Gatos e ratos @Model.HTag>
Não seria de espantar que, perante as “forças de bloqueio”, o dr. Costa invocasse no próximo Orçamento um típico “deixem-me trabalhar”, forçando eleições antecipadas.
Não seria de espantar que, perante as “forças de bloqueio”, o dr. Costa invocasse no próximo Orçamento um típico “deixem-me trabalhar”, forçando eleições antecipadas.
Em que mundo é que um Presidente, ao arrepio da Constituição que jurou defender, cumprir e fazer cumprir, concede ao Governo um poder absoluto para pôr e dispor da vida dos portugueses sem dar contas ao vigário?
Agora, Bruxelas quer ir mais longe: bloqueando a exportação de vacinas para o Reino Unido – e até, quem sabe, quebrando as patentes para tentar acelerar a imunização. Especialistas vários, que não vivem neste mundo alucinado, recomendam prudência.
No meio das tristezas da pandemia, há um comportamento que sempre me pareceu cómico: o primeiro-ministro achar que o vírus avança e recua de acordo com as ordens do Governo aos portugueses.
Cada país engana-se como entende. E, em termos de veracidade, a vocação democrática do PCP ou a nobreza do ideal comunista estão ao mesmo nível das afirmações do primeiro-ministro, para quem a pandemia revelou o fracasso do “neoliberalismo”
Se Carlos Moedas vencer Lisboa, Rui Rio ganha meia botija de oxigénio. Para ganhar a outra metade, é preciso o Porto – e é preciso seguramente mais do que Vladimiro Feliz, citado por Rio em entrevista recente, um nome cujo peso é bastante semelhante ao de uma folha de alface
Se algo faz mal aos mais pobres, devemos limitar ou abolir o acesso deles à fonte dos seus infortúnios. Porque os pobres, sugere o novo puritanismo, são como crianças que não entendem os males do mundo. Precisam de uma mão tutelar, e obviamente estatal, para poderem viver e crescer nos seus habitats incorrompidos
Tempos de catástrofe tendem a premiar o soba do momento. E se assim é em países com sociedades civis mais robustas, que dizer de Portugal, com uma população empobrecida, temente e dependente do Estado?
Se a leitura, em Portugal, fosse um fenómeno de multidões, o argumento sanitário faria algum sentido. Mas a nossa iliteracia é conhecida; os livros são uma religião de poucos. Como negar-lhes, neste momento de suspensão e recolhimento, a frequência dos templos e o acesso às escritas?
Francisco Ramos não se impressiona com pormenores. Prefere lembrar que a roubalheira de vacinas que se regista por aí só indigna verdadeiramente os eleitores de André Ventura, o que não deixa de ser um elogio para eles. As pessoas de bem, na curiosa mundividência do dr. Ramos, toleram e até aplaudem a vigarice
Existe uma vaidade intrísenca em Marcelo que não convive bem com um Governo cabotino, um país empobrecido e uma direita “social” destroçada. Ficar de braços cruzados, sem interferir no naufrágio, não é propriamente um grande legado. E Marcelo quer deixar legado.
O segundo mandato do Presidente da República em dois takes alternativos, vistos a partir de 2026, por João Pereira Coutinho. Inspirador ou falhado?
E como negar, sobretudo, os médicos e enfermeiros que já não sabem o que fazer com tantos doentes e cadáveres? E que temem, não sem alguma razão, que Portugal em 2021 seja a Itália ou a Espanha de 2020?
Eu ainda me lembro dos tempos pré-bacalhau cozido, em que o número de infectados e mortos era ridiculamente baixo. Como se passa de uma situação totalmente sob controlo para esta desgraça sem remédio?
As presidenciais estão reduzidas a isto: uma espécie de jogo de futebol com os “casos do jogo” e as “entradas em falso”. As propostas e as ideias dos candidatos, essas, não existem – ou, quando existem, são tão más que uma pessoa pergunta honestamente se a esmagadora maioria conhece a Constituição
Marcelo despiu-se de preconceitos. António costa não quis ficar atrás. Nas democracias mediáticas, partilhar a intimidade pode render fama e votos. Mas partilhar as intimidades é um passo rumo ao abismo que devemos evitar