As cidades, como os gatos, revelam-se à noite, e é revelador que, ao pôr do sol, as tenhamos entregado aos delinquentes e aos traficantes, mas também aos pedintes e aos sem-abrigo. A cidade nocturna e deserta está à nossa espera
Só de fato de treino se consegue suportar o teletrabalho, a descoordenação do Governo no combate à Covid-19, o anúncio do estado de emergência pela calada da noite, as entrevistas do Presidente da República e o negócio entre o PSD e o Chega.
Que o nome de Aguiar e Silva fique apenso ao Prémio Camões deixa-me indiferente. Na verdade, estou-me positivamente nas tintas para os prémios e para os premiados: os júris funcionam quase sempre com arbitrariedade e gosto pela lógica corporativa
É na divisão do seu potencial exército que está a batalha. Não na verborreia que apenas estigmatiza quem vota em Ventura, criando uma classe de eleitores pestilentos, estratégia manifestamente errada e antidemocrática. O jogo de Rui Rio é perigoso mas é, seguramente, mais corajoso que o da pura retórica antifascista.
Este pot-pourri de restrições será eficaz apenas e só caso seja estendido até Janeiro de 2021. É difícil, e politicamente arriscado, pronunciá-lo tão cedo, mas Costa deveria ter tido coragem de o dizer: esqueçam o Natal
Imaginando que sobrevive ao traumatismo dos processos judiciais e das acusações de fraude, a América triunfante de Biden precisa não só de planear o seu governo, mas de compreender quem são os derrotados, o que querem e o que não desejam. E de separar realidade e fantasia
O acordo com o Chega nos Açores é um enorme erro que infecta a vida política portuguesa, mas acima de tudo envenena o PSD. Registem a data, porque nestas matérias a inocência só se perde uma vez
