Em entrevista à Lusa, o eurodeputado foi questionado como militante sobre se Jerónimo de Sousa, 73 anos, teria condições para continuar à frente do partido que lidera há 16 anos, desde 2004, uma pergunta com "falta de imaginação" e que já admite ser "um clássico" nas suas conversas com os jornalistas.
Na resposta, disse "não querer fazer grandes considerações sobre aspetos mais concretos relacionados com o presente e o futuro imediato do PCP" nem sobre uma decisão que "há-de ser tomada por quem tiver que a tomar", embora tenha deixado um elogio ao líder.
"Acho que, reconhecidamente, o Jerónimo de Sousa tem tido um papel muito importante, que valorizo" e que vai "até para lá do universo dos militantes do PCP", afirmou.
"E encontro ali capacidade de continuar a exercê-las", afirmou, para, depois de uma brevíssima pausar, acrescentar": "E energia."
Já quanto à pergunta se excluía uma candidatura sua à liderança no futuro "nem que Cristo desça à Terra", João Ferreira deu uma risada sobre a falta de originalidade da pergunta e repetiu a resposta que tem dado nas últimas semanas.
Ou seja, que não será ele, com uma afirmação, a contribuir para desvalorizar a sua candidatura às eleições presidenciais.
Em 12 de outubro, o secretário-geral do PCP afirmou que o seu partido "ainda precisa" da sua contribuição, e nada disse de definitivo sobre se continuará no cargo após o congresso nacional dos comunistas, no final do mês.
"O meu partido precisa ainda da minha contribuição", disse Jerónimo de Sousa numa entrevista ao programa Polígrafo, na SIC-Notícias.
No final de uma conversa de quase 30 minutos, Jerónimo, 73 anos, foi questionado sobre o seu futuro à frente do partido, que lidera desde 2004, e deu uma resposta longa, sem nunca abrir o jogo sobre o que fará.
"É o congresso que elege o comité central e o comité central que elege o secretário-geral. Tenho muita confiança no acerto da decisão do comité central, sempre com este sentimento que tenho: o meu partido precisa ainda da minha contribuição. E, sejam quais forem as circunstâncias, há uma coisa que posso garantir: continuarei a ser comunista, continuarei a dar ao meu partido o melhor que puder dar, na medida em que ele deu-me muito a mim também, na minha formação e na forma de estar na vida", disse.
E disse confiar ma decisão dos seus camaradas tomarem, antes de ser questionado sobre se esperava vir a ter a confiança do partido: "Não espero nem desespero. Tenho este sentimento de confiança de que haverá um acerto na decisão em relação a essa responsabilidade."
O líder dos comunistas, que em 20 de setembro admitiu implicitamente continuar à frente do partido, aconselhando a que se apostasse numa "tripla" quanto ao seu futuro - "sair, ficar ou ficar mais um bocadinho", repetiu, por três vezes, que a questão do secretário-geral "não vai ser um problema" no congresso.
Jerónimo de Sousa admitiu pela primeira vez não se recandidatar à liderança, porque "é da lei da vida", numa entrevista à Lusa em março de 2019, embora frisando não ir "calçar as pantufas" e que se manterá como militante comunista
Nos meses seguintes não repetiu a afirmação e manteve-se a dúvida.
No início de setembro, durante uma visita à festa do Avante, Jerónimo manteve o mistério sobre a sua continuidade ou não à frente dos destinos do partido, recusando a ideia de "tabu".
"Tabu, não", respondeu, a rir, aos jornalistas referindo que "a vida tem a sua dinâmica".
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