
O lóbi de Ventura para trazer Marine a Lisboa
A francesa trouxe a sua própria segurança e saltou o cocktail inicial. O português forçou o tom para agradar.
A francesa trouxe a sua própria segurança e saltou o cocktail inicial. O português forçou o tom para agradar.
Os protagonistas foram de férias, mas antes trouxeram-nos, no parlamento, no governo e na oposição, emoções fortes, choque e pavor, vergonha alheia e gargalhadas. Merecem distinção e temos várias para distribuir: baldes de água fria, o imprescindível fascismo e até um cachimbo para distribuir aos melhores dos piores.
O Presidente do Brasil veio ao Parlamento falar de paz, condenar a invasão da Ucrânia e avisar os portugueses para os riscos da "ditadura do algoritmo" e para as consequências da extrema-direita no poder, lembrando as mortes causadas durante a pandemia por "negacionistas demagogos".
Podem estar condenados a entenderem-se, mas para já mal se falam. Os liberais tentam marcar pontos, os sociais-democratas ressentem-se com as manobras.
O PS travou a audição do ministro da Administração Interna sobre o encerramento de esquadras. Paulo Rios de Oliveira diz que a maioria absoluta está a "obstaculizar a fiscalização do Governo".
Assessor do Chega interpelou um jornalista da RTP em funções no Parlamento. E o líder da bancada parlamentar ameaçou um assessor do PS. Gabinete do secretário-geral da AR diz que jornalistas acreditados não podem "ser questionados, seja por quem for, sobre o modo como exercem a sua atividade profissional".
Socialistas tentam apagar caso de desautorização do primeiro-ministro. “Esse tema nem foi objeto de debate”, diz Eurico Brilhante Dias depois da reunião da bancada do PS.
Rui Rio tem esta quarta-feira o jantar de despedida no Parlamento, mas os funcionários do grupo parlamentar não foram convidados. O líder cessante do PSD anunciou que deixará de ser deputado, mas enquanto não sai ocupará gabinete onde estavam quatro parlamentares.
É o tema quente, do Kremlin à Rua Arbat, de São Petersburgo a Vladivostok, nos sítios onde se pode especular e discutir sem receio. E é também o assunto preferido dos que olham para além do horizonte, no dito Ocidente, e não por acidente.
Luís Montenegro sabe que não pode perder tempo: vai fazer quilómetros, montar gabinete no parlamento e preparar já o programa eleitoral.
O PS "chumbou" a audição no parlamento do presidente da Câmara de Setúbal, defendendo que se trata de uma "questão institucional".
O presidente ucraniano pediu apoio ao Governo português na rápida adesão à União Europeia, um dia depois de Costa o recusar. Governo não aplaude discurso por tradição parlamentar, mas Marcelo ovaciona.
"Se uma pessoa é negra e é de direita é tratada, desculpem a força da expressão, como se tratam os pretos", alegou Mithá Ribeiro, que defendeu que não existe racismo em Portugal.
Intenções foram anunciadas pelo líder parlamentar Pedro Filipe Soares.
O líder do Chega manifestou "uma certa surpresa por esta decisão", uma vez que o Ministério Público "pediu que não houvesse julgamento, por ter havido uma alteração da lei, e por parecer clara a aplicação da lei penal e a sucessão das leis penais do tempo".
A alegada retirada de apoio do Chega ao governo dos Açores é mais um episódio teatral de Ventura. O governo regional não vai cair pela mão deste anúncio do líder do Chega, mas o gesto vai render o espaço mediático pretendido – atropelando a autonomia açoriana pelo meio.