
Morte por afogamento subiu 45,5% no primeiro semestre de 2020 @Model.HTag>
Com o país em estado de emergência, não se esperava esta subida, o que preocupa os nadadores-salvadores. 64 pessoas morreram.
Com o país em estado de emergência, não se esperava esta subida, o que preocupa os nadadores-salvadores. 64 pessoas morreram.
A época balnear arrancou em diferentes datas no país, tendo as primeiras aberturas de praias ocorrido no início do mês de junho.
Algarve, Almada, Cascais e Nazaré são os locais onde se inicia a temporada de praia de 2020, com regras de distanciamento social e lotação máxima definida.
Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia revelou, ainda, que há um problema com a "falta de nadadores-salvadores", que está a causar "um acréscimo gigante" na remuneração dos vigilantes.
Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores divulgou alguns dos procedimentos que os vigilantes devem adotar na época balnear face à pandemia.
"Há uma semana, tínhamos 44 mortes por afogamento, enquanto em 2019 tínhamos apenas 28", alerta federação.
Na próxima reunião da comissão técnica de acompanhamento das águas balneares prevê-se a conclusão do manual de procedimentos sobre o acesso às praias na época balnear deste ano, no contexto da pandemia.
Presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia defendeu que "os estabelecimentos e as praias têm de começar a abrir porque é uma mais-valia para todos".
Concessionários que estão abertos durante todo o ano tiveram de recorrer ao ‘lay-off’ e alguns estão com "problemas gravíssimos" em preparar o próximo verão.
"O que queremos evitar é que as pessoas, dado o bom tempo, se juntem nos areais. É importante seguirem as recomendações e ficarem em casa", explicou capitão do Porto de Leixões.
A maior parte dos afogamentos ocorreu em rios e no mar. Os acidentes ocorrem principalmente nos distritos de Aveiro, Faro e Lisboa.
No primeiro semestre do ano, a maioria das pessoas que morreu afogada (76,7%) era do sexo masculino e pouco mais de metade (58,1%) tinha mais de 40 anos.
As vítimas foram 33 homens e 10 mulheres, a maior parte de nacionalidade portuguesa e mais de metade com idade superior a 40 anos.
Segundo os dados estatísticos de afogamento em Portugal, das 34 mortes contabilizadas até 20 de junho deste ano, 26 são homens (76%) e oito são mulheres (24%).
A maioria das mortes ocorreu em pessoas com idades acima dos 40 anos e foram mais homens que mulheres, 88 e 28 respetivamente.
Números mostram menos 4,1% de mortes do que em 2017.