A visita de António Costa a Angola e o anúncio de intensas maravilhas mascara o pacto podre de sempre, que troca dignidade e desenvolvimento por negócios feios, porcos e maus.
"Perseguição política? Persegue-se um opositor e os opositores do MPLA são conhecidos", afirma o presidente angolano. Isabel dos Santos é "apenas uma" entre vários cidadãos a contas com a justiça.
Acórdão a que a SÁBADO teve acesso mostra que foi o próprio tribunal a solictar a divulgação noticiosa do arresto. Ao todo foram arrestados bens no valor de mil milhões de dólares.
Ex-magistrado aguarda ainda um recurso aceite no Supremo Tribunal de Justiça. Enquanto decorre este recurso, o cumprimento da pena de seis anos e oito meses de prisão fica suspenso. Orlando Figueira pode também ainda contestar a sua demissão da magistratura.
Instituições bancárias nos Países Baixos, em Espanha e na Alemanha recusaram ter, como cliente, Isabel dos Santos, uma Pessoa Politicamente Exposta por excelência.
Aplicação do mecanismo de combate à corrupção internacional tem ficado aquém do esperado. João Paulo Batalha alerta: "Os organismos internacionais já começam a estar cansados das desculpas de mau pagador de Portugal".
Em 2014, Angola disponibilizou 5,7 mil milhões de dólares ao Banco Espírito Santo Angola. Em carta, dirigentes da Frente Cívica procuram saber se foi executada e se não, quem assumiu o prejuízo.
O MPLA ganha, mas perde a maioria absoluta, a crer na catadupa de sondagens que, em Luanda, auguram tempos difíceis para o atual presidente, João Lourenço.
Um homem engenhoso que ficou sem os bajuladores.
José Eduardo dos Santos foi classificado, em 2012, como um dos cinco piores líderes de África.
Foi advogado de renome da elite angolana, agora prepara-se para comprar o Semanário Novo e o Jornal Económico.
As autoridades angolanas rescindiram a procuração de representação e o acordo de pagamentos a Paulo Blanco. O advogado diz que lhe ficaram a dever muito dinheiro.
A Relação de Lisboa rejeitou o recurso do antigo procurador e decidiu manter a pena de prisão efetiva por seis anos e oito meses pelo crime de corrupção.
O vice-presidente de Angola veio a Portugal proibir-nos de falar do casamento sumptuoso da sua filha. O Estado português está do lado dele. E o mundo está a ver.
Condenado a seis anos e oito meses de prisão por crimes de corrupção no âmbito da Operação Fizz, o magistrado foi nomeado por Lucília Gago para o Tribunal de Execução de Pena de Lisboa. Orlando Figueira está suspenso de funções até final de outubro, mas tomada de posse acontece a 1 de setembro.
"No meio de toda esta pouca vergonha, atrevimento e insensatez resta nos a consolação de, a nível institucional, o chefe do Estado português, o governo português e a justiça portuguesa trabalharem sempre pela manutenção das boas relações de amizade", disse pivô.
