
Santos Silva: Episódios de um “falso calmo”
Augusto Santos Silva diz-se “um tipo gelado”, mas tem currículo a mostrar o contrário: gosta de “malhar” em “ayatollas”, na “direita”, em Tony Carreira e agora no Chega.
Augusto Santos Silva diz-se “um tipo gelado”, mas tem currículo a mostrar o contrário: gosta de “malhar” em “ayatollas”, na “direita”, em Tony Carreira e agora no Chega.
Pedro Santana Lopes diz que "qualquer comparação é ridícula", mas lançou o debate sobre se os "tantos casos, tantos" de António Costa deviam ter desfecho igual ao que levou à queda do seu Governo. A ideia torna importante puxar a fita atrás até 2004, mesmo que por agora Marcelo considere que o filme é bem diferente.
A Ideal Molde, que dependia do mercado russo para metade das vendas, ainda não conseguiu cortar a ligação. A agência pública portuguesa, a AICEP, manteve o seu escritório em Moscovo. Há quem tenha saído por opção ou porque os russos deixaram de comprar. E há quem, como a Amorim, não responda.
A câmara de Lisboa aceitou uma biblioteca sem saber o que contém ou quanto vale – dois anos depois, ainda está a catalogar o seu conteúdo. Mas os custos caem todos para o lado público e são pouco transparentes. Só em 2023, vão ser gastos 3 milhões.
São seis os eleitos. Um resistiu contra todas as expectativas, outro tornou-se líder disto tudo e um saiu pela porta pequena. Há ainda um rei da popularidade, uma mulher que manda nas nossas vidas e um grupo que desenterrou segredos mórbidos. Já sabe quem são?
Sérgio Figueiredo renunciou ao cargo de consultor de políticas públicas oferecido pelo ministro das Finanças devido à polémica sobre possíveis conflitos de interesses.
Entrevista a Teresa Leal Coelho (PSD), agendada no canal onde Medina era comentador, foi cancelada três vezes por Sérgio Figueiredo. Medina foi o único candidato entrevistado pela TVI e Assunção Cristas (CDS) teve o dobro das peças durante a campanha. Autarquia viria a gastar mais de meio milhão de euros em apoios e adjudicações ao universo TVI/Figueiredo
Não é Sérgio Figueiredo quem tem obrigações de defesa do interesse público, quem foi eleito deputado da nação, quem responde perante o parlamento e quem está sujeito ao código de conduta do governo e às regras de contratação pública. É Fernando Medina, Ministro das Finanças.
São €544.500 adjudicados a mulheres, namoradas, filhos, o próprio canal e o ex-diretor de informação em contratos com a autarquia na altura liderada por Fernando Medina, que ao mesmo tempo era comentador pago na estação.
Newsletter de quinta-feira
Ex-diretora municipal diz à SÁBADO que foi Sérgio Figueiredo quem verbalizou em reuniões na câmara que a TVI "devia ser considerada de outra forma" em relação à SIC e RTP. Autarquia pagou serviços a Sérgio Figueiredo que afinal foram feitos por empresa de Marta Aragão Pinto (mulher do diretor criativo da TVI). Ministro em silêncio.
Na altura, Fernando Medina era presidente da autarquia e comentador da TVI. Sérgio Figueiredo dirigia o canal.
Há um caso em que eu confesso uma gigantesca, incomensurável, total inveja: da viagem espacial de Mário Ferreira. Bem sei que foi uma coisa rápida, quase simbólica, mas foi. Infelizmente nasci cedo de mais para o poder fazer.
O jornalismo é um serviço público demasiado importante para ser liderado por quem não é livre ou deixou de ser. E esta é uma lição que não se encaixa apenas em Sérgio Figueiredo. Há muitos comissários políticos espalhados pelas redações.
Foi jovem militante comunista, de origem humilde. Chegou a referência no jornalismo económico – e amigo dos poderosos. Dançou entre a EDP e os media e saiu a mal da TVI. Criticado por ir desempenhar cargo nas Finanças, Sérgio Figueiredo anunciou ontem que desistia do lugar.