O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que tenciona voltar a ser primeiro-ministro em 2019 e que espera, nessa altura, receber "uma herança melhor" do que a deixou em 2015
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que tenciona voltar a ser primeiro-ministro em 2019 e que espera, nessa altura, receber "uma herança melhor" do que a deixou em 2015.
António Pedro Santos/Lusa
"Nós no PSD deixámos aos portugueses uma herança bem melhor do que a que recebemos em 2011 e eu, que tenciono ser primeiro-ministro em 2019, também gostava de receber uma herança melhor do que a que deixei em 2015", afirmou, num jantar autárquico de apoio ao candidato do partido em Mafra, o actual presidente da Câmara, Hélder Sousa Silva.
Numa referência implícita ao actual executivo, Passos Coelho disse que os sociais-democratas sabem "observar o comportamento mais oportunista" dos que estão a aproveitar o trabalho que PSD e CDS-PP fizeram no Governo.
"Mas, como não somos invejosos não levamos nada a mal que o país beneficie desse trabalho", ironizou o líder do PSD, que falava antes de ser conhecida a decisão da agência de notação financeira Standard and Poor's (S&P) de retirar Portugal do 'lixo', revendo em alta o rating atribuído à dívida soberana portuguesa de 'BB+' para 'BBB-', um primeiro nível de investimento.
O líder do PSD acusou o Governo de ter "deixado cair a máscara", apontando o dedo a vários ministros, incluindo os das Finanças e da Justiça, por agora invocarem restrições económico-financeiras para não satisfazer pretensões de classes profissionais como os enfermeiros ou os juízes.
"Parece que à medida que nos vamos aproximando da segunda parte da legislatura de repente os membros do governo começaram a descobrir que há limitações económico-financeiras? As restrições existiram sempre, o governo é que as andou a esconder durante dois anos", criticou, num jantar que, segundo a organização, juntou mais de 2.000 apoiantes.
Passos Coelho sublinhou que, descontando a despesa com salários, o executivo gasta menos do que o anterior nas funções do Estado.
"Se descontarmos o aumento dos salários na função pública, o Estado tem hoje menos para gastar do que tinha quando eu era primeiro-ministro e, no dizer dos nossos adversários, éramos assim uma espécie de encarnação do mal", lamentou.
Sobre a disputa eleitoral do próximo dia 1 de Outubro, Passos Coelho destacou a tradição autárquica do PSD desde 1976.
"Orgulhamo-nos desde 76 de ter uma representação maior no panorama nacional, é por isso que desde 76 o PSD não corre o risco da marginalidade política no país", disse, recorrendo também à expressão "orgulho" para classificar o primeiro mandato de Hélder Sousa Silva em Mafra.
O actual presidente da Câmara de Mafra e recandidato ao cargo a um segundo mandato sublinhou que o município conseguiu equilibrar as suas contas e é o concelho com menos desemprego da região de Lisboa.
"A nossa vitória é um dever de justiça para com o concelho de Mafra", defendeu, elegendo o ambiente, a saúde e os transportes públicos como prioridades estratégicas.
Entre as promessas eleitorais para um eventual próximo mandato, reduzir o valor da factura da água e assegurar médico de família para todos os munícipes foram as que mereceram mais aplausos.
O social-democrata vai disputar a presidência da Câmara de Mafra com José Alberto Maduro (CDU), Rogério Costa (PS), Belandina Vaz (BE) e Rui Prudêncio (PAN).
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