
Pedro Sánchez: o oportunista perfeito
Espanha saiu do impasse e tem finalmente um novo (velho) líder do governo. Mas esta vitória suada de Sánchez pode sair-lhe cara como escreve João Carlos Barradas neste texto de análise à investidura.
Espanha saiu do impasse e tem finalmente um novo (velho) líder do governo. Mas esta vitória suada de Sánchez pode sair-lhe cara como escreve João Carlos Barradas neste texto de análise à investidura.
Ainda estamos na era do Estado-gabinete, criadas e moldadas na sombra da mobília centenária do Terreiro do Paço, que surgem no etéreo público como políticas-pipoca, pois, estouram e saltam aos olhos à medida da agenda do momento com o objetivo de serem "engolidas" pelo espaço mediático e popular.
Um dos puzzles que mais me intriga na vida é por que razão, na governação e gestão nacionais, reina a inércia, ineptidão e indiferença entre as elites, incluindo as mediáticas, com vista à busca de explicações, respostas e métodos.
Tal como sempre fez Mário Soares, a crítica política e a intervenção social são sinónimos de vitalidade democrática e deviam ser até um imperativo de consciência para quem - como Cavaco Silva - teve especiais responsabilidades no País.
Na cúpula social-democrata há a ideia de que “o calendário eleitoral acelerou”, o líder já começa a pensar numa equipa para levar para o executivo, há estruturas montadas para a caça ao talento e é preciso passar desconhecidos a potenciais governantes. O partido tem uma estratégia para isso.
A verdade é que cheguei à conclusão de que, com todas as confusões geradas pelos comportamentos de vários membros do Governo, vai ser totalmente impossível proceder a uma discussão séria acerca do futuro da União Europeia na campanha eleitoral para a escolha dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu.
Todos sentem que entramos, mais uma vez, naquela época histórica onde o sistema de governo se vê numa encruzilhada. Esta implica opções, escolhas, falsas soluções, tentações, caminhos errados ou alamedas triunfantes.
Apesar de o Brasil ser terra de revolta pessoal mais ou menos ilustre, rebelião urbana e agrária, e revolução separatista e unionista, Jair Messias Bolsonaro pode ter perdido o favor dos 58.206.354 que votaram nele.
O dia começou com notícias que abalam o PSD e mudaram a agulha das atenções. António Costa aproveitou o embalo e descolou dos casos do seu Governo, atacando a ex-secretária de Estado do Turismo.
António Costa anunciou que vai falar com o Presidente da República para criar "um mecanismo" que permita escrutinar quem vai ser nomeado para um cargo político.
"O PS tem um congresso em 2023, tem outro em 2025, temos muito tempo pela frente. Para já, há uma coisa que tenho de fazer, que é cumprir o programa de Governo para que os portugueses me mandataram", sublinhou, acrescentando que exerce com "muita satisfação" a função de primeiro-ministro.
Foi ministro de Lula, mas não lhe poupa críticas. Rejeita o apelo ao “voto útil” e diz que “só o povo, às 17h30 do dia 2 de outubro” decide o que acontece. A SÁBADO na Feira de São Joaquim com o candidato que tenta ficar longe dos extremos.
"Hoje, face à crise que temos, penso que seria extremamente benéfico termos essa redução transversal e, a partir daí, ver qual é o impacto que pode ter no futuro", afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem de uma visita às empresas portuguesas que, de hoje a terça-feira, participam na feira de calçado MICAM, em Milão, Itália.
Depois de tudo aquilo pelo que passámos nos últimos dois anos, o Executivo entrega à Saúde pouco mais de 5% do seu programa.
André Ventura quis provocar uma definição à direita, com uma moção de rejeição ao Governo. Ficou isolado. PSD e IL abstiveram-se.
Debate do Programa do Governo marca uma nova fase: PCP e BE estão agora em oposição declarada a António Costa.