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Nuno Rogeiro
Relatório minoritário

Onze pontos sobre Angola

25-11-2018 por Nuno Rogeiro 22
Poupem-nos ao romantismo de cordel, ao populismo de papel, ao “nacional-porreirismo” de hotel, na relação entre Portugal e Angola. É preciso, entre os dois países, um diálogo de adultos: realista, franco, mutuamente profícuo, que não fique aquém das palavras nem além do desejável. Eis alguns contributos para o debate
  • 636
1 A memória é quase sempre selectiva. Entre Portugal e Angola, em matéria historiográfica, e no que toca aos estados, não se trata de branquear o mal, ou de exagerar o bem, mas muito simplesmente de não perder tempo em matérias que nunca gerarão consenso.

2 Angola está ainda em fase de "reconstrução nacional". Pode parecer uma eternidade, se recordarmos que a independência tem 43 anos, quase o triplo do que a humanidade já viveu neste milénio. Mas o prolongado período justifica-se pelas guerras intensas e pazes frágeis, ou ilusórias, que se seguiram. Portugal e os portugueses precisam de entender isso, e relativizar tudo o que possam afirmar sobre "países em crise".

3 Não há nada mais martelado do que a existência, entre Lisboa e Luanda, de uma língua comum. Mas além da mera enunciação, certo é que se trata de um património imenso. Permite entender, comunicar, retransmitir e planear de forma imediata. Ajuda a mover massas e a promover uma rede de comunicação e informação sociais que levaria séculos a solidificar. É um valor que não pode ser esquecido, mas que precisa de ser cuidado todos os dias, com ou sem acordo ortográfico.

4 A não interferência nos assuntos internos de cada Estado é uma tarefa dos órgãos soberanos, sejam Presidentes, chefes de governo, ministros, parlamentares, juízes ou funcionários públicos. Mas não pode significar a abdicação, por parte das chamadas sociedades civis, dos cidadãos comuns, das organizações não governamentais, de discutir, criticar, apoiar, investigar e pensar as circunstâncias dos dois modelos e das duas nações. No Estado, nada de intrusão. Na sociedade, nada de censura.
António Costa e João Lourenço
António Costa e João Lourenço
António Costa e João Lourenço

5 Angola continua sobretudo a exportar para o nosso país (quase 95% do total) petróleo, e Portugal diminuiu em mais de 100 milhões de euros as exportações de maquinaria, produtos agrícolas e químicos para Angola. Há elementos estruturais na relação económica bilateral que precisam de ser mudados, mas antes disso tem de haver um pensamento estratégico sobre o assunto, que não ignore a realidade, mas que a possa transformar. Portugal deve ajudar Angola a sair definitivamente da dependência dos carburantes, Angola deve auxiliar Portugal a adaptar-se às novas necessidades africanas.

6 Continua a faltar um conjunto abundante e sustentado de parcerias luso-angolanas em terceiros países. As que existem são ou excepções ou aventuras tímidas.

7 Existe uma larga dívida, pública e privada, reclamada por empresas portuguesas. Muitas destas não quiseram sair de Angola com receio de serem substituídas por competidores de outros países, que não se importassem com a incerteza. Mas é agora importante estabelecer clareza, se não na resolução financeira do problema, com ou sem juros, com ou sem prestações, mas na definição exemplar da existência, titularidade, regularidade e legalidade dos mesmos compromissos.

8 A certeza jurídica entre os dois países não é um assunto menor. Convém lembrá-lo na prática.

9 As relações de segurança e defesa são tradicionalmente boas, mas importa que entrem numa era de desafios totalmente diferentes, em que a emergência tecnológica, a redução e qualificação de efectivos, a substituição de logística obscura por operacionalidade clara, e da quadrícula pela capacidade expedicionária e de intervenção rápida constituem problemas que se põem aos DOIS países.

10 A CPLP pode ser um mero rótulo, ou uma plataforma realista. Portugal e Angola, se possível, e sempre que possível, aliados à grande capacidade e potencial do Brasil, podem transformar esta comunidade, no desenvolvimento com justiça, inclusão, trabalho e responsabilidade.

11 Sempre que solicitado, Portugal deve ajudar Angola a repatriar capital ilicitamente retirado do país. E deve convencer aliados, na UE, nos EUA e algures, a igual atitude. Reciprocamente, espera-se que Angola faça algo idêntico. Como é natural. 

O pior, excepto tudo o resto
Theresa May
Theresa May
Theresa May

Há alternativa ao revelado Tratado do Brexit, as quase 600 páginas que registam ano e meio de negociações árduas, envolvendo centenas de burocratas esforçados?
O pálido trunfo/triunfo de Theresa May é o facto de, apesar das ondas alterosas, não ter aparecido um plano de substituição: nem entre trabalhistas, nem no clã Boris Johnson, nem na legião Farage, nem na Escócia e na Irlanda do Norte, nem nos diversos grupos e corporações de indignados e revoltados.
O Reino Unido manter-se-á num mercado comum, mas terá de aceitar a jurisdição do Tribunal de Kirchberg, no Luxemburgo. Afirmará de direito a fronteira com o Eire, mas sem marcas físicas de separação.
É frágil? Sim. E a União, não é?  

