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Vida

Entrevista a João Lagarto: "Envelhecer chateia-me. Estou todo f*dido"

19.11.2019 20:46 por Lucília Galha 477
Foi o primeiro ator da família e só entrou para o Conservatório porque lhe ofereceram uma bolsa de 2.500 contos. Estreou-se numa revista "a bater perna" e admite que fica "intratável" sempre que tem de estudar uma personagem.
  • 27182
Antes de começar, enrola um cigarro - nessa tarde, quase esgota o stock de sete por dia a que se impôs - e traz também um copo de medronho da cozinha. Escolhe o escritório de sua casa para a entrevista. É aqui que estuda os textos, como o da tragédia do século XVII que vai começar a ensaiar em setembro. "Chama-se Reinar Depois de Morrer e é sobre a história do Pedro e da Inês de Castro. Eu vou fazer de rei. Estreamos no Teatro de Almada em novembro", diz à SÁBADO.

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A divisão, que tem também um piano (onde ele toca, mas pouco), torna-se pequena. É que, além dos quatro jornalistas (uma jornalista, dois câmaras e uma fotógrafa) e do próprio João Lagarto, ainda anda por ali a cirandar a Lua, a pastor alemão da família. "Então, linda? Tanta gente que aqui está, não é?", diz para a cadela, enquanto lhe faz festas na cabeça. "Ela passa o dia à espera que a minha mulher chegue. Eu tenho a minha função, que é levá-la a passear a meio da manhã, mas a minha mulher é o alfa", conta.

João Lagarto, 64 anos, não gosta de dar entrevistas (na Internet é difícil encontrar mais do que uma) e também não disfarça que a conversa o aborrece. Mas, ainda que a custo, a da SÁBADO acaba por durar duas horas e meia. Antes de começar, faz um pedido: "Posso tratar-te por tu? Já estou num estado em que trato toda a gente por tu. Menos as velhas!"

Nasceu a 5 de Outubro de 1954, em Lisboa. Onde?
Nasci numa maternidade que o meu pai dizia que uns tempos depois tinha fechado para desratização. Ali ao pé do Hospital de São José, a Maternidade Magalhães Coutinho.

Viviam ali?
Vivemos em muitos sítios mas, quando eu nasci, o meu pai estava a acabar o curso em Coimbra, então eu e a minha mãe ficámos em casa dos meus avós, na Graça.

Que recordações guarda da Graça?
Extraordinárias. Havia pessoas que andavam de porta em porta a vender coisas. Lembro-me de um homem que, no verão, vendia gelados e, no inverno, castanhas. Tudo no mesmo carrinho.

Brincava na rua?
Na Graça? Nem por isso. A minha avó tinha um quintal e eu ficava lá a brincar.

Que tipo de miúdo era?
Muito sossegadinho: a minha avó punha-me no quintal, com um bibe branco e, ao fim da manhã, o bibe continuava branco.

Tem irmãos?
Um, seis anos mais novo. Chama-se Rui.

Dá-se bem com ele?
Sim. Quer dizer, quando ele nasceu eu tinha 6 anos, veio destruir-me o paraíso! Fiquei a odiar aquela criatura durante algum tempo.

Que curso é que o seu pai estava a tirar quando nasceu?
Foi, durante muito tempo, clínico geral, depois especializou-se em otorrino. Andámos de um lado para o outro porque ele arranjou trabalho primeiro em Mértola,
depois em Azeitão.

O que é que a sua mãe fazia?
Era doméstica, tomava conta daquilo tudo.

Como é que eles eram?
A minha mãe ainda é viva. O meu pai era um senhor. Aliás, as pessoas dos sítios onde ele trabalhou guardam uma boa recordação dele. Como em Mértola: não cobrava consultas quando as pessoas não tinham dinheiro, chegava a trazê-las para Lisboa no próprio carro... Era um gajo desse género.

Quem tinha a mão mais firme?
A minha mãe [ri-se]. Como nas famílias todas, eu nunca conheci uma onde não seja a mulher que manda.

