O chefe de Estado ucraniano "agradeceu à parte portuguesa pela justa compensação e preocupação perante" a família do cidadão ucraniano que foi morto por inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em março do ano passado, nas instalações do SEF no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Presidente ucraniano pede a Marcelo "investigação completa e imparcial"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conversou com o homólogo da Ucrânia sobre o homicídio do cidadão ucraniano nas instalações do SEF, tendo Volodymyr Zelensky pedido a Portugal para "garantir uma investigação completa e imparcial".
Stephanie Lecocq/Pool via REUTERS
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conversou com o homólogo da Ucrânia sobre o homicídio do cidadão ucraniano nas instalações do SEF, tendo Volodymyr Zelensky pedido a Portugal para "garantir uma investigação completa e imparcial".
De acordo com um comunicado divulgado na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa e Volodymyr Zelensky conversaram durante uma hora e, entre vários assuntos abordados, "debruçaram-se sobre o caso" de Ihor Homeniuk.
O chefe de Estado ucraniano "agradeceu à parte portuguesa pela justa compensação e preocupação perante" a família do cidadão ucraniano que foi morto por inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em março do ano passado, nas instalações do SEF no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
"Estamos confiantes de que a parte portuguesa irá garantir uma investigação completa e imparcial sobre as circunstâncias da morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk", disse Volodymyr Zelenskyy durante a conversa com Marcelo Rebelo de Sousa, segundo a mesma nota.
O cidadão ucraniano Ihor Homeniuk morreu na sequência de violentas agressões por três inspetores do SEF, que estão acusados de homicídio qualificado, com a alegada cumplicidade ou encobrimento de outros 12 inspetores.
O julgamento deste caso vai começar em 20 de janeiro.
Nove meses depois do alegado homicídio, a então diretora do SEF, Cristina Gatões, demitiu-se, depois de vários partidos exigirem consequências políticas sobre este assunto.
As mesmas forças políticas também exigiram a demissão do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que não acedeu à exigência e considerou que Cristina Gatões "fez bem em entender" que devia "cessar funções", já que não teria condições para liderar o processo de restruturação do organismo.
Marcelo Rebelo de Sousa - que é recandidato a um segundo mandato - foi criticado por vários partidos e adversários na corrida a Belém por não ter contactado a família de Ihor Homeniuk depois de conhecido o caso. O Presidente foi também acusado de ter estado em silêncio durante noves meses.
Sobre estas acusações, o Presidente respondeu que entendeu que não o deveria fazer para "não abrir exceção" e porque ainda estava a decorrer a investigação ao caso.
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