Fundada em Março de 1976, a primeira claque em Portugal vive alguns dos dias mais conturbados da sua história, com o actual presidente e seu antecessor detidos por agressões a jogadores e elementos da equipa técnica.
Juventude Leonina: Dos meninos do S. João de Brito às agressões em Alcochete
Os pioneiros foram os Vapores do Rego, um grupo de jovens brasileiros que estudava em Lisboa e que levava batuques para o estádio de Alvalade. Mas a primeira claque oficial do futebol português foi criada a 18 de Março de 1976 – segundo a página da claque no Facebook - pelos filhos do então presidente do Sporting, João Rocha. A Juventude Leonina reunia um grupo de amigos do Colégio São João de Brito, em Lisboa, que partilhavam amizade e afinidades clubísticas, além de relações familiares com alguns dirigentes do próprio clube.
O projecto foi ganhando força e, nos inícios dos anos 80, começou a fazer-se notar a influência brasileira: bandeiras gigantes, confettis, rolos de papel higiénico e cânticos de melodia simples. Ao mesmo tempo, o exemplo da Juve Leo levou à criação de outros projectos idênticos: Diabos Vermelhos (Benfica), Super Dragões (FC Porto), Fúria Azul (Belenenses), Panteras Negras (Boavista), Alma Salgueirista (Salgueiros) e Mancha Negra (Académica) surgiram todos nos primeiros anos 80 do século passado.
No final da década, o abandono da primeira fornada de elementos dá-se ao mesmo tempo que a Juventude Leonina passou a ocupar um lugar no topo sul do antigo Estádio de Alvalade. Os anos 90 representam a entrada em força do "estilo italiano": coreografias mais elaboradas, bandeiras com símbolos do grupo, utilização de material pirotécnico e faixas, roupa da própria organização e de outros grupos estrangeiros com quem se identificavam os elementos dos grupos.
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