Déjà vu

França é a pátria das revoltas de pés descalços e ventres ao léu, para usar a linguagem medieval portuguesa.
Antes e depois de "canalhas", proletários e pequenos burgueses arruinados, teve a Jacquerie campesina na Guerra dos Cem Anos, a Chouannerie e a Vendeia face à tirania revolucionária (1793), o Poujadisme contra os centros comerciais, de 1953 a 1958, os "coletes vermelhos" bretões em 2013, arrasando ecopontos, e agora os "coletes amarelos", esmagados pelo aumento dos combustíveis.
As estradas sofreram bloqueios, ninguém se entende, o governo hesita, e há um grande ressentimento contra os novos políticos de Macron. Aqueles que tinham prometido acabar com a velha prática. 

Sugestivos
E.P. Jacobs
E.P. Jacobs
E.P. Jacobs

Na banda desenhada, a herança de E.P. Jacobs (na foto) em boas mãos: 25º volume da série Blake e Mortimer: Vale dos Imortais. A primeira parte foca-se na guerra civil pela China (1929 -1945), e na paranóia em Hong Kong. Para já só em francês, do trio Sente, Berserik e Van Dongen.
A ouvir, a nova e talentosa sensação do "punk furioso" britânico, o grupo Idles, que explode no espaço Lisboa ao Vivo (27). E a embaixada de França ajuda as associações de cuidados paliativos, com um concerto solidário no Palácio de Santos, no mesmo dia.
Na tela, Viúvas, o último e inteligente Steve McQueen, e o remake do perturbante Suspiria, de Dario Argento, agora com as bruxas más à sombra do muro de Berlim, em 1977.

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04-02-2019 A cegueira da partidocracia portuguesa, sobretudo a mais “progressista”, quanto à miséria social e às péssimas estratégias do Estado, é a origem das Jamaicas que pululam entre nós. Parte da classe dominante, o Bloco de Esquerda é especialmente culpado pelo desvio das atenções do essencial, e pela invenção de fábulas convenientes

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28-01-2019 Apesar de todos os nossos partidos políticos saberem que estão fracos, divididos, dependentes, e de precisarem de coligações, alianças ou outros laços de ternura, ninguém quer ser o primeiro a verdadeiramente declarar um projeto comum. É que há ligações perigosas.

A balcanização do PSD

20-01-2019 Mesmo decrépito e dividido, anedótico ou trágico, com propostas equívocas, com tiradas despropositadas, sem chefes, nem reis, nem barões, ou com demasiados líderes e poucas bases, o PSD foi sempre essencial para a definição da Terceira República. A sua fragmentação não serve a ninguém. Mas pior do que a divisão é o teatro

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Quem julga os juízes?

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O poder e a rua

16-12-2018 Todos os países da União Europeia, sem excepção, estão confrontados com fenómenos ditos “populistas”, onde as movimentações de rua se substituem às filas para votar. Portugal também já teve estes casos. E, num momento de greves intermináveis, apesar de haver governo “amigo”, voltará a ter

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02-12-2018 Entrámos em pré-campanha. Déjà vu: todos os partidos entram no purgatório para se limpar de pecados, todos recorrem à cirurgia estética para realçar qualidades. É o tempo dos ajustes de contas e das amnésias gerais ou selectivas. Como no passado, tudo está em aberto

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11-11-2018 A onda das pátrias percorre o mundo, como uma febre que move montanhas. Mas dentro da ideia de “nação” há muitos fenómenos distintos, e até contraditórios. O que poderia ser um nacionalismo universalmente aceitável, duradouro e, digamos, “civilizado”? Apesar das manifestações, manifestamente precisa de um manifesto

Cavaco e a geringonça

04-11-2018 É preciso ler nas entrelinhas, e até ao fim. Muitas das passagens do segundo volume de Cavaco Silva continuam a ser intrigantes, mas outras aparecem como singelamente esclarecedoras. E há coisas menos notadas, mas explosivas. No fundo, é o testemunho de um homem que viu, espantado, crescer uma nova forma de fazer política
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// Nuno Rogeiro

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25.11.2018 17:00 por Nuno Rogeiro

Poupem-nos ao romantismo de cordel, ao populismo de papel, ao “nacional-porreirismo” de hotel, na relação entre Portugal e Angola. É preciso, entre os dois países, um diálogo de adultos: realista, franco, mutuamente profícuo, que não fique aquém das palavras nem além do desejável. Eis alguns contributos para o debate

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1 A memória é quase sempre selectiva. Entre Portugal e Angola, em matéria historiográfica, e no que toca aos estados, não se trata de branquear o mal, ou de exagerar o bem, mas muito simplesmente de não perder tempo em matérias que nunca gerarão consenso.

