Ligue primeiro para a Linha SNS 24, siga as recomendações e, se tiver mesmo de ir ao hospital, prepare-se: as esperas são cada vez mais longas e as equipas estão sobrecarregadas. A SÁBADO falou com quatro peritos sobre o que aí vem, a preocupação é generalizada.
Subidas serão aplicadas a todos os médicos, garantiu o Ministério da Saúde quando foi anunciado o acordo. SIM tinha entendimento diverso, mas Fnam veio reafirmar intenção do Governo.
O Movimento Médicos em Luta vai agora auscultar os médicos para perceber que percentagem de médicos mantém as minutas de escusa às horas extraordinárias.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde após uma nova ronda negocial com os sindicatos, na qual a Federação Nacional dos Médicos rejeitou aceitar o acordo.
"Passámos de 30% para 15%. Estamos em metade. Parece-me muito difícil entrarmos aqui num sistema de feira", criticou Jorge Roque da Cunha.
"Em 33 das 48 especialidades foram ocupadas 100% das vagas a concurso", revela a Administração Central do Sistema de Saúde que sublinha a preocupação com a diminuição das escolhas em Medicina Interna.
"As escolhas para as especialidades terminaram e, dos 2.330 candidatos, houve 501 que decidiram não escolher qualquer vaga, tendo sobrado 419 vagas", adiantou o SIM.
Governo propôs aumento do valor pago à hora, mas ainda está longe do aumento de 15% proposto pelo sindicato dos médicos.
Dirigentes propõem 15% de aumento salarial para todos os médicos em 2024, valor intermédio entre o proposto pelo Governo e o reivindicado.
O Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos pretendem retomar as negociações com a tutela, considerando que o Governo está em plenitude de funções.
Manuel Pizarro sublinhou: "Temos que ver que condições temos, de forma realista, para retomar esse debate".
Os médicos mantém as greves e a recusa às horas extraordinárias, o que levou a Direção Executiva do SNS a criar um plano de reorganização das urgências.
Salários vão mesmo aumentar, o Orçamento do Estado segue o calendário previsto para aprovação e as greves no setor público devem continuar.
Processo negocial com médicos fica suspenso devido à demissão de António Costa.
"O Governo continua fortemente apostado na possibilidade do entendimento", garantiu Manuel Pizarro, que foi ouvido no Parlamento após a demissão de António Costa.
Salários continuam a dividir sindicatos e Governo. A próxima reunião irá dar-se na quarta-feira, 8 de novembro.
