A estátua
Pergunto-me se não haverá por aí um novo vírus, um vaipe que os levou a tomar esta posição absurda, a que acresce um perigoso precedente nestes tempos de censura pelo cancelamento.
Pergunto-me se não haverá por aí um novo vírus, um vaipe que os levou a tomar esta posição absurda, a que acresce um perigoso precedente nestes tempos de censura pelo cancelamento.
O 11 de Setembro americano, esse mostrou a força destrutiva do terrorismo apocalíptico, que abriu uma sequência de guerras com resultados escassos, mas também com muitos mortos. O dia 11 de Setembro não é só mau, dá azar.
Nem esta Mais Habitação, nem qualquer outra Mais Habitação vai existir enquanto houver esta legislatura. Os efeitos perversos de instabilidade vão continuar e, no intervalo, as rendas vão continuar a subir.
Fraudes, falências, fuga aos impostos, truques financeiros, são na família Trump uma forma de vida e de enriquecer. Agora foi mais longe, conspirou e tornou-se uma ameaça à democracia americana. No entanto, fará tudo para chegar à Presidência de novo.
Em plenas férias, o Presidente continua a emitir da praia críticas à governação, como quem respira. E nós devemos achar que tudo isto é normal.
Os jornalistas portaram-se como peregrinos, usaram um vocabulário entusiástico, como se fossem parte e não alguém que é suposto estar a dar-nos informação. Foi uma “alegria”, mas não foi jornalismo.
Se um dirigente que não é deputado pede a uma secretária do grupo parlamentar, “faça-me uma dezena de telefonemas para as distritais para lhes pedir mobilização para um evento”, está a cometer um crime?
Mesmo sem as comparações cinematográficas, o ministro Pedro Adão e Silva tem, no essencial, razão. Se pensam que a CPI da TAP prestigiou o parlamento enganam-se.
A possibilidade de António Costa “ir para a Europa” existe e, certamente, haverá uma “luta sucessória” no interior do PS, mas nem no tempo, nem com as personagens que hoje alimentam a especulação.
Os cartazes dos professores com o António Costa muito monhé, com nariz de porco e lápis espetados nos olhos, nem sequer é o mais grave neste processo. São os comentários dos defensores dos cartazes que são piores e mostram ao ponto a que se chegou de agressividade como norma.
A julgar pelas notas de diário, chegava a ler 30 livros por mês. Ler, ler, do princípio ao fim. Na verdade, ao ver essas listas, nem me recordo sequer de ter lido metade dos livros e interrogo-me sobre que livros eram aqueles.
A minha contribuição para a Hemeroteca foi evitar que publicações anarquistas e comunistas dos anos da I República desaparecessem, como tinha acontecido na Biblioteca Nacional, pelas mãos da PIDE e dos seus émulos.
Nunca vi a direita ter tantas ambiguidades com as greves dos professores ou meter no mesmo saco manifestações anti-senhorios e as dos defensores do alojamento local. É agitação, é contra o Governo? Serve.
Ao empurrar o PSD para a radicalização, numa política mimética com o Chega e completamente contrária ao seu programa, o Chega é-lhes útil até encontrarem quem lhes interessa.
Costa podia falar do “comunista” Salazar e do expropriador “comunista” Sá Carneiro, não violando em nada o rigor da comparação. Assim, até se houver um infractor ele beneficia da asneira, que foi o que aconteceu com Costa, que é tudo menos “comunista”.
A maioria dos “motores” de escândalos funciona apenas como desgaste para a democracia e como combustível e proveito para o populismo e para uma comunicação social dopada em “casos”.