
Incêndios de 2017: "Gosto da minha casa. Falta-me cá é a minha primeira companhia" @Model.HTag>
Encarnação Marques, de 71 anos, perdeu o marido pouco depois dos fogos de outubro de 2017.
Encarnação Marques, de 71 anos, perdeu o marido pouco depois dos fogos de outubro de 2017.
Dois anos depois da tragédia, há ainda "milhares de pessoas que não tiveram apoio nas suas perdas agrícolas e florestais", enquanto os "milhões de euros" de apoios anunciados pelo Governo "nunca chegaram a muita da população afetada".
Assunção Cristas disse que "quase 40 casas" destruídas pelo fogo em 2017 aguardam trabalhos de reconstrução alegadamente por falta de pagamento do Estado.
MAAVIM vem reclamar que muito está por fazer.
Para o Movimento de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões, tem de "ser assumida a responsabilidade de quem validou e contratou estes processos".
MAAVIM denunciou situações de reconstrução de casas de "segunda e terceira" habitação apoiadas como se fossem de habitação permanente.
Segundo a MAAVIM, houve 30 mil declarações de prejuízos, mas apenas 25 mil receberam apoios.
Faz esta segunda-feira um ano em que deflagraram cerca de 500 focos de incêndio pelo País, que não pouparam a vida a 50 pessoas. Arderam vários milhares de casas, 430 empresas foram afectadas e quase cinco mil postos de trabalho foram postos em risco.
Ministério da Agricultura desmentiu o Movimento Associativo de Apoio às Vítimas de Midões.
Os lesados dos fogos de 2017 e deste ano, incluindo os do Algarve, "têm os mesmos direitos de ser apoiados", defende o MAAVIM num comunicado.
Em causa está a ausência de respostas por parte do Governo para as famílias afetadas.
Capoulas Santos diz que praticamente todos os agricultores da região atingida se candidataram a apoios.
"Há mais de um milhar de estrangeiros residentes na região do interior afectada pelos incêndios de 15 de Outubro", lamenta ADACO.
Afectados pelos incêndios de 2017 manifestam-se em Lisboa, a partir 14:30, reclamando do Governo apoios financeiros para todos os lesados do sector primário.
Organizações anunciaram que os lesados pelos incêndios irão "protestar publicamente" se o Governo não responder às suas reclamações.
Maior incêndio de sempre em Portugal foi há três meses. Associações de vítimas insurgem-se contra "a distância do poder político".