Com quem se dava melhor?
O meu pai era terra a terra, a minha mãe mais artística. De alguma maneira, a minha mãe acompanhava-me, e ainda me acompanha, no trabalho que faço. Ainda ontem fui almoçar com ela e falámos sobre esta peça que vou fazer.

Foi ela que o inspirou a seguir esta carreira?
Não. Quer dizer, se calhar…

Era bom aluno?
Sim, também era sossegadinho na escola, estava sempre no quadro de honra. Só houve uma vez, no liceu, em Setúbal, que tive uma briga com um colega e nesse período não fui para o quadro de honra. Foi uma desgraça.

Foi sempre assim ou na adolescência tornou-se mais rebelde?
Completamente, como todos. No meu tempo tudo puxava nesse sentido, eram os anos 70. Participava nas manifestações, fugi à polícia... Quando entrei na faculdade não fiz cadeira nenhuma. Passava os dias em manifestações.

Fugiu à polícia?
Aquilo era assim: circulava entre nós uma espécie de convocatória. Tipo: amanhã, na Praça do Chile, às 15h. Íamos todos para lá e havia polícias à civil no meio de nós. Juntávamo-nos, tipo equipa de basebol, e começávamos a gritar: "Guerra do povo à Guerra Colonial!" Depois corríamos e dispersávamos. No outro dia, a mesma coisa, noutro sítio. Só nunca fui preso.

O que estava a estudar na faculdade?
Filosofia. Depois ainda andei em Psicologia no ISPA e depois é que fui para o Conservatório.

Quando é que começou a interessar-se por teatro?
A primeira peça que vi foi com o João Perry, no Teatro da Trindade, devia ter uns 16 ou 17 anos. É a primeira peça de que me lembro.

Os seus pais levavam-no ao teatro?
Não. Só me lembro de ver teatro na televisão.

Então porquê ir para o Conservatório?
Li no jornal que davam 2.500 contos de bolsa a quem quisesse ir para o Conservatório, o que na altura era muito dinheiro. Foi a altura da reforma patrocinada pela Fundação Gulbenkian, que apostou na formação de atores.

Tem algum ator na família?
Não, fui o primeiro da família. [Agora tem o filho mais novo - tem dois -, Afonso Lagarto.]

Como foram os tempos no Conservatório?
Não fiz o curso todo, saí a meio do segundo ano (eram três), porque comecei a achar que ser ator era uma vida de falsidade. Fugi para Odeceixe.

Porquê Odeceixe?
Porque é lindo. Fui com a minha então namorada, que é a mãe do meu filho mais velho. Chegámos lá, ficámos uns meses e depois aborrecemo-nos e regressámos. Quando voltei para Lisboa deu-se o 25 de Abril e comecei a trabalhar como ator.

Estreou-se com a revista Uma no Cravo outra na Ditadura. Como é que isso aconteceu?
Quando se acabou o dinheiro [da bolsa da Gulbenkian], fui ter com um tipo que tinha sido meu professor no Conservatório, o Costa Ferreira, e pedi-lhe para me arranjar trabalho. Meteram-me nessa revista e estive uns meses a dar à perna.

Como foi essa primeira peça?
Não havia ensaios, era tudo à balda! Não me lembro do primeiro dia, mas lembro-me do último.

Então?
Aquilo era violento. Fazíamos duas sessões por noite, sempre cheias, saíamos às 2h da manhã, no meio das putas e com pouca diferença delas! Menos sujos não, eu mudava de roupa para aí umas 20 vezes em cada uma das sessões. Na altura, recebi um convite para ir fazer teatro em Évora e, para conseguir sair, disse ao patrão da revista que ia para a tropa.

