Há mais de 200 milhões de criadores de conteúdo em todo o mundo, aos quais se juntam outros 500 milhões que também rentabilizam as suas ideias, experiências e conhecimento através das plataformas digitais. Mais de metade destes criadores está disponível para oferecer um curso. Se aprender está, cada vez mais, à distância de um clique, muitas vezes até de forma gratuita, como ensinar?
Em vez de cumprir o seu papel de informar e educar, contribuiu para alimentar a fogueira, trazendo ao prime time o comentário de Miguel Sousa Tavares, reproduzindo algumas das piores ideias que estavam limitadas ao micro-fenómeno Twitter.
Neste reino das pessoas que acham alguma coisa, sou de opinião que a opinião cansa. As ideias mastigadas, repetidas à exaustão e a ausência de novas ideias, torna-se o próprio simulacro da simulação. Alimenta uma Guerra dos Mundos sem fim, que ultrapassa, em muito, as ondas da rádio.
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Hoje, a classe média está a desaparecer - na verdade já desapareceu mas demoramos a aceitar -, a linearidade das classes assumirá uma preponderância que em tempos já teve. Isso não é necessariamente bom.
O mais difícil é ignorar o extremismo das opiniões que ninguém pediu, para focar naquilo que mais falta: pensar. Nas redes a horda segue em rebanho, com as palas que as impede de observar.
Fernando Alves fê-lo como ninguém e, com ele, aprendi mais do que alguma vez poderei agradecer.
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Os preços dos imóveis para arrendar estão muito inflacionados e não faltam teorias para discutir o tema que se resume a duas questões muito simples que governo nenhum consegue resolver ou regular: oportunidade e ganância.
Recordo uma notícia que li esta semana - e que teve algum eco nas redes sociais - na qual se afirma que falta mão de obra e que as pessoas procuram um emprego das nove às cinco. Porque será?
Entre casais ou na empresa, o dia-a-dia tende a minar as endorfirnas cuja explosão se vai espaçando no tempo, até acabar. E acaba quase sempre por um cansaço acumulado pelo volume de trabalho, sobreposição de tarefas, desrespeito pelos horários e tudo aquilo que se conhece e que, rapidamente, precisa terminar. O mundo mudou, o trabalho não acompanhou.
Há sempre um português para onde pensemos ir e, em alguns países, há uma rede de apoio constituída para quem quer chegar. Rede essa que parece não existir para quem fica, os corajosos que não se acomodam e decidem ficar.
