Na passada semana, uma aluna da Escola André Soares, em Braga, filmou uma das refeições da escola, onde se vê uma lagarta viva.
"Reclamei, as senhoras que trabalham na cantina pediram desculpa e serviram-me outro prato de comida", disse a estudante ao Jornal de Notícias. As refeições servidas na escola são confeccionadas e servidas por uma empresa privada.
No Facebook, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola André Soares partilhou a reacção da directora da escola, que afirma que "estas situações não podem acontecer".
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Queixas recebidas desde o início do ano lectivo
Desde o inicio do ano lectivo e até ao dia 20 de Outubro, a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares recebeu 70 queixas sobre a má qualidade das refeições nas escolas e sobre a falta de pessoal nas cantinas.
Segundo dados do Ministério da Educação, enviados à agência Lusa, foram recebidas 36 reclamações em Setembro e 44 até ao dia 20 de Outubro.
As refeições escolares têm sido alvo de queixas por parte de pais e encarregados de educação. Desde má qualidade à pouca quantidade de comida, várias imagens foram partilhadas nas redes sociais como forma de crítica.
Já no início de Outubro, a Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap) fez uma denúncia, após receber fotografias tiradas por estudantes de escolas de Oeiras, da Amadora e de Odivelas, com imagens "como um prato com rissóis que não foram fritos ou com doses claramente insuficientes".
"Há escolas onde é possível contar os grãos de arroz que estão no prato. Uma mãe contou que houve uma refeição apenas de arroz com feijão", tinha denunciado Isidoro Roque, o presidente da Ferlap.
Escola serviu frango cru
Também no final do mês passado, A EB23 Noronha Feio em Queijas, Oeiras, serviu frango cru aos alunos, denunciou a Associação de Pais da instituição. Fotografias do prato em questão circularam pelas redes sociais.
A gestão da cozinha, a cargo da empresa Uniself que assumiu o catering este ano, revela uma deficiente gestão do pessoal.
"No ano passado tivemos uma ajuda tremenda da DGEstE [Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] e da própria Câmara Municipal [de Oeiras] e do Agrupamento [de Escolas professor Noronha Feio] e conseguimos uma qualidade aceitável para as nossas crianças. Este ano, segundo sabemos, houve um concurso público e foi colocada na escola outra empresa fornecedora de catering e esta empresa [a Uniself] tem falhado desde o início do ano. Existem quantidades insuficientes, alimentação mal confeccionada e chegámos ao cúmulo de, na segunda-feira, apresentarem frango cru às nossas crianças", afirmou Isabel Amaral Nunes.
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AnónimoHá 21 horas
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