
Credores da Groundforce rejeitam liquidação
Das cerca de três mil entidades e pessoas que reclamam dívidas no valor de 155 milhões de euros, estiveram representadas 2.041. Groundforce avança para plano de recuperação.
Das cerca de três mil entidades e pessoas que reclamam dívidas no valor de 155 milhões de euros, estiveram representadas 2.041. Groundforce avança para plano de recuperação.
A empresa tinha vindo a registar irregularidades no pagamento dos salários, com pagamentos faseados e uma intervenção direta da TAP, para o pagamento de subsídios de férias e anuidades em atraso.
A insolvência da Groundforce foi aprovada pelo tribunal da Comarca de Lisboa, dando razão ao pedido da TAP.
Sindicatos desconvocaram paralisação após terem chegado a um compromisso com o Governo, que se comprometeu ao "pagamento do subsídio de férias" e de todos os salário em atraso até ao final deste mês de julho por parte da TAP.
Paulo Neto Leite foi presidente executivo da Groundforce e agora integra um grupo que fez uma oferta pelas ações da empresa ao Montepio.
"Há um processo de venda em curso e no fim, liderado pelo Montepio, que teve ontem [segunda-feira] uma decisão muito importante do tribunal", afirmou Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno Santos ressalva que solução está a ser desenhada para que não dependa da vontade de quem controla a empresa de 'handling', ou seja, a Pasogal, de Alfredo Casimiro.
Como quatro funcionários da empresa montaram uma associação que impede que os colegas caiam na miséria. Polícias, tripulantes de cabina, comandantes e trabalhadores da concorrente Portway têm ajudado.
A ANA - Aeroportos de Portugal quer avançar com a revogação das licenças de ocupação da Groundforce devido a dívidas superiores a 13 milhões de euros. E quer atuar de forma progressiva, começando pelos aeroportos de Faro e Funchal.
Comunistas recordam que já tinham proposto a nacionalização da empresa de handling como única maneira de "ultrapassar a presente crise" e que trabalhadores estão a viver uma "situação de profunda instabilidade".
Licença termina a 31 de dezembro deste ano e Groundforce tem de pagar por ela uma taxa de ocupação. A Aeroportos de Portugal diz que empresa de handling tem dívida de 769,6 mil euros.
"Andam dois acionistas à guerra um com o outro: a Pasogal e a TAP com Governo por trás", lamenta presidente do sindicato.
Greve foi convocada como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias", indica sindicato.
A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto.
242 voos foram cancelados em Lisboa. A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, e 1 e 2 de agosto.
"Não houve qualquer saída de passageiros por essa via", indica fonte da TAP. Passageiros foram todos desembarcados.