vestir isso?"

Extinção - ignorar. Assim a criança compreende que pode fazer as birras que quiser, porque não vai obter ganhos.

Como responder à pergunta: Porque é que tenho de ter tarefas?
Com a verdade e clareza: "Todos temos tarefas. A mãe também trabalha e cozinha; o pai trabalha, lava a loiça, leva o lixo; o senhor polícia apanha os maus; o médico trata as pessoas. Tu, como ainda és pequeno, tens de estudar e podes ajudar a mãe e o pai a pôr a mesa, a escolher a roupa para lavar, arrumar os teus brinquedos, etc. Com a tua ajuda, nós ficamos mais descansados e com mais tempo para brincar. Se todos partilharmos tarefas, é mais fácil. E é muito mais divertido, não achas?"

E à pergunta: Porque é que nunca posso fazer nada do que eu quero?
"Querido, tens todo o tempo do mundo para fazeres as coisas que queres. Garanto-te que quando chegares a essa fase, já vais querer fazer outras coisas, melhores e mais divertidas. É natural pensares que tudo é mais interessante do que o convívio com o pai e a mãe, mas quero que saibas que se precisares de alguma coisa, seja o que for, nós vamos estar aqui para ti, sempre. E o mais giro, eu adorava ser criança, aí sim fazemos que queremos, quando cresceres vais perceber isso"

Como se deve explicar o medo?
O medo deve ser abordado de forma empática, o mais importante é perceber o que causa esse medo, como o sente, ou como atormenta. Depois ajudar a transformar esse medo. Questionar "como apareceu o medo?" "desde quando". Podemos explicar que o que nos faz ter medo é a memória distorcida ou aumentada  da realidade, que ao ser processada torna-se em algo que acreditamos realmente e sentimos como verdadeiro.

Muitas vezes o medo vem também do desconhecido, da mudança, de escola por exemplo. Mas ensine que o medo é o ladrão dos sonhos e da alegria. Mas acima de tudo, ajude-o a enfrentar o medo para que este não tome proporções gigantes. O pior medo é imaginar o medo. Se por exemplo a criança tem medo de "monstros que estão no quarto", então entre na realidade imaginaria da criança e "mate" os monstros com uma vassoura: "vamos lá matá-los, percebo o que sentes, quando era pequena também tinha." Não diga coisas como: "não é nada", "não existe" ou "não sejas parvo". Porque isso só vai piorar a situação.

se explica o casamento homossexual?
Ser gay é ser homossexual. É quando homens gostam de homens e mulheres gostam de mulheres. O mais importante é respeitar as tuas escolhas e as das pessoas que te rodeiam, lembrando que o amor aquilo que une as pessoas, independentemente do sexo.

Somos todos iguais e, ao mesmo tempo, todos diferentes. Cada pessoa tem os seus próprios gostos e interesses e isso não quer dizer que uma seja mais acertada do que outra, mas sim, diferente. Tudo é amor. Temos direito a opção de escolha, mas não precisas de te exibir na busca do reconhecimento do outro. Todos temos o nosso momento de privacidade e não o fazemos na presença de terceiros, independentemente da orientação sexual.

O facto de não te sentires atraído por nenhuma menina, não quer dizer que sejas homossexual. Podes ter interesse daqui a uns anos. Mas quero que saibas que,  independentemente das tuas escolhas, se gostas de meninos ou meninas, eu vou respeitar e estar sempre a teu lado, porque gosto muito de ti. Tens direito a amar quem quiseres. E lembra-te, o AMOR que nós sentimos uns pelos outros é o mais importante, independentemente do sexo.

Quando se deve falar de sexo? E de que forma?
O sexo é dos temas que mais intriga os  pequeninos e constrange os pais. É sempre preferível ser a mãe ou o pai a fornecer à criança a informação que ela procura, pois, ao procurar outras fontes de informação, esta pode vir distorcida, ou até mesmo retratada de forma fantasiosa.

Até aos 5 anos, pode começar por partilhar que o sexo é uma espécie de carinhos que os pais trocam para mostrar que se amam. Pode dizer também que é uma coisa que os adultos fazem na sua intimidade, por ser um momento especial e privado.

Depois dos 6 anos, quando as crianças forem maiores, explique que os órgãos genitais da mulher e do homem ficam diferentes, e que esse carinho provoca uma sensação muito agradável. É esse ato que faz com que os bebés existam. Sempre que falar de sexo, reforce a ideia de que é uma coisa que só os adultos fazem, quando se sentem preparados, sem tabus nem receios, mostrando sempre uma atitude empática e disponível ao diálogo.

A partir do 3º ano de escolaridade, o aparelho reprodutor é falado e ensinado a Estudo do Meio, aproveite essa altura para ajudar o seu filho a estudar ou a tirar algumas dúvidas sobre o tema. Lembre as palavras que utiliza. A própria matéria do sistema reprodutor é explicada em termos científicos, e muitas das vezes, as crianças não entendem o que estão a ler.

