
Moradores saem do prédio Coutinho em Viana do Castelo, mas continuam luta judicial @Model.HTag>
Uma das moradoras, Maria José da Ponte, justifica a saída voluntária com "as recentes decisões do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga".
Uma das moradoras, Maria José da Ponte, justifica a saída voluntária com "as recentes decisões do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga".
A VianaPolis iniciou, em junho de 2019, o despejo "de seis frações" do Edifício Jardim, mas os últimos moradores recusaram sair.
O Tribunal Central Administrativo Norte negou provimento ao recurso movido pelos últimos moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo.
VianaPolis assegura que "continua a aguardar decisão sobre a providência cautelar intentada em julho de 2019 para que possa prosseguir com a conclusão do objeto social da sociedade, que é a demolição do Edifício Jardim".
Sociedade que gere o programa Polis da capital do Alto Minho quer ser indemnizada por "todos os custos que está a ter com o adiar da desconstrução do edifício".
O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse que o projeto do novo edifício está "concluído" e com "previsão de execução até 2022".
Moradores apelam ao primeiro-ministro para que desista de uma demolição "imoral e financeiramente ruinosa" do edifício de 13 andares.
Um outro morador saiu do edifício, mas não entregou as chaves da habitação. Os moradores ocupam cinco frações.
"Dentro da lei está prevista a tomada de posse coerciva", afirmou o presidente da Câmara de Viana do Castelo. Providência cautelar ainda está a ser decidida.
"O processo vai ser entregue no fim das férias judiciais, não faz sentido estar a entregá-lo agora", disse o ministro do Ambiente.
O ministro do Ambiente anunciou que os últimos moradores no prédio Coutinho vão ser processados pelos custos causados ao Estado com o adiar da demolição do edifício.
Há 20 anos, o então ministro do Ambiente José Sócrates deu prazo até 2003 para deitar o prédio abaixo.
Os últimos nove moradores do edifício reencontraram-se no exterior após a decisão judicial que suspendeu o despejo iniciado dia 24.
Marido e filho foram autorizados a sair do edifício para visitar a mulher de 88 anos, que estava internada em estado grave.
Iniciativa defendia uma saída "digna e ordeira" dos últimos moradores do edifício mas foi cancelada devido à "reposição das condições mínimas de habitabilidade".
A sociedade informou que vai pedir a "revogação do despacho" da providência cautelar movida pelos moradores no prédio Coutinho que suspende o despejo iniciado há oito dias.