2 Angola está ainda em fase de "reconstrução nacional". Pode parecer uma eternidade, se recordarmos que a independência tem 43 anos, quase o triplo do que a humanidade já viveu neste milénio. Mas o prolongado período justifica-se pelas guerras intensas e pazes frágeis, ou ilusórias, que se seguiram. Portugal e os portugueses precisam de entender isso, e relativizar tudo o que possam afirmar sobre "países em crise".

3 Não há nada mais martelado do que a existência, entre Lisboa e Luanda, de uma língua comum. Mas além da mera enunciação, certo é que se trata de um património imenso. Permite entender, comunicar, retransmitir e planear de forma imediata. Ajuda a mover massas e a promover uma rede de comunicação e informação sociais que levaria séculos a solidificar. É um valor que não pode ser esquecido, mas que precisa de ser cuidado todos os dias, com ou sem acordo ortográfico.

4 A não interferência nos assuntos internos de cada Estado é uma tarefa dos órgãos soberanos, sejam Presidentes, chefes de governo, ministros, parlamentares, juízes ou funcionários públicos. Mas não pode significar a abdicação, por parte das chamadas sociedades civis, dos cidadãos comuns, das organizações não governamentais, de discutir, criticar, apoiar, investigar e pensar as circunstâncias dos dois modelos e das duas nações. No Estado, nada de intrusão. Na sociedade, nada de censura.

5 Angola continua sobretudo a exportar para o nosso país (quase 95% do total) petróleo, e Portugal diminuiu em mais de 100 milhões de euros as exportações de maquinaria, produtos agrícolas e químicos para Angola. Há elementos estruturais na relação económica bilateral que precisam de ser mudados, mas antes disso tem de haver um pensamento estratégico sobre o assunto, que não ignore a realidade, mas que a possa transformar. Portugal deve ajudar Angola a sair definitivamente da dependência dos carburantes, Angola deve auxiliar Portugal a adaptar-se às novas necessidades africanas.

6 Continua a faltar um conjunto abundante e sustentado de parcerias luso-angolanas em terceiros países. As que existem são ou excepções ou aventuras tímidas.

7 Existe uma larga dívida, pública e privada, reclamada por empresas portuguesas. Muitas destas não quiseram sair de Angola com receio de serem substituídas por competidores de outros países, que não se importassem com a incerteza. Mas é agora importante estabelecer clareza, se não na resolução financeira do problema, com ou sem juros, com ou sem prestações, mas na definição exemplar da existência, titularidade, regularidade e legalidade dos mesmos compromissos.

8 A certeza jurídica entre os dois países não é um assunto menor. Convém lembrá-lo na prática.

9 As relações de segurança e defesa são tradicionalmente boas, mas importa que entrem numa era de desafios totalmente diferentes, em que a emergência tecnológica, a redução e qualificação de efectivos, a substituição de logística obscura por operacionalidade clara, e da quadrícula pela capacidade expedicionária e de intervenção rápida constituem problemas que se põem aos DOIS países.

10 A CPLP pode ser um mero rótulo, ou uma plataforma realista. Portugal e Angola, se possível, e sempre que possível, aliados à grande capacidade e potencial do Brasil, podem transformar esta comunidade, no desenvolvimento com justiça, inclusão, trabalho e responsabilidade.

11 Sempre que solicitado, Portugal deve ajudar Angola a repatriar capital ilicitamente retirado do país. E deve convencer aliados, na UE, nos EUA e algures, a igual atitude. Reciprocamente, espera-se que Angola faça algo idêntico. Como é natural. 

O pior, excepto tudo o resto

Há alternativa ao revelado Tratado do Brexit, as quase 600 páginas que registam ano e meio de negociações árduas, envolvendo centenas de burocratas esforçados?
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O Reino Unido manter-se-á num mercado comum, mas terá de aceitar a jurisdição do Tribunal de Kirchberg, no Luxemburgo. Afirmará de direito a fronteira com o Eire, mas sem marcas físicas de separação.
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As estradas sofreram bloqueios, ninguém se entende, o governo hesita, e há um grande ressentimento contra os novos políticos de Macron. Aqueles que tinham prometido acabar com a velha prática. 

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Na banda desenhada, a herança de E.P. Jacobs (na foto) em boas mãos: 25º volume da série Blake e Mortimer: Vale dos Imortais. A primeira parte foca-se na guerra civil pela China (1929 -1945), e na paranóia em Hong Kong. Para já só em francês, do trio Sente, Berserik e Van Dongen.
A ouvir, a nova e talentosa sensação do "punk furioso" britânico, o grupo Idles, que explode no espaço Lisboa ao Vivo (27). E a embaixada de França ajuda as associações de cuidados paliativos, com um concerto solidário no Palácio de Santos, no mesmo dia.
Na tela, Viúvas, o último e inteligente Steve McQueen, e o remake do perturbante Suspiria, de Dario Argento, agora com as bruxas más à sombra do muro de Berlim, em 1977.

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