A Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVMISP) reuniu hoje pela primeira vez com o primeiro-ministro António Costa, em São Bento. Luís Lagos, o presidente da associação, quer que este seja o primeiro de vários contactos com o Governo. "Quando este tema for esquecido, está criada a primeira condição para que volte a acontecer", recorda.
O encontro durou cerca de duas horas e meia e do Governo, estiveram presentes Costa, o ministro da Agricultura Capoulas Santos e o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza. Luís Lagos pediu mais apoios para recuperar a agricultura e a indústria da zona, onde a 15 e 16 de Outubro morreram 46 pessoas.
A AVMISP pediu ao primeiro-ministro que o limite dos apoios prestados pelo Estado à agricultura, situado nos €400 mil, não fique por aqui. "Houve um compromisso do ministro Capoulas Santos para avaliar e aumentar o limite", contou Lagos à SÁBADO. Quanto à indústria, o Ministério do Planeamento irá avaliar a taxa de comparticipação no programa de apoio à reposição da actividade empresarial. "Era de 85%, mas até um limite de €235 mil. O apoio depois dos incêndios de Pedrógão Grande sempre foi de 85%, sem limite. Também queríamos o mesmo", explica o presidente da AVMISP. "Agora, é preciso que exista uma resposta na acção executiva."
Luís Lagos saúda o espírito do primeiro-ministro por receber as vítimas dos incêndios de Outubro. "Demorou tempo, mas aconteceu. Temos agora um canal aberto de diálogo com o primeiro-ministro e comunicaremos permanentemente", promete. "Estamos a falar com quem tem o poder de nos responder; mais alto, não podemos ir!". Até agora, a AVMISP tinha sido recebida pela Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar e por representantes de todos os partidos com assento na Assembleia da República. "Muitas vezes quem está fechado no gabinete não sabe o que se passa no terreno. Nós damos essa visão", concretiza.
Além da agricultura e da indústria, Luís Lagos referiu a importância da recuperação das casas de segunda habitação. "Elas tornam-se primeira habitação em muitos momentos: quando as pessoas regressam às suas raízes. O primeiro-ministro demonstrou sensibilidade, disse ter sentido muito isso na Pampilhosa da Serra", recorda o presidente da associação. "Estas casas promovem o dinamismo económico. Os empréstimos de recuperação disponibilizados para as autarquias não são a melhor forma de o fazer, porque elas já estão muito endividadas. E compreendemos que o País não tenha capacidade para chegar a todo o lado, mas era de extraordinária importância. Se queremos recuperar o Interior, temos de lhe dar chances. As casas de segunda habitação são uma grande oportunidade", defende.
De momento, Xavier Viegas, o investigador que conduziu o estudo independente sobre os incêndios de Pedrógão Grande, está no terreno a recolher informações para a investigação sobre os fogos de Outubro. "Foi nomeado pelo Ministério da Administração Interna, está em diálogo connosco e temos-lhe facultado os contactos das vítimas e de famílias", afirmou Lagos à SÁBADO.
"A primeira prioridade da associação é que nunca mais ninguém tenha de viver dentro de uma fogueira. Porque foi o que nos aconteceu nos dias 16 e 17: vivemos dentro de uma fogueira", lamenta o presidente da Associação hoje ouvida por Costa.
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Luís Lagos, presidente da Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, esteve com António Costa hoje. Pediu apoios diferentes para a agricultura, indústria e habitação e frisa: "Não se esqueçam de nós."
A Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVMISP) reuniu hoje pela primeira vez com o primeiro-ministro António Costa, em São Bento. Luís Lagos, o presidente da associação, quer que este seja o primeiro de vários contactos com o Governo. "Quando este tema for esquecido, está criada a primeira condição para que volte a acontecer", recorda.
O encontro durou cerca de duas horas e meia e do Governo, estiveram presentes Costa, o ministro da Agricultura Capoulas Santos e o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza. Luís Lagos pediu mais apoios para recuperar a agricultura e a indústria da zona, onde a 15 e 16 de Outubro morreram 46 pessoas.
A AVMISP pediu ao primeiro-ministro que o limite dos apoios prestados pelo Estado à agricultura, situado nos €400 mil, não fique por aqui. "Houve um compromisso do ministro Capoulas Santos para avaliar e aumentar o limite", contou Lagos à SÁBADO. Quanto à indústria, o Ministério do Planeamento irá avaliar a taxa de comparticipação no programa de apoio à reposição da actividade empresarial. "Era de 85%, mas até um limite de €235 mil. O apoio depois dos incêndios de Pedrógão Grande sempre foi de 85%, sem limite. Também queríamos o mesmo", explica o presidente da AVMISP. "Agora, é preciso que exista uma resposta na acção executiva."
Luís Lagos saúda o espírito do primeiro-ministro por receber as vítimas dos incêndios de Outubro. "Demorou tempo, mas aconteceu. Temos agora um canal aberto de diálogo com o primeiro-ministro e comunicaremos permanentemente", promete. "Estamos a falar com quem tem o poder de nos responder; mais alto, não podemos ir!". Até agora, a AVMISP tinha sido recebida pela Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar e por representantes de todos os partidos com assento na Assembleia da República. "Muitas vezes quem está fechado no gabinete não sabe o que se passa no terreno. Nós damos essa visão", concretiza.
Além da agricultura e da indústria, Luís Lagos referiu a importância da recuperação das casas de segunda habitação. "Elas tornam-se primeira habitação em muitos momentos: quando as pessoas regressam às suas raízes. O primeiro-ministro demonstrou sensibilidade, disse ter sentido muito isso na Pampilhosa da Serra", recorda o presidente da associação. "Estas casas promovem o dinamismo económico. Os empréstimos de recuperação disponibilizados para as autarquias não são a melhor forma de o fazer, porque elas já estão muito endividadas. E compreendemos que o País não tenha capacidade para chegar a todo o lado, mas era de extraordinária importância. Se queremos recuperar o Interior, temos de lhe dar chances. As casas de segunda habitação são uma grande oportunidade", defende.
De momento, Xavier Viegas, o investigador que conduziu o estudo independente sobre os incêndios de Pedrógão Grande, está no terreno a recolher informações para a investigação sobre os fogos de Outubro. "Foi nomeado pelo Ministério da Administração Interna, está em diálogo connosco e temos-lhe facultado os contactos das vítimas e de famílias", afirmou Lagos à SÁBADO.
"A primeira prioridade da associação é que nunca mais ninguém tenha de viver dentro de uma fogueira. Porque foi o que nos aconteceu nos dias 16 e 17: vivemos dentro de uma fogueira", lamenta o presidente da Associação hoje ouvida por Costa.
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