Ordens dos médicos, enfermeiros, economistas e advogados criticaram a criação de conselhos de supervisão. Governo desvaloriza as críticas e assegura a autonomia das Ordens.
O melhor do mês
O parlamentar acaba de lançar o tema Leva-me Contigo no seu canal do You Tube e desafiou a amiga Ana Rita Cavaco para o vídeo. As filmagens decorreram num jardim de Águeda.
Manuel Pizarro disse que "o problema mais difícil" não é tanto o afluxo, mas a dificuldade de internar doentes nas enfermarias "num hospital que está permanentemente cheio".
A questão é simples: um País que não cria riqueza é um Estado que não pode distribuir. Enquanto Portugal não crescer, o combate à pobreza e à exclusão será apenas um amontoado de pequenos curativos sem efeitos práticos. Sim, a economia são as pessoas.
Esquema de falsificação de quilómetros terá rendido mais de 10 mil euros a Bastonária dos Enfermeiros
Hoje sou livre porque tive professores que me ensinaram a questionar, a duvidar, a olhar para o mundo com sentido crítico. É disso que o poder tem medo, de gente livre e de gente que ensina os outros a serem livres.
Não há calendário, programa (“não temos um papel”), ninguém sabe o que acontece às Administrações Regionais de Saúde (ou a quem lá trabalha) e já há fornecedores a perguntar a quem passam, afinal, a fatura.
Os críticos dirão que Graça Freitas cometeu demasiados erros. Prefiro pensar que eu teria cometido muitos mais. Aliás, tenho a certeza que neste País ninguém teria cometido menos. O adeus de Graça Freitas faz-me refletir sobre o que andamos cá a fazer. Sobre o que fica depois de termos dado o melhor de nós.
Nenhum Sistema de Saúde no mundo resiste à mobilização geral dos enfermeiros, muito menos o nosso, preso por arames e amarrado ao altruísmo e à dedicação de uma classe cada vez mais triste e desmotivada.
O Governo não reforma, Portugal não cresce e a cantiga da estabilidade a todo o custo vai adormecendo um País habituado a acomodar-se no poucochinho. É por isso que o ano que agora começa merece um Presidente da República atento e exigente.
Quando o primeiro-ministro garante que ninguém fica para trás, esquece-se dos milhares de portugueses que aguardam por uma cirurgia já fora do tempo de espera clinicamente aceitável; esquece-se dos atrasos crónicos na justiça que congelam vidas e verdades.
De nada serve mudar de política se, no terreno, aqueles que têm a responsabilidade de a concretizar, usarem o poder da cancela – muito típico da sociedade portuguesa – para bloquear decisões que terão implicações diretas na vida das pessoas e, por consequência, no próprio sistema.
Portugal precisa de crescer para crescermos todos. Não há outro caminho, até porque ao contrário do que acontecia nos tempos das malas de cartão, aqueles que hoje emigram já não pensam voltar.
O que mais assusta nesta maioria já não é aquilo que aconteceu em oito meses, mas tudo o que ainda seremos forçados a ver nos próximos três anos. A única coisa que me descansa é ter a certeza de que o Presidente da República ajudará António Costa a terminar o seu mandato com dignidade.
O que queremos para o nosso futuro? Continuarmos a gritar golos num País incapaz de crescer? Continuarmos a esperar que a Europa nos salve sempre da nossa evidente incompetência? Sermos grandes exportadores de mão-de-obra qualificada que serve de motor a outras economias?
