
A história do homem que perdeu (quase) 21 milhões
Um empresário pediu depósitos na Suíça, um gestor do Espírito Santo Privée disse-lhe que aplicações fiduciárias eram o mesmo. Em julho sabe-se se o gestor vai a julgamento.
Um empresário pediu depósitos na Suíça, um gestor do Espírito Santo Privée disse-lhe que aplicações fiduciárias eram o mesmo. Em julho sabe-se se o gestor vai a julgamento.
Também foi recusado o pedido do ex-administrador financeiro do BES Amílcar Morais Pires, de nulidade do acórdão da Relação, do passado mês de julho, que confirmou a decisão, de fevereiro, do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém.
Ricardo Salgado, Morais Pires, José Manuel Espírito Santo, Rui Silveira e Isabel Almeida devem pagar ao Estado a "vantagem patrimonial" obtida com a deturpação do prospeto de aumento de capital do BES, em 2014, defende o Ministério Público, que estima que esse valor ascenda a mais de mil milhões de euros.
Advogados do ex-presidente do BES lembram o diagnóstico de Doença de Alzheimer que foi atribuído a Salgado e pedem que o arguido seja absolvido dos três crimes de abuso de confiança.
Ministério Público quebrou os segredos de dezenas de offshores, de testas de ferro e até de nomes de código como “Mr. Z”, “Grande” e “Barril”. E descobriu 19 altos responsáveis venezuelanos a quem o BES/GES terá pago luvas de quase 150 milhões de euros.
Ministério Público admite que 15 dos 65 crimes imputados ao antigo banqueiro estão a prescrever. Juiz Ivo Rosa diz que fase de instrução não é um "faz de conta". SÁBADO teve acesso aos bastidores do Tribunal.
O Tribunal aplicou ainda a pena acessória de inibição do exercício de cargos em instituições financeiras por cinco anos para Ricardo Salgado e de um ano para Amílcar Morais Pires, após trânsito em julgado do processo.
Estão em causa os recursos às contraordenações aplicadas pela CMVM, em julho de 2021, por práticas lesivas dos clientes do BES, relativas à colocação de papel comercial da Espírito Santo Internacional (ESI) e da Rioforte aos balcões do banco.
A CMVM considerou ter havido práticas lesivas dos clientes do BES relativas à colocação de papel comercial da Espírito Santo Internacional (ESI) e da Rioforte aos balcões do banco.
Em hora e meia de alegações, o procurador traçou uma linha do tempo e elencou a atuação de cada um dos arguidos naquelas que foram consideradas práticas lesivas dos clientes do BES, relativas à colocação de papel comercial da Espírito Santo Internacional (ESI) e da Rioforte nos balcões do banco BES.
Estão em causa os recursos às contraordenações aplicadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) por práticas lesivas dos clientes do BES, relativas à colocação de papel comercial da Espírito Santo Internacional (ESI) e da Rioforte aos balcões do banco.
Magistrado judicial lamentou não ter obtido exclusividade para este processo, considerando não ter condições para dar início à fase de instrução na última semana de janeiro de 2022.
Francisco Machado da Cruz confessou crimes, revelou factos ao Ministério Público, mas acabou acusado como os restantes gestores do Grupo Espírito Santo. "De nada serviu", lamentam os advogados. Amílcar Morais Pires quer generais angolanos a depor no processo-crime
As infrações referem-se à não implementação de normativos ou procedimentos que permitissem o acompanhamento das operações realizadas pelo BES Angola nem de processos de análise ao risco de crédito contratado com aquela sucursal. As coimas vão dos 120.000 aos quatro milhões de euros.
Advogados do antigo presidente do Banco Espírito Santo garantem que, enquanto o ex-banqueiro liderou a Comissão Executiva do BES, particulares e empresas "foram sempre protegidas e nunca deixaram de ser reembolsados pelos seus investimentos".