Pedro Coelho dos Santos, antigo sócio do director do jornal Polígrafo, Fernando Esteves, na empresa "Alter Ego" garantiu, esta terça feira, que o jornalista "nunca soube" dos serviços por si prestados à Octapharma e a Lalanda e Castro, um dos acusados no processo da Máfia do Sangue. O assessor, que à época dos factos era quadro do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e desenvolvia atividade particular de consultoria em comunicação, acrescentou que Fernando Esteves "nunca recebeu qualquer tipo de gratificação monetária pelos serviços" prestados aos seus clientes.
A reacção de Coelho dos Santos surgiu depois de a SÁBADO ter revelado a ligação feita pelo Ministério Público entre a empresa "Alter Ego", na qual Fernando Esteves foi um dos sócios até abril de 2018, e dois dos arguidos do processo da Máfia do Sangue: Lalanda e Castro e Luís Cunha Ribeiro, antigo presidente do INEM.
Durante vários anos, o diretor do jornal Polígrafo, Fernando Esteves, acumulou a função de jornalista e editor de política na SÁBADO com uma quota numa empresa que, entre outras matérias, tinha no seu objeto social a "consultoria em comunicação", uma actividade incompatível com a profissão de jornalista. Fernando Esteves foi jornalista da SÁBADO entre 2005 e abril de 2017.
"Além disso, o trabalho feito pelo Fernando Esteves (que saiu entretanto da empresa) no caso da Operação Marquês ao longo dos últimos anos fala por si: é um dos jornalistas mais destacados na cobertura do caso, com dois livros publicados sobre o tema. Nunca foi suspeito do que quer que seja, nunca foi ouvido pelo Ministério Público, nada. Insinuar o que quer que seja sobre a sua intervenção neste processo só pode ser explicado por ignorância ou má-fé", disse ainda Pedro Coelho dos Santos, numa publicação no Facebook.
Também no Facebook, depois de segunda-feira apenas ter deixado uma curta declaração à SÁBADO, Fernando Esteves escreveu: "Essa empresa, de que não era gerente, teve alguma actividade inicial mas passados uns anos, com a crise, praticamente deixou de funcionar. Os sócios foram saindo - eu próprio acabei também por abandoná-la. Um deles, o meu amigo de faculdade Pedro Coelho dos Santos (actual dono da empresa), uma pessoa e um profissional de excepção, perguntou-me um dia, ainda antes de eu sair, se podia facturar as actividades privadas dele através da empresa, uma vez que lhe era benéfico em termos fiscais. Eu, que não tinha qualquer responsabilidade na organização e que basicamente só aparecia nos locais (escolas e universidades, normalmente) quando, muito raramente, havia um curso para ministrar, disse-lhe que sim, sem lhe perguntar o que quer que fosse, nomeadamente quem eram os seus clientes. Era a vida dele. Nunca soube qualquer detalhe sobre os contratos que fazia ou deixava de fazer porque simplesmente não participava da vida de uma empresa que nem instalações possuía (a sede era, e julgo qua ainda é, a morada do Pedro Coelho dos Santos). Escusado será dizer que nunca ganhei um tostão relacionado com os clientes que ele legitimamente mantinha."
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