"Os espermatozoides são libertados no sémen…" Por esta idade, pode explicar que o sémen é um líquido que sai do pénis/pilinha. Que esse líquido é muito importante, pois é aí que vivem as sementes que vão fazer nascer os bebés. Palavras como sémen, testículos, espermatozoides, útero, vulva, são chinês para a maioria das crianças. Os livros didáticos disponíveis em muitas das livrarias podem ser excelentes aliados para os pais. As suas ilustrações são, na maioria, indicadas e adequadas para estas idades.

Aos adolescentes: Nesta idade será importante começar por explicar a diferença entre sexo e fazer amor. É comum, alguns pais, ao verem os seus filhos a chegar à adolescência, sentirem a necessidade de abordar o assunto. No entanto, na sua grande maioria, quando surge aquela conversa, surgem também sentimentos de vergonha e algum afastamento.

É importante dar espaço ao adolescente, não o pressionar, para que, no tempo certo, ele se sinta à vontade e confiante para falar consigo e questionar sobre o que quiser. Uma das estratégias que normalmente funciona é perguntar-lhes se gostariam de tirar alguma dúvida sobre o tema. Se existe algo que não percebam. Muitos deles têm dúvidas e não entendem o significado de algumas palavras associadas ao tema do sexo. Não se assuste se essas palavras forem palavrões que os seus filhos costumam ouvir ou dizer na escola. É muito comum o vocabulário dos adolescentes estar confuso. O mais difícil é colocar a primeira questão, a partir daí deixe a conversa seguir de forma natural.

Se sentir vergonha ou vontade de rir, diga ou mostre, não faz mal, ele compreenderá que também é de pele e osso. Responda de forma simples e clara, sem florear ou despir cruamente as questões, mas sempre de uma forma humana e carinhosa. É um tema que merece toda a nossa atenção e todo o tempo que os nossos filhos precisarem.

Respeito é a palavra de ordem. É crucial reforçar a importância do corpo. Neste assunto, quanto mais esclarecidos estiverem, mais confiantes se vão sentir. A culpa pode ser muito perturbadora e enganadora. O tema sexo ainda não é algo natural para a maioria. Se muitos adultos não se sentem à vontade, é muito normal os seus filhos terem a mesma reação.

"Sexo é um ato físico onde os dois corpos se juntam. É feito por pessoas que se amam, ou simplesmente quando existe uma atração física. Fazer amor é fazer sexo, mas de uma forma diferente, onde a troca de afeto é o principal. Mais importante que tudo é respeitares o teu corpo, a tua vontade e o teu tempo. Sabes, o ato sexual quando realizado, sem que estejas devidamente preparado emocionalmente e consciente, é muito bonito e bom, mas também se não estiveres preparada pode ser um acontecimento que não dá prazer e, pior, que pode influenciar muito negativamente a tua vida sexual futura."

Porque diz que as crianças; "só se portam mal quando estão tristes, desanimadas ou têm baixa autoestima"?  
Quanto mais mal nos portamos, mais precisamos de atenção. Lembre-se quem refila no trânsito? As pessoas que estão felizes ou tristes e irritadas? Pois é, existe uma relação direta entre aquilo que as crianças sentem e a forma como se comportam. As crianças mordem, batem, partem coisas porque se sentem assustadas, magoadas ou com medo. Têm a perceção de que ninguém quer saber de si. Não ignore nem julgue, perceba que aquela criança pode estar com uma dor emocional, e esta é a única forma que conhece para chamar à atenção dos pais. Se ralhar ou puser de castigo a raiva vai aumentar e vai fazer pior.

As crianças não nasceram para ficar quietas, necessitam explorar. Têm de se mexer, perguntar, chorar, fazer diabruras, descobrir o corpo e o mundo. Recordo quando o meu pai arregalava os olhos, isso deixava-nos imediatamente em sentido. Aposto que, se pensar bem, irá identificar algumas coisas que, embora não concordasse na altura, hoje até aplica. Sempre que dou por mim a abrir os olhos, sorrio para dentro. Aquilo que criticamos na nossa infância é o mesmo que fazemos hoje em dia, e fazemo-lo por ser um processo inconsciente, como espelho do que vivenciámos.

Quando as coisas parecerem mais desafiantes pergunte-se: "como é que eu gostava que reagissem comigo?" Recorde situações como quando queria sair e não deixavam, por exemplo. Era irritante? Não é fácil, mas é possível, com algum treino. Quando estávamos irritados gostávamos que alguém nos corrigisse? E hoje? Gostamos? Ninguém gosta, pelo contrário, ainda nos irrita mais, até assumimos aquilo como um ataque pessoal. Claro que não podemos permitir comportamentos desadequados, mas se a criança estiver a fazer uma birra ou a gritar, não é por gritarmos que ela vai perceber onde está o erro. Isso apenas fará com que ela grite mais alto.

Se aquele momento já por si só é um momento de stress e de frustração, cabe-nos a nós, adultos, ser assertivos. Como? Sem discutir, apenas abraçar e dar conforto até que pare.

