Marta Temido prefere centralizar tudo e ouve pouco, mesmo que a consequência seja deixar respostas por dar. Está a perder a luta contra uma pandemia que expôs o défice de gestão no SNS.
Era visto como o sucessor natural de Graça Freitas, até as sugestões insólitas para um Natal em pandemia fazerem dele protagonista de memes nas redes sociais. Mas afinal quem é Rui Portugal?
Os hospitais e centros de saúde que mais tiveram de recorrer a horas extra encontram-se em Lisboa e vale do Tejo.
O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar (80 utentes e 26 profissionais).
Médico de 68 anos estava internado há 40 dias. Este é o primeiro caso conhecido da morte de um médico pelo novo coronavírus em Portugal.
Terá sido infetado por um colega. Esteve internado mais de 40 dias nos cuidados intensivos.
"Todos os meus colegas têm, em média, cerca de 25 pessoas que neste momento estão infetadas", diz o médico Jorge Roque da Cunha.
Sindicato Independente dos Médicos tem alertado, desde o início da pandemia e devido ao seu impacto, que o SNS, fruto da falta de investimento nos últimos anos, estava nos limites.
Secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos faz parte do grupo que está em isolamento domiciliário, após ter sido determinado a quarentena de todos os profissionais e o encerramento da Unidade de Saúde Familiar onde o médico trabalha.
Por terem um contacto inicial com os pacientes mais direto, os enfermeiros são as principais vítimas de violência. Sindicato critica Governo por "contratar sempre a opção de segurança mais barata".
Falta de médicos leva a encerramento das urgências do Hospital do Litoral Alentejano. Pessoas serão dirigidas para os hospitais de Setúbal, Beja ou Évora.
Teme-se que as medidas não passem de cuidados paliativos e questiona-se o que sobra depois das cativações e do pagamento das dívidas.
Roque da Cunha defende que "os hospitais deviam ter mais médicos do quadro de pessoal no serviço de urgência e não podem continuar a recorrer a tarefeiros contratados a empresas a quem os hospitais pagam três a quatro mais do que pagam aos seus médicos".
Sindicato Independente dos Médicos diz que situação das maternidades de Lisboa "só não é mais grave" porque a esmagadora maioria dos médicos fez mais de 400 horas em agosto.
Presidente da secção regional Sul da Ordem dos Médicos aponta que grávidas andam a "saltar de hospital em hospital". Bebé de uma mulher grávida, com 32 semanas de gestação, morreu hoje depois desta ter de ser transferida de Faro para o Amadora-Sintra, em Lisboa, por falta de incubadoras.
Sindicato Independente dos Médicos vai apresentar nomes de responsáveis médicos que estão a permitir ou a elaborar "escalas de urgência ilegais", por não terem os números mínimos estabelecidos pela própria Ordem dos Médicos.
