Até às 20:00 (hora local, 19:00 em Lisboa), 7,5 milhões de eleitores suecos inscritos são chamados às urnas, em eleições que poderão ficar marcadas pela ascensão da extrema-direita, através dos Democratas da Suécia (SD), e pela perda de influência dos grandes partidos do 'establishment' (ordem estabelecida), social-democratas e conservadores.
As sondagens foram umas das grandes protagonistas da campanha eleitoral, muito porque projectaram um panorama político inédito para um dos últimos países europeus governados pelo centro-esquerda, onde a social-democracia está a perder a favor da extrema-direita.
De um lado está o actual primeiro-ministro sueco, o social-democrata Stefan Löfven, e do outro lado está um adversário que ambiciona romper com o 'establishment', o líder dos Democratas da Suécia (SD, força política de extrema-direita, xenófoba e eurocéptica), Jimmie Akesson.
Nos dias que antecederam a votação, as sondagens indicaram que o SD poderia tornar-se hoje na segunda força política da potência escandinava, enquanto os sociais-democratas terão possivelmente o seu pior resultado e o Partido Moderado (conservadores) ficarão em terceiro lugar.
Na semana passada, Stefan Löfven, primeiro-ministro desde 2014, destacava, num comunicado, que estas eleições iam ser "um referendo ao [Estado de] bem-estar social na Suécia", país com um generoso sistema social, com uma economia saudável e uma reputação de tolerância e de acolhimento.
Até à data, os partidos do 'establishment' nunca manifestaram disponibilidade para dialogar com o SD ou para integrar esta força política numa eventual futura coligação governamental, mas o partido, mesmo que não chegue já ao poder, tem vindo a ganhar influência no debate político sueco, muito porque o próprio foco do discurso político mudou.
Pela primeira vez, uma campanha eleitoral na Suécia foi protagonizada pelas questões migratórias e pelas suas consequências ao nível da segurança dos cidadãos e do "Estado de bem-estar social".
A votação de hoje será a primeira a ser realizada desde que a Suécia, país com uma população que ronda os 10 milhões de habitantes, recebeu 163 mil requerentes de asilo em 2015, o maior rácio 'per capita' da Europa no acolhimento de migrantes.
Em poucos meses, o Governo de Estocolmo teve, no entanto, que recuar nas políticas de acolhimento e o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, admitiu que o país não estava a conseguir lidar com tal fluxo migratório.
Apesar do endurecimento das leis migratórias e do reforço dos controlos fronteiriços, muitos suecos sentem-se abalados por um crescente sentimento de insegurança, alimentado por relatos de violações, carros incendiados e violência de gangues em bairros normalmente associados com a população imigrante e com uma elevada taxa de desemprego.
Um cenário que tem sido fértil para a agenda anti-imigração dos Democratas da Suécia, que durante a campanha eleitoral anunciaram também a intenção de apresentar um pedido no parlamento para que a permanência sueca na União Europeia (UE) vá a referendo.
Na sexta-feira, o partido divulgou que o líder tinha sido ameaçado de morte.
Com vários partidos a disputarem o escrutínio, é expectável que nenhuma força política obtenha a maioria (175 assentos parlamentares), o que significa que o país poderá testemunhar semanas ou mesmo meses de negociações para uma futura coligação governamental.
Para poder adicionar esta notícia deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da SÁBADO, efectue o seu registo gratuito.
Europeias: PS ganha por mais que "poucochinho" nas sondagens
Cemitério judeu vandalizado horas antes de protesto contra antissemitismo em França
Quatro feridos em ataque com faca em Marselha. Suspeito já foi detido
Avalanche na Suíça deixa vários esquiadores soterrados
Eleições gerais serão decididas por 7,5 milhões de eleitores suecos inscritos. Stefan Löfven e Jimmie Akesson são os favoritos.
Até às 20:00 (hora local, 19:00 em Lisboa), 7,5 milhões de eleitores suecos inscritos são chamados às urnas, em eleições que poderão ficar marcadas pela ascensão da extrema-direita, através dos Democratas da Suécia (SD), e pela perda de influência dos grandes partidos do 'establishment' (ordem estabelecida), social-democratas e conservadores.
As sondagens foram umas das grandes protagonistas da campanha eleitoral, muito porque projectaram um panorama político inédito para um dos últimos países europeus governados pelo centro-esquerda, onde a social-democracia está a perder a favor da extrema-direita.
De um lado está o actual primeiro-ministro sueco, o social-democrata Stefan Löfven, e do outro lado está um adversário que ambiciona romper com o 'establishment', o líder dos Democratas da Suécia (SD, força política de extrema-direita, xenófoba e eurocéptica), Jimmie Akesson.
Nos dias que antecederam a votação, as sondagens indicaram que o SD poderia tornar-se hoje na segunda força política da potência escandinava, enquanto os sociais-democratas terão possivelmente o seu pior resultado e o Partido Moderado (conservadores) ficarão em terceiro lugar.
Na semana passada, Stefan Löfven, primeiro-ministro desde 2014, destacava, num comunicado, que estas eleições iam ser "um referendo ao [Estado de] bem-estar social na Suécia", país com um generoso sistema social, com uma economia saudável e uma reputação de tolerância e de acolhimento.
Até à data, os partidos do 'establishment' nunca manifestaram disponibilidade para dialogar com o SD ou para integrar esta força política numa eventual futura coligação governamental, mas o partido, mesmo que não chegue já ao poder, tem vindo a ganhar influência no debate político sueco, muito porque o próprio foco do discurso político mudou.
Pela primeira vez, uma campanha eleitoral na Suécia foi protagonizada pelas questões migratórias e pelas suas consequências ao nível da segurança dos cidadãos e do "Estado de bem-estar social".
A votação de hoje será a primeira a ser realizada desde que a Suécia, país com uma população que ronda os 10 milhões de habitantes, recebeu 163 mil requerentes de asilo em 2015, o maior rácio 'per capita' da Europa no acolhimento de migrantes.
Em poucos meses, o Governo de Estocolmo teve, no entanto, que recuar nas políticas de acolhimento e o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, admitiu que o país não estava a conseguir lidar com tal fluxo migratório.
Apesar do endurecimento das leis migratórias e do reforço dos controlos fronteiriços, muitos suecos sentem-se abalados por um crescente sentimento de insegurança, alimentado por relatos de violações, carros incendiados e violência de gangues em bairros normalmente associados com a população imigrante e com uma elevada taxa de desemprego.
Um cenário que tem sido fértil para a agenda anti-imigração dos Democratas da Suécia, que durante a campanha eleitoral anunciaram também a intenção de apresentar um pedido no parlamento para que a permanência sueca na União Europeia (UE) vá a referendo.
Na sexta-feira, o partido divulgou que o líder tinha sido ameaçado de morte.
Com vários partidos a disputarem o escrutínio, é expectável que nenhuma força política obtenha a maioria (175 assentos parlamentares), o que significa que o país poderá testemunhar semanas ou mesmo meses de negociações para uma futura coligação governamental.
Marketing Automation certified by E-GOI
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media S.A.
Consulte a Política de Privacidade Cofina.