
Rui Pinto condenado: "É um capítulo que se encerra e a luta continuará"
Hacker foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, no julgamento do processo Football Leaks.
Hacker foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, no julgamento do processo Football Leaks.
Os juízes condenaram o hacker a quatro anos de pena suspensa pela prática de nove crimes (e a amnistia papal deixou cair outros 79 outros) e deixaram um aviso ao hacker: "A verdade não é um valor absoluto e não pode ser investigada a qualquer preço".
Rui Pinto foi condenado por extorsão na forma tentada, acesso ilegítimo e acesso indevido. Os juízes concluíram que trabalhou sempre sozinho nos Football Leaks e que nunca houve outros elementos a trabalhar na divulgação dos documentos.
O hacker, que tem hoje 34 anos, pode ser beneficiado pela lei da amnistia papal. Há três anos que é julgado pelo Football Leaks - mas seguem-se novos julgamentos.
Hacker que criou Football Leaks foi acusado de 377 crimes num outro processo. No dia 13, será lido o acórdão referente a outros 90 crimes.
O Ministério Público responsabiliza o hacker pela devassa do sistema informático do Benfica e posterior entrega de caixas de correio eletrónico ao diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques. Entre as vítimas deste novo processo – que imputa ao hacker de um total de 377 crimes informáticos – estão procuradores, juízes, advogados, empresas de Isabel dos Santos, a Liga de Clubes e jornalistas. Na próxima semana Rui Pinto conhece a sentença no caso Football Leaks
Pedido apresentado pelos advogados do Benfica levou Conselho Superior do Ministério Público a abrir processo para "apurar a veracidade da participação, queixa ou informação, e a aferir se a conduta denunciada é suscetível de constituir infração disciplinar".
A entrada comprovada no sistema da empresa Doyen Sports Investements e a desistência do ato de extorsão à Doyen quando Rui Pinto já sabia que a PJ estava envolvida são alguns dos factos que o tribunal dá como provados – e que levaram à decisão de alterar a acusação, baralhando o prazo da leitura sentença.
O hacker responsável pelo Football Leaks foi acusado de 90 crimes. Juíza comunicou uma alteração não substancial dos factos da acusação.
O julgamento do hacker por trás dos Football Leaks termina esta sexta-feira, dois anos e meio depois de ter começado. Rui Pinto é acusado de 90 crimes
Esta é a verdadeira história do caso Football Leaks, das suas vítimas desconhecidas e dos alvos mais mediáticos. O livro do jornalista Nuno Tiago Pinto, que estará a partir de hoje, 3 de abril, nas livrarias, revela todos os segredos incómodos.
Após as alegações finais da defesa do hacker, este foi instado a dirigir-se ao tribunal. Diz ter "plena noção" dos seus "comportamentos errados que violam a lei".
Esta manhã o tribunal negou perícia informática pedida por Aníbal Pinto. Este arguido alegou ter recebido um email malicioso que havia contribuído para que a PJ conseguisse identificar Rui Pinto. Juízes consideram que pedido devia ter sido apresentado anteriormente.
Aníbal Pinto apresentou uma perícia independente ao seu computador e acusou a PJ de se aproveitar de uma tentativa de phishing para identificar Rui Pinto. Fim do julgamento foi adiado.
A defesa de Aníbal Pinto diz que uma perícia independente concluiu que a PJ só conseguiu identificar o hacker através de um ataque informático ao advogado lançado pela Doyen.
A Ordem dos Advogados acusou Rui Pinto de "tentar fazer justiça pelo próprio ecrã" e sublinhou a diferença entre "interesse do público e interesse público".