
O que fazem agora os 14 ex-governantes
“A vida continua”, diz Carla Alves. E, de facto, continua. Quase todos conseguiram regressar aos “lugares de recuo” ou encontrar novos. Só Hugo Mendes está “a estudar”.
“A vida continua”, diz Carla Alves. E, de facto, continua. Quase todos conseguiram regressar aos “lugares de recuo” ou encontrar novos. Só Hugo Mendes está “a estudar”.
Os últimos dois meses em Portugal foram inéditos na explosão e intensidade de escândalos relacionados com a conduta de políticos e altos quadros no exercício dos respectivos cargos. Embora inéditos, estes casos não são, porém, surpreendentes, mas sim o culminar de anos de falta de padrões éticos.
Trabalhou para a Rainha de Inglaterra e na banca de investimento, mudou-se para Portugal depois de casar, a pedido do sogro. A contratação da ex-secretária de Estado Rita Marques (que acabou por recuar) colocou este inglês no meio de uma polémica.
Seria bom que o novo governo punisse os marginais sem a carga de ressentimento e ódio que Lula empresta às suas proclamações messiânicas. Para loucura, já bastou o que bastou: não se pacifica um país pela demonização de metade dos brasileiros.
Este ciclo do PS de António Costa não é comparável ao de Sócrates, que instituiu uma forma delinquente de gestão do Estado e do Governo ao mais alto nível; que vendeu Portugal e empresas como a PT a pataco; nem sequer com o governo de Durão Barroso.
A ex-secretária de Estado do Turismo revelou na rede social LinkedIn ter abdicado do cargo na gestora hoteleira.
"É evidente que não deve ir trabalhar para uma área que no fundo foi uma área em que governou", apontou Presidente da República.
Comunistas querem aumentar o período de nojo, alargar incompatibilidades e criar novas sanções para o incumprimento da lei das incompatibilidades, incluindo a retirada de apoios às empresas que tenham contratado ex-governantes.
O dia começou com notícias que abalam o PSD e mudaram a agulha das atenções. António Costa aproveitou o embalo e descolou dos casos do seu Governo, atacando a ex-secretária de Estado do Turismo.
A polémica ida de Rita Marques para uma empresa que beneficiou no Governo pode levar a mudanças na lei. Os socialistas preparam-se para uma reunião num lugar com mais uma polémica. E o GPS tem uma sugestão para saber mais sobre Eugénio de Andrade.
O caso de Rita Marques deixou claro que a lei das incompatibilidades não pune os governantes que não cumprem o período de nojo. No Parlamento, o PAN já tem uma proposta e o Chega está a trabalhar numa iniciativa. No PS há "abertura" para mexer na legislação, o Livre está disponível para discutir o tema e o BE "a ponderar".
Primeira grande reunião do PS após sucessão de casos no Governo vai acontecer em Coimbra, a Federação Socialista liderada por Nuno Moita, condenado pelo crime de participação económica em negócio a uma pena suspensa de quatro anos de prisão.
A ex-secretária de Estado Rita Marques prevaricou, mas ficará sem castigo. Pedro Delgado Alves diz que há no PS "disponibilidade para clarificação e melhoria da lei" para dar resposta a situações "que têm gerado dúvidas ou em relação às quais as sanções antigas se revelem insuficientes".
A proposta é da Frente Cívica, que pediu ao Governo que retire o estatuto de utilidade turística dado por Rita Marques à empresa WOW, que agora gere.
Antiga governante diz estar "absolutamente segura das decisões tomadas enquanto secretária de Estado" e também "das que toma na esfera privada".
Rita Marques, a ex-secretária de Estado do Turismo, que foi afastada desta pasta pelo ministro da Economia, entra agora para a administração do grupo The Fladgate Partnership, ficando à frente da divisão dos hotéis e do turismo da dona da Taylor’s.