O que aconteceu nesse último dia?
Quando chegou ao intervalo do espetáculo, ninguém saiu de cena. O Ary dos Santos - que dizia poemas naquela revista - agarrou em mim e levou-me para a frente do palco. Queriam fazer-me uma despedida. Ele era gordíssimo, estava a suar em bica, e começa: "Hoje, é o último dia que o João Lagarto vai trabalhar connosco. Ele vai para o MFA [Movimento das Forças Armadas]." E o público começa a gritar: "MFA, MFA!" E eu não ia para o MFA… [ri-se]

Teve muitas peripécias do género nessa altura?
Quando fui para Évora, em 1975, fizemos uma peça chamada Noite de 28 de Setembro. Fomos a Viana [do Alentejo] fazer espetáculo numa noite e apanhámos as estradas cortadas, com piquetes, para não passarem os fascistas. Nessa peça nós tínhamos metralhadoras que tinham sido pedidas ao quartel-general, mas estavam desativadas. Quando nos mandaram parar e viram as armas não acreditaram que éramos do teatro. Íamos sendo presos.

Esteve algum período da sua vida sem fazer teatro?
Houve só um ano em que não fiz. Quando voltei a pisar o palco, senti que aquilo era a minha casa. Foi uma coisa que disse noutro dia ao meu filho: "Isto para ti já é a tua casa, estás lixado!" Não há mais sítio nenhum como este, o palco é um sítio quentinho, tens as pessoas à frente e isso é aconchegante.

Mas também impõe uma pressão grande?
Sim, mas faz parte… A minha estratégia é não deixar cair a toalha e isso, às vezes, significa coisas horríveis, mas a toalha não pode cair, caramba!

Tem algum método para trabalhar uma personagem?
Uma vez fiz um filme com um inglês e ele disse-me uma coisa que nunca esqueci: "O que vais fazer depois é mais importante do que aquilo que fizeste antes." Fazeres a história do que acontece a seguir, ilumina-te muito para o que tens de fazer na cena.

Precisa de muito tempo para decorar um texto?
Cada vez mais, agora aí uns dois meses.

Ensaia os textos com alguém?
Não tenho um método, já percebi que dormir é fundamental. Andar é ótimo, passear com a cadela e passar os textos [na minha cabeça] ajuda-me.

Diz que aprendeu muito sobre a vida em palco. Porquê?
Havia alguém que dizia: ser ator é uma profissão do caraças, primeiro fazes de filho, depois de pai, a seguir de avô, por último de gajo que está a morrer e depois morres [ri-se]. Isso significa que não estou a tirar trabalho a ninguém.

Quais são os receios quando entra em palco?
É esquecer-me de alguma coisa que tenho de preparar. E já me aconteceu. Uma vez, quando estava a fazer uma peça com a Helena Isabel, tinha de tirar uma carta do bolso para ler e esqueci-me de a levar. A sorte é que sabia a carta de cor e improvisei.

Já aconteceu desmanchar-se em cena?
Não, eu sou uma aberração. Só houve uma vez em que não consegui, numa peça de marionetas. Fazíamos tanta merda, atrás da cortina, uns aos outros, que nos desmanchávamos a rir.

O que faziam uns aos outros?
Havia um desgraçado, chamava-se Virgílio. Quando ele tinha as mãos ocupadas - as marionetas ocupavam as duas mãos -, nós baixávamos-lhe as calças e ele não conseguia mexer-se.

Faz muitas partidas?
Não. Mas uma vez, numa peça com máscaras, pusemos pimenta a um dos nossos colegas. Esquecemo-nos dos olhos. O outro saiu de cena cego e capaz de nos matar. Nós só queríamos que ele espirrasse.

As personagens consomem-no?
Sim, muito! Tenho de andar com elas e fico intratável a pensar naquilo.

Gosta de fazer televisão?
Não é tão confortável como o teatro mas, por estranho que pareça, gosto de fazer novelas.

Porquê?
Porque o formato permite-me fazer coisas que mais nada me permite fazer. As novelas são unidades de tempo enormes, significa acompanhares uma personagem durante um ano. O que faço é organizar esse ano, dia a dia, e sobretudo aqueles em que não entro na ação da novela. Imagino que vou a Paris, por exemplo, e depois venho com essa carga.

