O presidente da CIP, António Saraiva, garantiu que "tudo" fará para viabilizar um acordo de médio prazo em concertação social, mas sublinhou que, em matérias como o salário mínimo, não pode haver "mal entendidos" entre os parceiros
António Saraiva "disponível" para aumentar salário mínimo
Durante quase uma hora, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) reuniu-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousal. Em declarações aos jornalistas depois da audiência com Marcelo, o presidente da CIP, António Saraiva, garantiu que "tudo" fará para viabilizar um acordo de médio prazo em concertação social, mas sublinhou que, em matérias como o salário mínimo, não pode haver "mal entendidos" entre os parceiros.
MÁRIO CRUZ/LUSA
"Sabemos que o PS tem com o BE um acordo político no que ao salário mínimo diz respeito [que aponta 600 euros em 2019]. Mas os acordos são políticos, o que estou a falar é num acordo envolvendo todos os parceiros e não entre o partido A com o partido B", disse António Saraiva. O presidente do CIP explicou que não se importa de "definir um valor" a médio prazo - "até 2019, 2020" -, desde que não se fuja aos critérios estipulados: "produtividade, crescimento económico e inflação".
E prosseguiu: "Se os parceiros sociais e o governo tiverem o mérito de encontrar a forma para um acordo de médio prazo em sede de concertação social, reforçaremos o papel da concertação".
A CIP diz-se disponível para trabalhar sobre um eventual acordo, e elogiou Marcelo Rebelo de Sousa por funcionar como um "elo agregador" de vontades nesta matéria. "A CIP veio aqui dizer ao senhor Presidente que subscreve perfeitamente esta ideia" de um acordo a médio prazo, vincou o presidente da confederação.
Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou querer avaliar com os parceiros sociais quais as medidas económicas e sociais que estes consideram importantes a médio prazo e se é possível ou não haver acordos.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o objectivo das reuniões de é ouvir os parceiros sobre "o que é que é importante fazer económica e socialmente em Portugal" e perceber se "há acordo, não há acordo, onde é que há acordo, onde é que não há", a pensar nos próximos três ou quatro anos.
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