Como reagir quando nos dão respostas tortas?
Tem várias opções. Para mim as que trazem melhores resultados, e que também utilizo com os meus filhos é ignorar, fingir que não ouviu, e mais tarde quando ele lhe fizer uma pergunta, responder com o mesmo tom e agressividade. Assim, vai espelhar e perceber a forma desapropriada de como lhe falou. Ou simplesmente olhar nos olhos dele baixar-se à altura dele, se for o caso, e afirmar num tom baixo, mas assertivo "Não estas a falar comigo, pois não? Ouvi mal certamente!"

É uma boa opção, para evitar conflitos, dar opções? Iogurte ou leite, por exemplo. Porquê?
Sim claro, todos temos de te opções de escolha, claro dentro de limites.
Como se explica que o Pai Natal não existe? E a fada dos dentes? 

O Pai Natal é uma figura imaginária do Natal. Apareceu com a Coca-Cola. Ele não existe, mas se pensarmos bem, é mais engraçado achar que sim e viver todas estas coisas. Vamos preparar jogos?

OU

O Pai Natal não existe, é apenas um símbolo do natal, como a árvore, as bolas, as luzes. Mas não contes já ao mano, é importante para ele continuar a acreditar. Sabes, o mais importante é estarmos todos reunidos em família a divertir-nos e partilhar velhas histórias, não é? Lembras-te do ano passado?

OU

O Pai Natal torna esta época mais divertida e simbólica. Além disso, é através da carta que lhe escreves que nós podemos saber aquilo que gostavas de ter, e conseguir escolher aquilo que te podemos ou não oferecer. Com a fada dos dentes é igual. Aguente a magia até conseguir e saboreei essa fase.

Como se deve abordar as drogas?

Do meu ponto de vista, as drogas devem ser explicadas desde pequeninos, claro adaptando o discurso a cada idade. As drogas fazem parte das escolas, eles têm contacto desde cedo. Penso que aqui o nosso papel é alertar para perigos, explicar os danos e confiar que estamos a dar uma abertura e educação para que falem connosco se precisarem. Não vale a pena proibir. Acredito que alertar e até exagerar nos efeitos terá mais impacto: "podes morrer"; "vais ficar maluco" ou "ficas sem saber o que fazes". "Podes experimentar, mas quando fores mais velho e conseguires controlar e decidir que queres ou não isso para ti."

Como se responde às perguntas sobre divórcio?
Quando a notícia do divórcio é colocada sobre a mesa, são muitas as perguntas que não podem ficar sem resposta. É normal que a criança fique confusa e não compreenda o que divórcio quer exatamente dizer.

Afinal, ela não conhece outra realidade que não a de ver os pais juntos. Ao longo do seu processo de crescimento, foram-se criando hábitos, regras, rotinas, que agora são postas em causa e terão de sofrer alterações. Um dos valores que quer e vai passando ao seu filho é o de honestidade. Nesta altura também terá de o ser. As explicações são sempre um desafio, até porque, o próprio casal tem de aprender a lidar com essa decisão, iniciando um processo novo de adaptação e reestruturação.

Quando a decisão está tomada, apesar das divergências que possam existir, é importante que o casal converse e defina as estratégias mais adequadas para a criança. Não tenha pressa em comunicar como tudo vai ser. Acima de tudo, tente nunca discutir à frente da criança.

Tranquilamente, sentem-se os dois com a criança (é importante que os dois estejam  presentes, façam um esforço) e expliquem-lhe, da forma mais genuína possível, que os dois decidiram separar-se, por não quererem estar mais um com o outro, mas que continuam a amá-la da mesma forma, ou até mais. Exponha que, apesar de agora deixarem de morar todos juntos, sentem o mesmo amor e carinho por ela, e que a relação vai ser a mesma. Que a criança pode contar com os dois para o que precisar, falar sempre que quiser, e que não deixará de ver nenhum dos dois.

Se ainda não souber com quem a criança vai viver ou como será o processo, não faz mal, diga-lhe isso mesmo, que não sabe como será daqui para a frente, mas que ela não terá de se preocupar com isso, porque os dois gostam muito dela. Mas o mais importante é falar com o seu filho só quando tiverem certo que se vão separar, e quando definirem as vossas novas regras.

Possível Resposta: "Nós gostamos muito de ti, e vamos gostar sempre, estando a viver todos juntos ou não. Apenas deixamos de ser namorados, mas continuamos a ser amigos, e a ser uma família, só não vamos morar todos na mesma casa. Isto não tem nada a ver contigo, mas sim connosco. Podes sempre falar e perguntar o que quiseres. E acredita, não vais deixar de ver nenhum de nós, vamos ver-nos sempre, porque acima de tudo és muito especial e querido para nós. Tens alguma dúvida? Queres fazer alguma pergunta? Estamos aqui para tirar todas as tuas dúvidas."

Quando não temos tempo para grandes explicações. Como devemos reagir?
Com honestidade, clareza mais uma veja. Explicar isso mesmo: "Hoje não tenho tempo, estou com pressa porque mas amanhã de manhã com calma explico tudo, ok?"

 

 

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