A história das obras @Model.HTag>
Como se me dissessem que a minha casa ia entrar em trabalho de parto pela segunda vez num mês, quase desmaiei
Como se me dissessem que a minha casa ia entrar em trabalho de parto pela segunda vez num mês, quase desmaiei
Contamos a história da relação entre Filipa de Bragança e António Oliveira Salazar, revelamos as ligações socialistas no ISCTE e damos rostos a alguns dos muitos negócios que encerraram durante a pandemia
Não nos vemos há mais de um ano, mesmo que pareça que foi ontem que ele me ensinou a pedir sempre o picante da casa.
Um dia perguntou-me se as ambulâncias não me davam apertos no peito. Só que, naquele tempo, eu não as ouvia.
Ainda não nos tinham mandado recolher como carneiros a passo de caranguejo e eu já comprava um cadeirão.
“Veio para um bom bairro. Tenha só atenção: Ali para cima há uma zona problemática que não interessa a ninguém”
À vez, mãe e tia diriam que não era nada de especial enquanto carregavam camiões de fruta em bicos de pés até ao carro.
O homem tinha ido à lua mas não conseguia administrar-me vacinas sem me romper a pele?
Foi como num filme que tive o que queria. Depois de meses a vê-lo ao longe, apanhei-o na loja e enfiei-o na minha cozinha
A festa tinha sido encolhida e seríamos poucos, os essenciais para um convívio higienizado e sem excessos
Quando estava vazia a casa parecia que reclamava – era a madeira que estalava, as torneiras que chiavam e as portas que batiam.
Ela ia mudar de vida, eu de frigorífico. Enquanto esperava, espreitava a montra de uma agência de viagens pré-histórica
“Teve muita sorte, sabe? O rapaz que está ali fora, que é toxicodependente, viu a carteira no chão e devolveu-a”
Eu tinha feito uma aterragem de emergência no bairro. Com a barriga a dar horas, eu não tinha tempo para aprender a pescar
No meio do nada, encontrávamos um homem – sempre na mesma curva, sempre o mesmo homem
Olhei à volta até dar de caras com os aquecedores que faziam toda a gente atirar cachecóis e luvas para trás das costas