Isso dá imenso trabalho…
Sim, e depois ainda tenho de decorar os textos. Perco tempos infinitos a fazer um documento Word com o dia a dia da personagem. É como se estivesse a criar a minha narrativa.

Como gere os tempos em que não está a fazer nada?
Muito bem, vou passear com a cadela, faço ginástica, vou à piscina, leio coisas… agora estou a estudar o Bob Dylan. Sempre o ouvi, só que não percebia nada das letras porque ele fala assim... [faz uma voz esganiçada].

Gosta de fazer teatro com o seu filho [Afonso, o mais novo]?
Conhecemo-nos tão bem, já passaram todas as cerimónias ou então há outro tipo de cerimónias.

Resulta melhor?
Há química, mas vergonha também, aquela vergonha que sentes quando estás muito próximo de alguém.

A ideia de ser reconhecido pelas pessoas incomoda-o?
Aprendi a lidar com isso, faz-me uma certa confusão…

Mas abordam-no muito na rua?
Não sou o Herman José, nem o Marcelo. Estou num outro nível, muito engraçado. As pessoas olham para mim e dizem: "Quem é este gajo? Eu conheço-o…"

Quando o abordam, o que lhe dizem?
Sei lá, tu fazes-me cada pergunta… Uma vez, num supermercado, tive um homem que andou atrás de mim o tempo inteiro. Devia estar a pensar de onde me conhecia - na altura, eu estava a fazer um programa de televisão. Às tantas, diz-me: "Ah, programa Lagarto!" Os meus amigos durante muitos anos chamaram-me "programa Lagarto".

Fale-me um pouco da sua personalidade.
Sei lá da minha personalidade…

Do seu mau feitio…
Eu não tenho de achar nada sobre esse assunto. Depende do que me fazem, há certas coisas com que me passo. Por exemplo, chego a um restaurante às 15h para almoçar e dizem-me para me sentar numa mesa mais pequena. Pergunto: "Estão à espera de uma excursão?" O gajo responde-me que pode ser que venha e eu mando-o para o caralho e vou-me embora. Isto é mau feitio? É, mas também é estupidez dele.

O que faz nos seus tempos livres?
Estudar coisas, fazer ginástica, passear com a cadela…

Vai ao ginásio?
Não, faço em casa. Hoje foi hora e meia no quarto. Faço uma sequência de exercícios todos os dias, há quatro anos. Tive um acidente de mota e tenho de fazer certas coisas para o joelho.

A mota é prazer ou necessidade?
A mota é uma utilidade, mas também ando por prazer.

Ouvi dizer que pertence a um grupo de motards.
Formei, com o Vítor [Norte], um grupo de atores que andam de mota, chamamo-nos os "Motards de Molière". Mas nunca nos organizamos para fazer coisas juntos.

Tem algum vício?
Fumar, mas não fumo muito. Cerca de sete por dia. Quando chega a 10 já estou todo fodido! Não estou habituado.

É religioso?
Não. O meu pai era ateu e a minha mãe religiosa, portanto fizeram uma espécie de concílio: nós fizemos a catequese e a Primeira Comunhão e a partir daí pudemos escolher. Deixavam ao nosso critério. Eu não dou para esse peditório, mas acredito que haja outras dimensões. Coisas ao nível do que é o tempo ou o espaço.

A consciência do tempo incomoda-o?
Sim, mas fazer teatro é uma boa terapia para a morte. Um livro perdura, uma música perdura, o teatro não perdura. Claro que amanhã vou fazer outra vez, mas o que fiz hoje acabou, não tem continuação. Nesse sentido, o teatro é uma boa escola da morte.

E envelhecer chateia-o?
Então não? Não se nota, mas estou todo fodido!

Entrevista originalmente publicada a 3 de julho de 2018, na edição nº 798 da SÁBADO.

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