
O vereador incompatível de Matosinhos
A lei proíbe, mas faz-se: autarca comunista salta ao fim de quatro meses para empresa da área que tutelou e com a qual assinou contratos no valor de 134 mil euros. E que recebe milhões do PRR.
A lei proíbe, mas faz-se: autarca comunista salta ao fim de quatro meses para empresa da área que tutelou e com a qual assinou contratos no valor de 134 mil euros. E que recebe milhões do PRR.
Comunistas querem aumentar o período de nojo, alargar incompatibilidades e criar novas sanções para o incumprimento da lei das incompatibilidades, incluindo a retirada de apoios às empresas que tenham contratado ex-governantes.
A polémica ida de Rita Marques para uma empresa que beneficiou no Governo pode levar a mudanças na lei. Os socialistas preparam-se para uma reunião num lugar com mais uma polémica. E o GPS tem uma sugestão para saber mais sobre Eugénio de Andrade.
O caso de Rita Marques deixou claro que a lei das incompatibilidades não pune os governantes que não cumprem o período de nojo. No Parlamento, o PAN já tem uma proposta e o Chega está a trabalhar numa iniciativa. No PS há "abertura" para mexer na legislação, o Livre está disponível para discutir o tema e o BE "a ponderar".
A ex-secretária de Estado Rita Marques prevaricou, mas ficará sem castigo. Pedro Delgado Alves diz que há no PS "disponibilidade para clarificação e melhoria da lei" para dar resposta a situações "que têm gerado dúvidas ou em relação às quais as sanções antigas se revelem insuficientes".
O casamento entre as incompatibilidades e os ajustes diretos representa a mais densa das florestas. O potencial destrutivo sobre a credibilidade do regime é brutal. E não está nas mãos do Chega.
"A única questão aqui que me revolta, obviamente é que eu estive três anos a achar que estava bem, e não é porque não conhecia a lei, eu conhecia a lei, mas também conhecia a interpretação da lei", afirmou o ministro das Infraestruturas.
“Uma sociedade que subvalorize a literatura, a história, a filosofia e as artes não está a caminhar numa direção segura.” Parece tão óbvio, mas ser Henrique Leitão, um historiador de ciência e prémio Pessoa 2014, a dizê-lo é muito bom.
O problema está no facto de Pedro Nuno Santos, para além de ministro, ser também accionista da empresa da família. E de, conjuntamente, toda a família exceder os 10%. E de, conjuntamente, todos celebrarem contratos públicos com o Estado.
"Caso exista alguma dúvida sobre essa matéria também não é ao Governo que cabe agir", afirmou a ministra. SÁBADO revelou novos casos de incompatibilidades.
João Matos Fernandes vai para um escritório onde já há dois ex-governantes na área do Ambiente. Pedro Siza Vieira, que tutelava uma pasta relacionada com empresas, regressa às discretas arbitragens comerciais numa outra firma de topo.
Ajuste direto para consultoria foi feito por Ricardo Veludo, vereador da Câmara de Lisboa que era assessor na autarquia quando Graça Fonseca foi vereadora.
Transação ocorreu há duas semanas e Graça Fonseca sai assim das duas empresas que assinaram contratos recentes com o Estado. Os outros acionistas são o irmão e a mãe.
Presidente do PSD realça que a lei das incompatibilidades é "absurda" e afirma que, quanto às sondagens que colocam PS à frente do seu partido, já se sabe "do que a casa gasta".
Breve cronologia, e explicação, das revelações que ditaram a demissão do secretário de Estado da Proteção Civil.
A empresa dos irmãos de António Leitão Amaro, deputado do PSD e antigo secretário de Estado, assinou vários contratos com o Estado.