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Pais que fazem os testes, professores exaustos e alunos ansiosos: os problemas na educação

Sara Capelo , Susana Lúcio 17 de maio de 2020

Uma investigação da SÁBADO relata-lhe os problemas da educação: do cansaço generalizado, aos alunos a quem a escola perdeu o rasto e se teme abandonem o ensino

É fim do dia e Paula Brighton está a descansar. Finalmente. Nessa quinta-feira, estava a explicar aos seus alunos do 6º ano uma tarefa quando um deles a avisou no chat: "Professora, não estamos a ouvir." Os filhos explicaram-lhe depois que é possível que alguém na brincadeira lhe tenha desligado o seu microfone.

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Foto: Rui Minderico
Foto: Jorge Paula

Ficou triste. Os alunos não imaginam a ginástica que fez para estar ali à hora marcada para a aula: "Somos seis pessoas e só temos quatro computadores", conta. Depois de dois meses com este ritmo "a situação está a ficar mais estável, porque estamos todos a encontrar um meio termo". 

Esta escola improvisada que a professora de Educação Visual e a família montaram num apartamento é, em vários aspetos, exemplificativa das dificuldades que alunos, pais e professores têm atravessado desde o encerramento das escolas, a 13 de março. Alunos sem computador, outros mais ansiosos com as incertezas dos exames. Professores exaustos e alvo de invasões nas suas aulas virtuais. O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, assumiu aos deputados, na última semana, que o ensino remoto "não é o serviço ótimo, é o serviço possível".

Uma investigação da SÁBADO relata-lhe as fraquezas desse "serviço possível" no meio da pandemia, onde as desigualdades se acentuaram e há alunos a quem a escola perdeu o rasto.

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É fim do dia e Paula Brighton está a descansar. Finalmente. Nessa quinta-feira, estava a explicar aos seus alunos do 6º ano uma tarefa quando um deles a avisou no chat: "Professora, não estamos a ouvir." Os filhos explicaram-lhe depois que é possível que alguém na brincadeira lhe tenha desligado o seu microfone.

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