
Lagarde usa crise para justificar pagamento a Tapie
A ex-ministra das Finanças garante que não contestou a decisão para o pagamento de 403 milhões de euros ao empresário Tapie para não aumentar os custos legais do Estado.
A ex-ministra das Finanças garante que não contestou a decisão para o pagamento de 403 milhões de euros ao empresário Tapie para não aumentar os custos legais do Estado.
A Justiça investiga, as suspeitas abundam, os casos acumulam-se, o que escasseia são as provas que incriminem o antigo Presidente francês e o façam sentar no banco dos réus
A directora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, será julgada em França, a partir de 12 de Dezembro, por negligência na gestão de uma indemnização milionária ao empresário Bernard Tapie quando era ministra das Finanças francesa
Christine Lagarde será julgada pelo seu envolvimento no caso entre Crédit Lyonnais e o empresário Bernard Tapie
Uma possível condenação colocaria em risco a sua continuidade à frente do FMI, instituição onde iniciou em Fevereiro um segundo mandato de cinco anos. Lagarde pode enfrentar um ano de prisão e a uma multa de 15 mil euros.
Contrariando a recomendação do Procurador-geral, os instrutores do processo Tapie decidiram pedir o julgamento de Lagarde, acusada de negligência. Os seus advogados vão recorrer. O Conselho Executivo manteve a confiança na directora-geral do FMI
A França vai emitir 4,5 mil milhões de euros de dívida para saldar os últimos pagamentos do resgate em 1993 do banco Crédit Lyonnais, que no total vai custar 14,7 mil milhões de euros aos cofres públicos.
Christine Lagarde, no desempenho das suas funções como ministra das Finanças, terá cometido o crime de abuso de poder quando solucionou um litígio de negócios que opunha Bernard Tapie a uma estrutura pública que geria activos do banco Crédit Lyonnais, resgatado da falência nos anos 1990 pelo Estado francês.